Kitabı oku: «Corações Em Fúria», sayfa 6
- Bem, isso é um novo, não é? - Ele não podia deixar de sorrir para a sua própria piada. Toya olhou para ele e o seu irmão parou de rir. Shinbe suspirou.
- Conseguiste falar com ela acerca de tudo?
Toya encolheu os ombros.
- Ela não me deixou dizer nada. Ela estava muito zangada para ouvir. Agora ela voltou e eu tenho um mau pressentimento. Precisamos dela aqui. - Na sua mente, ele silenciosamente acrescentou "Eu preciso dela aqui."
Shinbe acenou com a cabeça.
- Talvez ajudasse se fosses vê- la. Afinal, és o único de nós que pode fazê- lo. E da próxima vez, não tentes explicar as coisas. Basta dizer que sentes muito, ok? - e ele levantou- se e deu alguns passos antes de parar e adicionar. - Se ela lhe der uma oportunidade de explicar, certifique- se de dizer a ela que a ama. Afinal de contas... ela não é um leitor de mentes.
Toya esperou até Shinbe estar bem fora de vista antes de se levantar e suspirar para acalmar os seus nervos. Olhando para o rosto da estátua de donzela, ele secretamente se perguntou se o sósia de Kyoko do passado era tão difícil de lidar quanto o seu descendente. Para descobrir esse segredo, ele teria que perguntar a Hyakuhei e isso estava fora.
Alcançando as mãos da donzela, ele desapareceu na luz azul engolido. Pular através da barreira do tempo sempre lhe deu muitos nervos. Isso lembrava- o de se afogar... mas sem a água.
Os outros guardiões muitas vezes reclamavam sobre ele ser o único que poderia fazê- lo, mas Toya tinha chegado à sua própria conclusão sobre isso... o feitiço Domador. Justo foi justo. Ele era o único em quem Kyoko podia usar o feitiço, então ele era o único que podia persegui- la no seu mundo e arrastá- la de volta.
- O que eu estou fazer? Ela só vai usar esse maldito feitiço se ela me apanhar seguindo- a. - Toya subiu o pequeno lance de escadas e saiu da casa do santuário que se estabeleceu no quintal de Kyoko. Ele nunca foi muito bom em ouvir aquela voz na cabeça, então por que começar agora. A noite foi calma e fria, ajudando a acalmá- lo para o confronto.
Olhando para a casa de Kyoko e não vendo nenhuma das luzes normais acesas, ele decidiu andar pela casa dela até ver a janela do quarto dela. Não foi a primeira vez que ele escolheu essa entrada. Além disso, seria apenas a sorte dele encontrar aquela aberração de um avô que ela tinha.
Subindo rapidamente na árvore fora do quarto de Kyoko, Toya sorriu quando notou que a janela estava quebrada e a sua luz estava acesa. Ele colocou as mãos na janela e calmamente abriu- a o resto do caminho, encolhendo quando deu um leve som rangendo.
Subindo no seu quarto, Toya rastejou até à sua cama. Ela estava meio coberta, com a mão pequena enrolada sob o queixo, deitada de lado com o cabelo vermelho espalhado ao seu redor no travesseiro branco. Ele lentamente sentou- se na beira da cama e inclinou- se sobre ela, vendo- a respirar.
Ele adorava vê- la dormir. Sendo um guardião, ele não dormia tanto quanto um humano, então ele teve muitas oportunidades de apenas sentar e observá- la sem que ela soubesse. Os pensamentos de Toya voltaram para o beijo... ambos os beijos.
Do jeito que ele viu, ele ainda era ele mesmo, mesmo quando o seu lado demoníaco assumiu forma... ambos os lados eram uma parte dele. E embora ela estivesse sob aquele feitiço de amor... Ainda era ela. Além... Foi só um beijo. Os seus olhos dourados brilhavam de prata na memória do beijo apaixonado, fazendo- o vacilar enquanto a fome batia de volta nele.
Ela não entendeu que ele nunca poderia tê- la, não quando se tratava dela querer um beijo dele? O que realmente o entristeceu foi que nenhum beijo tinha sido real. Ele rosnou interiormente tentando afastar esse fato. Para ele, tinha sido real.
