Kitabı oku: «De Volta À Terra», sayfa 3

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Astronave Theos O objeto misterioso

O objeto que se materializou diante dos dois companheiros atônitos definitivamente não era nada que a natureza, apesar de sua imaginação infinita, pudesse ter criado de forma independente. Parecia uma espécie de flor metálica com três pétalas longas, sem haste, e um pistilo central levemente cônico. O lado de trás do pistilo tinha a forma de um prisma hexagonal, com a superfície da base ligeiramente maior que a do cone no lado oposto, e que servia como suporte para a estrutura inteira. As pétalas retangulares se ramificavam dos três lados equidistantes do hexágono, medindo pelo menos quatro vezes mais do que a base.

— Parece um velho tipo de moinho de vento, como aqueles que eram usados séculos atrás, nos grandes prados do leste — disse Petri, sem tirar os olhos do objeto nem por um segundo, à mostra na grande tela.

Azakis sentiu um arrepio nas costas, ao se lembrar de alguns protótipos antigos que os Anciãos sugeriram para ele estudar antes da partida.

— É uma sonda espacial — concluiu Azakis. — vi alguns assim, com design parecido nos velhos arquivos da Rede — disse, enquanto se apressava em encontrar, por meio do N^COM, mais informações sobre o assunto.

— Uma sonda espacial? — Petri disse, e se virou com ar assustado para seu companheiro. — e quando foi lançada?

— Não acho que seja uma das nossas.

— Não é nossa? O que quer dizer, meu amigo?

— Quero dizer que não foi construída nem lançada por nenhum dos habitantes do nosso planeta Nibiru.

A expressão no rosto de Petri estava ficando cada vez mais desnorteada. — Como assim? Não me diga que você acredita naquela estupidez sobre alienígenas também?

— O que eu sei é que nada desse tipo jamais fora construído no nosso planeta. Verifiquei todo o arquivo da Rede e não há nenhuma correspondência com o objeto que vemos. Nem mesmo nos projetos nunca realizados.

— Não é possível! — disse Petri. — o seu N^COM deve estar fora de fase. Verifique de novo.

— Sinto muito, Petri. Já verifiquei duas vezes e tenho certeza de que essa coisa não é nossa.

O sistema de visualização de curto alcance gerou uma imagem tridimensional do objeto, recriando meticulosamente seus mínimos detalhes. O holograma flutuava suavemente no meio da sala de controle, suspenso a meio metro do solo.

Petri, com um movimento da sua mão direita, começou a fazê-lo girar lentamente, examinando cuidadosamente cada detalhe.

— Parece ser feito de uma liga de metal leve — disse Petri, em um tom mais técnico, comparado ao de espanto que inicialmente o arrebatou. — os motores devem ser alimentados por essas três pétalas, que parecem estar cobertas com um tipo de material sensível à luz solar — ele havia finalmente começado a mexer nos comandos do sistema. — o pistilo deve ser uma espécie de antena transceptora e o prisma hexagonal é definitivamente o "cérebro" dessa coisa.

Petri estava movendo o holograma cada vez mais rápido, inclinando-o em todas as direções. De repente parou e disse: — Olhe aqui. Na sua opinião, o que é isso? — perguntou, no momento em que ampliava os detalhes.

Azakis se aproximou o máximo possível. — Parecem símbolos.

— Eu diria dois símbolos — corrigiu Petri — ou melhor, um desenho e quatro símbolos próximos.

Azakis ainda estava procurando ativamente, no N^COM, algo na Rede. Mas não havia absolutamente nada que correspondesse ao objeto à sua frente.

O desenho representava um retângulo, composto por quinze listras horizontais vermelhas e brancas. No canto superior esquerdo, havia um outro retângulo azul, contendo cinquenta estrelas brancas de cinco pontas. À sua direita, estavam quatro símbolos:

JUNO

— Parece uma espécie de escrita — opinou Azakis. — Talvez os símbolos representem o nome de quem criou a sonda.

— Ou talvez seja o seu nome — rebateu Petri. — a sonda se chama “JUNO" e o símbolo dos criadores é aquela espécie de retângulo colorido.

— Seja o que for, não foi feita por nós — afirmou Azakis. — Você acha que poderia ter alguma forma de vida nela?