Quando os primeiros raios do amanhecer chegaram, Toya subiu de volta pela janela e sentou- se num membro da árvore... À espera. Kyoko acordou esticando e abriu os olhos. Ela imediatamente sentiu que algo não estava certo.
Sentada e olhando ao redor do seu quarto, ela franziu a testa sentindo o ponto quente sob a sua mão. Ela imediatamente notou a marca onde alguém estava lá... ao lado dela. Ela não podia ajudar o pequeno sorriso que agraciava seus lábios. Toya tinha estado lá com ela.
Capítulo 5 "O que não foi convidado"
Kyoko vestiu- se às pressas para a escola. Desde que ela tinha voltado ainda não tinha ido, e ela definitivamente ia hoje. Ela já tinha perdido tanta coisa e além disso, sentia falta dos seus amigos deste mundo.
Escovando o cabelo ruivo até que fosse visível, Kyoko prometeu a si mesma que não pensaria no que aconteceu no outro mundo e apenas aproveitaria hoje pelo que era... Normal. Deixando cair a escova, ela desceu as escadas, e entrou na sala de jantar.
O avô olhou para cima de surpresa:
- Kyoko, em casa? Vais para a escola hoje? Eu já tinha pensado numa boa desculpa, se precisares. - Ele sorriu para ela.
A família já se tinha acostumado com o fato de Kyoko ser a sacerdotisa que os seus antepassados haviam decidido há tanto tempo. O santuário inaugural atrás da casa pertencia à família o mais longe no tempo que podiam pensar e eles mantiveram o segredo seguro. Kyoko gemeu.
- Obrigado avô, mas eu quero ir hoje. Guarde essa desculpa para a próxima vez ok? - Ela sabia que o seu avô estava apenas a tentar ajudar, mas algumas das doenças que ele inventou para enganar a sua escola e amigos eram demais e estavam realmente a esticar a corda em demasia.
Tama sorriu sabendo que o seu avô muitas vezes dificultava que Kyoko mostrasse o seu rosto na escola, especialmente depois de dizer que ela tinha alguma doença desconhecida que era contagiosa. Tama tossiu na sua mão para esconder a sua risada, e em seguida, pegou um pedaço de torrada do prato e saiu pela porta.
- Eu acho que vais ter que guardar a ideia de ela estar grávida para a próxima vez, avô. - Os seus joelhos quase dobraram no olhar no rosto de Kyoko e no do seu avô. Rapidamente mudando de assunto, Tama começou a sair da sala.
- Mana, ]e melhor despachares- te se não quiseres chegar atrasada novamente. - Ele acenou para ela enquanto saia.
Depois de passar alguns minutos a atualizar- se, Kyoko beijou a bochecha da sua mãe e saiu. O dia já estava perfeito, não muito frio ou quente quando ela lentamente fazia o seu caminho até a estrada em direção à escola. A brisa estava boa no seu rosto e era uma boa pausa para não ter que ficar alerta, caso os demónios estivessem à espreita ao virar da esquina.
Essa era uma das razões pelas quais ela sempre voltava para o portal do tempo. A fim de manter este mundo seguro e livre de demónios, ela tinha que encontrar o resto do cristal e trazê- lo de volta para este lado do portal do tempo antes que todo o inferno se revelasse... Literalmente.
Ela não estava à muito tempo na rua quando os seus amigos a viram. Eles pararam de andar, esperando que ela se juntasse a eles. Kyoko acelerou o seu ritmo para alcançá- los sorrindo. Ser normal nunca foi tão bom.
Toya viu Kyoko sair de casa e, por curiosidade, ele seguiu- a, com a intenção de sair assim que soubesse que ela estava em segurança na escola. Ele viu várias raparigas acenarem para ela e ela a apanhá- las, parecendo estar todas a falar ao mesmo tempo.
Toya ficou nas árvores despercebido para que ele pudesse ouvir o que elas estavam a dizer. Uma das garotas disse a Kyoko que alguém estava a perguntar por ela. A cabeça de Toya entrou em convulsão quando ouviu um rapaz chamar o nome de Kyoko e correr para alcançá- los.
Toya ficou tenso quando o rapaz estendeu as mãos para Kyoko. Ela sorriu para ele, balançando a cabeça, e então ela colocou os seus livros nos seus braços esticados.
- Obrigada, Tasuki. - corou Kyoko. Ele sempre quis carregar os seus livros como se fossem muito pesados para ela e depois de respeitá- la tantas vezes no passado, ela finalmente cedeu, percebendo que ele só ia continuar perguntando até que ele conseguisse o que queria. Ele era muito persistente, mas não insistente e ela gostava disso nele.
Toya observava Tasuki com os olhos frios e penetrantes. Ele não gostou do fato de que o rapaz estava tão perto de Kyoko ou do jeito que ele olhou para ela. Ele podia dizer que Tasuki a queria e isso o irritou ainda mais quando Kyoko sorriu de volta para ele como se fossem mais do que apenas amigos.
As outras raparigas tinham andado na frente, deixando Tasuki e Kyoko andar em privado. Toya perseguiu- os mais perto, tentando ouvir o que estava sendo dito. Usando a sua audição de guardião, ele ouviu cada palavra. Tasuki olhou para Kyoko enquanto caminhavam.
Ela era a garota mais bonita que ele já conheceu e ele tinha um fraquinho por ela desde o primeiro dia que se conheceram. Tinha sido a primeira vez, mas ele tinha se decidido mesmo assim. Ele só esperava que um dia ela sentisse o mesmo por ele.
Ele sabia que ela não estava doente como a família dela sempre fazia a escola pensar, mas ele não quis entrar nesse detalhe.
- Kyoko, queres sair esta noite? Quero dizer... - trocou Tasuki os livros de um braço para o outro com um gesto nervoso. - Eu quase nunca mais te vejo. - Os seus olhos macios encontraram os dela com um olhar esperançoso.
Kyoko não tinha certeza se era uma boa ideia refugiar- se num encontro com tudo o que estava acontecendo ultimamente no outro mundo. Ainda assim... pelo menos ele era normal e do mundo dela. Ele parecia tão bonito olhando para ela com olhos esperançosos. Como ela poderia dizer “não” a ele?
- Tudo bem, podes me vir buscar na minha casa esta noite por volta das sete horas? - disse ela e deu- lhe um sorriso vencedor.
Tasuki sorriu para finalmente conseguir o que fazer.
- Será um prazer.
Ele inocentemente pegou na mão dela enquanto caminhavam um pouco mais rápido para alcançar os outros. Toya estava fervendo de raiva depois de ouvir aquele rapaz convidar Kyoko para sair e ouvi- la dizer sim. Os seus olhos queimaram um buraco nas costas do rapaz quando desapareceram na estrada.
- Ela não vai sair com ele, não agora ou nunca. - rosnou. - Não se eu tiver algo a ver com isso.
*****
Kyoko tinha sobrevivido durante o dia da escola sem muito danos. Ela até tinha tido uma boa nota na prova de matemática, o que foi ótimo, já que ela mal teve tempo para estudar. Alternando entre mundos como ela fazia, era uma maravilha que eles não a tinham expulsado da escola ainda.
Era uma sensação agradável porque o seu maior problema era o que ela ia vestir e para onde Tasuki ia levá- la. Acabou por se preocupar com demónios. Ela entrou na sua casa ainda perdida em pensamento, acenando para a sua mãe e o seu avô enquanto ela passava pela cozinha indo para o seu quarto.
Olhando no espelho, ela balançou a cabeça para o uniforme escolar que estava a usar e abriu a porta do armário para ver as roupas que ela tinha pendurado. Kyoko começou a despir- se pelos ombros, pronta para experimentar algumas roupas para ver qual ficaria melhor.