— Acho que não. Pelo menos, não de nosso conhecimento. O espaço da cápsula posterior, que é o único lugar onde poderia haver qualquer coisa, é muito pequeno para manter um ser vivo.

Enquanto falava, Petri já havia começado a digitalizar a sonda, procurando qualquer sinal de vida dentro. Após alguns momentos, uma série de símbolos apareceu na tela e ele rapidamente os traduziu para o companheiro.

— De acordo com os nossos sensores, não há nada “vivo” ali. Nem parece ter armas de qualquer tipo. Em uma primeira análise, eu diria que essa coisa é uma espécie de nave de reconhecimento de exploração do sistema solar, em busca do quê, não sabemos.

— Pode ser — disse Azakis, — mas a pergunta que devemos nos fazer é: enviada por quem?

— Bem — supôs Petri — se excluirmos a presença dos misteriosos alienígenas, eu diria que os únicos capazes de fazer tal coisa só poderiam ser seus velhos amigos terráqueos.

— O que você está dizendo? A última vez quando os deixamos, mal conseguiam montar um cavalo. Como podem ter atingido um nível de conhecimento como esse em tão pouco tempo? Enviar uma sonda pelo espaço não é uma piada.

— Pouco tempo? — contestou Petri, olhando-o diretamente nos olhos. — não esqueça que, para eles, já se passaram quase 3.600 anos. Considerando que a vida média era de no máximo cinquenta ou sessenta anos, quer dizer que se passaram pelo menos sessenta gerações. Talvez eles se tornaram muito mais inteligentes do que pensamos.

— E talvez seja por isso — acrescentou Azakis, tentando completar o raciocínio do seu amigo — que os Anciãos estavam tão preocupados com esta missão. Eles haviam previsto isso, ou pelo menos, consideraram essa possibilidade.

— Bem, eles poderiam ter mencionado algo para nós. A visão dessa coisa quase me deu um treco.

— Ainda estamos no nível de conjecturas — disse Azakis, esfregando o polegar e o indicador no queixo — mas parece fazer sentido. Vou tentar entrar em contato com os Anciãos e arrancar um pouco mais de informações, se eles tiverem. Você, por sua vez, tente descobrir mais sobre essa coisa. Analise sua rota atual, velocidade, massa, etc. e tente fazer uma previsão sobre o seu destino, quando partiu e quaisquer dados armazenados. Quero saber o máximo possível do que nos espera lá.

— Ok, Zak — disse Petri, enquanto hologramas coloridos com uma infinidade de números e fórmulas flutuavam no ar à sua volta.

— Ah, e não se esqueça de analisar a parte que você identificou como uma antena. Se for real, é capaz de transmitir e receber. Eu não gostaria que o nosso encontro já tivesse sido comunicado para seja quem for que mandou essa sonda.

Dito isto, Azakis caminhou rapidamente em direção à cabine do H^COM, a única, em toda a nave, equipada para comunicações de longa distância, e estava entre as portas dezoito e dezenove dos módulos de transferência interna. A porta se abriu com um leve chiado e Azakis entrou na cabine estreita.

Por que será que a fizeram tão pequena, me pergunto… Pensou ao tentar instalar-se sobre o assento, esse também decididamente minúsculo, que abaixava automaticamente. Talvez queriam que fosse usado o mínimo possível…

Quando a porta se fechou atrás dele, ele começou a executar uma série de comandos no console à sua frente. Precisou esperar vários segundos para o sinal estabilizar. De repente, na tela holográfica, semelhante à que tinha em seus aposentos, começou a aparecer a face magra e marcada pelos anos do seu superior Ancião.

— Azakis — disse o homem sorrindo e lentamente erguendo a mão ossuda em saudação. — o que o fez chamar, com tanta urgência, este pobre velho?

Ele nunca foi capaz de saber exatamente a idade do seu superior. Ninguém tinha a permissão de saber informações tão pessoais de um membro dos Anciãos. Claro que já tinha visto vários voltas ao redor do sol. No entanto, seus olhos dançavam da esquerda para a direita com uma vitalidade que nem ele tinha.

— Fizemos um contato muito surpreendente, pelo menos para nós — começou Azakis sem preâmbulos, tentando olhar diretamente nos olhos do seu interlocutor. — quase nos chocamos com um objeto estranho — continuou ele, estudando a expressão do rosto do Ancião.

— Um objeto? Explique melhor, meu rapaz.