Assim quando ela estava estendendo a mão para pegar uma camisa rosa bonita, ela ouviu um barulho. Fechando a porta do armário alguns para que ela pudesse olhar para a janela de onde o barulho tinha vindo, Kyoko engasgou- se e segurou a camisa no seu peito. Toya estava ali, bem na frente da janela. Ele estava ali parado com os braços cruzados em sua posição normal agitada, mas os seus olhos estavam firmes... muito estáveis. Toya finalmente quebrou o silêncio.
- Kyoko, precisamos ir. - Ele deu um passo à frente e estendeu a mão para ela, mas ela retirou um passo balançando a cabeça.
- Não, eu não estou pronta para voltar ainda. E precisas sair do meu quarto, Toya. - Ela agarrou a camisa no peito, sentindo o calor correr nas suas bochechas. Depois de tudo o que tinha acontecido ultimamente, sentir- se exposta era a última coisa que ela precisava agora. Toya deixou a sua mão cair de volta para o seu lado.
- Por que não podes simplesmente voltar agora? Todos estão à tua espera. - Ele fez a pergunta com uma voz calma, mas Kyoko teve a sensação de que havia um significado subjacente nele.
- Quero ficar aqui por mais um dia. - disse ela enquanto olhava para longe incapaz de encontrar os seus olhos. Ela engasgou- se quando Toya de repente estava a centímetros dela.
- Que planos tens que são mais importantes do que encontrar os talismãs, colocá- los de volta, e impedir Hyakuhei de trazer demónios aqui?. - perguntou e ele perseguiu- a ainda mais perto, fazendo- a de volta novamente.
Os seus olhos mantinham uma expressão perigosa, mas Kyoko também podia detectar outra coisa escondida lá. Ele estava muito perto... maior do que a vida.
O seu olhar mergulhou até aos seus lábios apenas para voltar para as faíscas de prata que agora se despedaçaram dentro das suas íris douradas. Era a imaginação dela ou ele estava a aproximar- se? Ah, não! Ela não estava prestes a deixá- lo fazer dela uma tola novamente.
- Toya, saia! - A voz de Kyoko começou a subir e os olhos de Toya começaram a estreitar- se. - Sai agora e não volte a menos que sejas convidado!" Ela gritou enquanto apontava para a janela. Toya avançou sobre ela enquanto Kyoko recuava, desta vez contra a parede.
- Por que não podes dizer por que não estás disposta a voltar agora, Kyoko? O que é tão importante que estás disposta a abandonar toda a gente?
Kyoko olhou para os seus olhos dourados, os seus rostos agora apenas um sopro de distância um do outro. Ele plantou uma palma contra a parede para prendê- la enquanto se inclinava para a frente. Kyoko mordeu o lábio inferior. O que estava acontecendo aqui?
Toya nunca tinha agido assim antes. Só então ela o apanhou a olhar para os lábios com um olhar determinado e de repente esqueceu como respirar. Ele não queria que ela ficasse deste lado do coração dos tempos. Ele queria que ela o escolhesse em vez daquele rapaz estúpido Tasuki, mas até agora, ela não estava disposta a fazê- lo.
Ele a apoiou até a parede, chegando onde ela não podia evitá- lo. Foi simples e simples... Ele não queria que ela saísse com Tasuki. O seu olhar caiu nos seus lábios, lembrando- se do beijo que ela lhe deu enquanto estava sob o feitiço. Ele perguntou- se se ela o beijaria assim sem a força de um feitiço.
Sem pensar nas consequências, Toya mergulhou de cabeça e capturou os seus lábios com um beijo faminto, tentando mostrar a ela que não queria que ela ficasse aqui, mas para voltar com ele. Como ele não conseguia dizer a ela com palavras, ele pressionou o seu corpo contra o dela fazendo- a ofegar.
Toya aproveitou a oportunidade e aprofundou o já exigente beijo, provando a doçura que ele sabia que estava lá. O seu corpo parecia que estava em fogo enquanto procurava todos os lugares escondidos que encontrava. A súbita necessidade de entrar nela veio à tona dentro do sangue do guardião, tentando tomar conta da sua mente.
Pressionando a sua coxa entre as pernas, o seu corpo balançou com o beijo, estabelecendo um ritmo que estava tirando o fôlego. Sensações sacudiram todo o corpo de Kyoko e ela sabia que tinha que parar com isso... agora, ou as coisas iriam longe demais.
Ela empurrou com toda a sua força contra o peito esperando que ele não lutasse com ela desta vez. Libertando- a com um rosnado, Toya deu um passo atrás, respirando duro e lutando com a sua perda de controlo.
- Kyoko, eu só quero que voltes comigo. - As suas palavras suavemente ditas foram preenchidas com a dor da rejeição. A sua franja tinha caído na frente dos seus olhos, escondendo toda a emoção dela.
Ela escorregou atrás da porta do armário e pegou uma camisa, colocando- a rapidamente. Quando ela saiu, Toya tinha desaparecido. Kyoko suspirou e pulou quando ouviu a mãe bater na porta do quarto.
- Kyoko, Tasuki está aqui. Eu disse a ele para esperar, que estarias para baixo num momento, ok? - A voz suave da sua mãe chegou a ela. Kyoko deu uma última olhada na janela e depois de volta ao espelho. Estendendo- se, ela tocou os dedos para os lábios ainda sentindo o formigamento de um beijo tão acalorado.
Com um suspiro derrotado, ela fechou a porta do armário e desceu as escadas. Sem encontrar Tasuki na casa, ela foi até a porta e o encontrou do lado de fora. Toya viu Tasuki e Kyoko a cumprimentarem- se. Ainda na árvore, ele estendeu a mão... pegou um galho de bom tamanho e atirou em Tasuki, acertando- o na parte de trás da cabeça.
- Ai!
Tasuki empurrou e tocou a parte de trás da sua cabeça, olhando em volta em confusão. Não encontrando mais objetos voadores, ele olhou para Kyoko.
- Estás pronta? Pensei em vermos um filme e comer alguma coisa.
Kyoko acenou com a cabeça e pegou na sua mão, levando- o para longe da casa antes de Toya decidir jogar algo que poderia realmente magoar o seu amigo.
*****
Mais tarde naquela noite, Tasuki levou Kyoko para casa. Eles estavam a rir- se e a divertir- se quando chegaram à porta da frente dela.
- Tasuki, eu não posso agradecer o suficiente. Eu diverti- me muito hoje. - Ela sorriu para ele, e viu como ele estava feliz. Ela tinha realmente se divertido.
Tasuki aproximou- se dela, encurtando a distância até que eles estavam quase a tocar- se a cada respiração.
- Kyoko, posso dar- te um beijo de boa noite? - perguntou com uma voz suave de alguma forma sabendo que ela ia desaparecer novamente.
Kyoko olhou em volta com cautela, esperando que ninguém estivesse a ver. Ela acenou para Tasuki pensando para si mesma, "por que não... todo mundo me beijou, por que não deixar Tasuki desde que ele era o mais doce de todos eles."
Ela levantou o rosto para ele e fechou os olhos esperando. Sentindo os seus lábios deslizando no seu rosto com um beijo inocente, ela rapidamente abriu os olhos para vê- lo corando enquanto ele a agradecia e se virava para sair. Kyoko ficou lá pensar como as coisas podem funcionar. A única pessoa a quem ela deu permissão para beijá- la nem sequer lhe deu um beijo de verdade. Ela riu para si mesma quando ela se virou para voltar para a casa.
Ela sentiu- se melhor com tudo o que tinha acontecido nos últimos dois dias. Ela até sentiu que podia enfrentar o grupo novamente, e ela começou a fazer as malas para levar de volta com ela. Ela tinha prometido a Suki que traria algumas guloseimas de volta para eles.
Além disso, Toya estava certa. Ela não deveria ser tão egoísta e fazer todos esperarem por ela. Ela recheou ao máximo a bolsa e escreveu um bilhete dizendo à sua família que ela tinha voltado para o outro mundo e voltaria assim que pudesse. Eles entenderiam... eles sempre o fizeram.
*****
Depois de beijar Kyoko, Toya tinha voltado para o acampamento onde os outros estavam esperando, decidindo que ele não ia se preocupar mais. Ele não ia deixar que isso o incomodasse que ela estava com aquela pessoa Tasuki. Ele não se importava. Ele andava com raiva para frente e para trás ao lado do fogo que tinham construído para a noite.
Kamui olhou Toya cautelosamente, ainda esfregando a sua cabeça onde Toya tinha batido nele apenas momentos atrás. Tudo o que ele tinha feito era perguntar se Kyoko estava bem... Toya não precisava bater nele. Suki olhou para Shinbe e encolheu os ombros quando Shinbe de alguma forma levantou a coragem de perguntar.
- Toya, ela disse quando volta?
Toya virou- se e estreitou os olhos em Shinbe.
- Como diabos eu deveria saber? Ela não está exatamente a falar comigo agora e no que me diz respeito, eu não me importo com o que ela faz. - Ele continuou andando para frente e para trás.
Shinbe sorriu.
- Sim, podemos dizer que não te importas pela maneira como estás a gastar chão através do acampamento com todo o teu ritmo de andamento.
- Cala a boca. - foi a resposta de Toya, sabendo que ele não estava enganando ninguém... nem mesmo ele mesmo. Se ele soubesse que ela não o rejeitaria, ele diria a ela o que sentia por ela. Agora, o que realmente o incomodava era o fato de que ele poderia perdê- la completamente. Isso era mais assustador do que qualquer outra coisa poderia ser.
Ele parou de andar ao ver claramente o dano que estava a fazer no chão que Shinbe tinha acabado de apontar e suspirou. Ele nunca tinha dito isso em voz alta antes ou mesmo na sua mente, mas Kyoko estava debaixo da sua pele agora e isso estava a deixá- lo louco. Toya saiu com um ritmo rápido para verificar o santuário e ver se ela estava de volta ainda.
*****
Kyoko veio do portal do tempo tão rapidamente que o peso da sua mochila a desequilibrou. Pouco antes de cair, uma mão estendeu a mão e a segurou. Kyoko piscou para Kyou que estava lá brilhando à luz da lua, real como qualquer príncipe. Por que ele continua aparecendo assim? Dando um passo para trás dele, ela engoliu nervosamente.
- Kyou, o que estás a fazer aqui? - Isso das pessoas a surpreenderem estava a começar a ficar fora de controlo. Kyou viu as emoções piscando no seu rosto vendo maravilhas e um traço de medo nos seus olhos.
Ele sabia que ela o temia e ele não se importava, desde que fosse apenas um pequeno medo, pois ele não a magoaria. Ele lentamente mostraria isso a ela. Sem virar a cabeça dela, ele olhou dela para a estátua de donzela, e em seguida, de volta.
- Porque foste para casa sabendo que o cristal do coração do guardião ainda está aqui? - disse com um tom suave.
Kyoko mordeu o lábio. Ela realmente não queria que ninguém soubesse.
- Eu... Eu estava... envergonhada. Por alguma razão, ela não podia mentir para ele enquanto olhava para aqueles olhos dourados.
- É bom que não me mintas, sacerdotisa. - A voz de Kyou era quase sedutora e Kyoko sentiu como se estivesse tentando atraí- la para ele. Como ele sabia que ela estava a pensar em mentir para ele? Ela sabia que ele não a magoaria. - Nunca deves sentir a necessidade de mentir para mim. Afinal, não sou eu um dos teus guardiões?
"Lá vai ele de novo", ela pensou. É como se ele estivesse a ler a minha mente. Os seus olhos abriram- se um pouco enquanto ela o observava. Ela tentou não pensar nisso, mas a memória apareceu lá. O beijo que eles compartilharam enquanto estavam sob o feitiço do amor. Kyoko não conseguia desviar o olhar enquanto se lembrava do gosto dele e da maneira como ele a segurava com a coxa entre as pernas.
Ela sentiu um choque de calor passar por ela na memória dele e corou quando o seu olhar baixou para os seus lábios perfeitos. Ela engasgou- se quando ele estendeu a mão e puxou- a para os braços dele, cortando os lábios mágicos através dos dela com um beijo que tirou o fôlego dela. Assim que ela começou a responder ao beijo, ele a soltou e ela olhou para cima para ver os seus olhos escurecendo para um ouro profundo.
- Porque estás a fazer isso, Kyou? - perguntou com uma voz trémula. - Nem me conheces realmente, muito menos como eu. Até tentaste matar- me quando cheguei aqui com o cristal do coração do guardião. Disseste que eu não era nada além de um humano e indigno. Então porque estáa a fazer isso agora?
Num instante, Kyou pegou nela, levantando- a até o nível dos olhos.
- Se eu te quisesse morta... então estarias morta.
Kyoko podia sentir o seu coração batendo contra o seu peito. Ela olhou para os seus olhos normalmente sem emoções e pensou que viu uma cintilação de emoção, mas ele rapidamente escondeu.
Puxando- a ainda mais nos seus braços Kyou repreendeu:
- Não presumas saber como eu me sinto. - Ele deslizou os lábios no seu rosto e ele puxou- a mais profundamente. Ele apagaria as chamas que foram enterradas com ela até que ela não aguentasse mais. - Em breve verás o quanto um guardião pode amar.
Com isso, ele pegou os lábios dela com um outro beijo que ateou fogo na sua alma com desejo... ou era pura necessidade? Ele soltou os lábios e com uma mão acariciou o seu rosto com toques leves como se fosse uma pena. Kyoko ficou atordoada como um poderoso senhor guardião, capaz de matar tantos poderia ser tão gentil. Quando ela começou a olhar para Kyou com uma luz diferente? Ela olhou para ele questionavelmente, imaginando o que o tinha mudado.
- O que queres de mim, Kyou? - perguntou com um sussurro.
Enfiando os dedos pelo cabelo, Kyou agarrou um punhado e colocou o seu rosto ao lado do dela, sussurrando no seu ouvido.
- Tudo o que tu és, eu terei.
A sua respiração estava tão quente contra a sua pele e sentiu- se tão bem. Kyoko fechou os olhos e suspirou. Uma pitada de sorriso apareceu para agraciar os lábios de Kyou enquanto ele a via fechar os olhos, mas o seu sorriso desapareceu quando ele pegou o cheiro que estava a aproximar- se.
Ele sentou- se na beira de uma das pedras ao redor. Sem outra palavra, Kyou deixou- a sentada lá perplexa sabendo que Toya a multaria enquanto ela o ansiava. Kyoko ainda estava atordoada quando Toya entrou na clareira. Ele deu um rosnado baixo enquanto assistia a um espetáculo de penas douradas caindo ao seu redor. Colocando os seus olhos apenas sobre ela, ele lentamente aproximou- se.
Ela parecia estar meio a dormir. Toya estreitava os olhos para o céu acima dele em aviso. Kyou estava jogar um jogo perigoso aqui e ele não gostou. Ele sabia que Kyou só o estava provocando indo e vindo como quisesse. Ele entendeu por que Kyou não foi ameaçado por ele estar perto de Kyoko.
Tadamichi tentou fazer Hyakuhei compartilhar a sacerdotisa há tanto tempo e Toya sabia que esse também era o raciocínio de Kyou, mas ele não queria compartilhar Kyoko com ele ou qualquer outra pessoa. E ele não pensou que Kyoko iria para ele também.
- Eu amei- a primeiro. - confessou Toya baixinho, sabendo que ela tinha passado a ouvi- lo no momento. - Kyou e os seus malditos encantamentos. - Ele estendeu a mão para tocar o seu rosto, mas antes de atingir o seu objetivo, a sua mão fechou- se em punho e desceu.
Em vez disso, ele estendeu a mão para o bando de Kyoko, e em seguida, ajudou- a a descer da rocha. Tomando- a pela mão, ele levou- a para o acampamento sem que uma palavra fosse dita entre eles. Logo, Toya pensou, muito em breve eles teriam que falar... e desta vez ela ouviria cada palavra maldita.
Ücretsiz ön izlemeyi tamamladınız.