— Petri ainda está analisando, mas pensamos que possa ser algum tipo de sonda e tenho certeza de que não é nossa — o Ancião arregalou os olhos. Até mesmo ele parecia surpreso.

— Encontramos alguns símbolos estranhos gravados na nave em uma língua desconhecida — acrescentou. — estou enviando todos os dados.

O olhar do Ancião pareceu se perder por um momento no vazio, enquanto pelo seu O^OCM, analisava o fluxo de informações que chegava.

Depois de alguns longos momentos, seus olhos voltaram para o seu interlocutor e, em um tom que não deixou escapar nenhum tipo de emoção, disse: — Convocarei imediatamente o Conselho dos Anciãos. Tudo indica que suas deduções iniciais estão corretas. Se de fato for o caso, devemos rever imediatamente os nossos planos.

— Aguardaremos notícias — e assim dizendo, Azakis encerrou a comunicação.

Nassíria O jantar

O Coronel e Elisa já estavam esvaziando a terceira taça de champanhe e o clima se tornando decididamente mais casual.

— Jack, tenho que dizer: esse Masgouf é divino. É impossível terminá-lo, é enorme.

— Sim, é realmente ótimo. Devemos dar os parabéns ao chef.

— Talvez eu devesse casar com ele e fazê-lo cozinhar para mim — disse Elisa, rindo de modo exagerado. O álcool já estava surtindo seus efeitos.

— Bem, não, deve entrar na fila. Cheguei antes — arriscou, pensando que a frase não seria exatamente inapropriada. Elisa fingiu não perceber e continuou a mordiscar o seu esturjão.

— Você não é casado, é?

— Nunca tive tempo para essas coisas.

— É uma desculpa muito velha — disse ela, o olhando maliciosamente.

— Bem, na verdade cheguei perto uma vez, mas a vida militar não é exatamente adequada para o casamento. E você? — acrescentou, fugindo de um assunto que parecia que ainda doía. — Já foi casada?

— Está brincando? E quem suportaria ter uma mulher que passa a maior parte do tempo viajando pelo mundo para escavar o subsolo como uma toupeira e que gosta de profanar túmulos de milhares de anos?

— É — disse Jack, sorrindo amargamente — obviamente não somos feitos para o casamento — e quando levantou a taça, propôs um melancólico "saúde a nós".

O garçom chegou com mais Samoons13 fresquinhos, felizmente interrompendo o momento de ligeira tristeza.

Jack, aproveitando a interrupção, tentou dissipar rapidamente uma série de memórias que voltavam à sua mente. Eram coisas do passado. Agora ele tinha uma bela mulher ao seu lado e tinha que se concentrar apenas nela. Não era tão difícil.

A música de fundo, que parecia envolvê-los suavemente, era apropriada. Elisa, iluminada pelas três velas colocadas no meio da mesa, estava radiante. Seu cabelo era de tons de ouro e cobre e sua pele era lisa e bronzeada. Seus olhos penetrantes de um verde profundo. Os lábios macios estavam lentamente tentando separar um pedaço de esturjão do osso entre os dedos. Era tão sexy.

Elisa não sabia se deixava escapar aquele momento de fraqueza do Coronel. Apoiou o osso na borda do prato e sugou, com aparente descuido, o indicador, e em seguida, o polegar. Abaixou a cabeça e olhou para ele tão intensamente, que Jack pensou que seu coração fosse saltar para fora do peito e acabar diretamente no prato.

Percebendo que já não controlava a situação e acima de tudo, a si mesmo, o Coronel logo tentou se recuperar. Era um menino crescido demais para fazer a figura do adolescente apaixonado, mas aquela garota tinha algo que o atraía terrivelmente.

Ele respirou fundo, esfregou o rosto com as mãos e tentou dizer: — Que tal terminar também esse último pedacinho?

Ela sorriu, delicadamente pegou o pedaço de esturjão, e inclinando-se para frente, levou-o até a boca dele. Nessa posição, o decote mostrava parcialmente os seios fartos. Jack, visivelmente constrangido, deu apenas uma mordida, porém, sem evitar que os dedos dela tocassem seus lábios. Sua excitação cresceu mais e mais. Elisa estava brincando com ele como um gato brinca com um rato, e Jack não conseguia se opor de forma alguma.

Então, com um ar de menina inocente, Elisa sentou-se confortavelmente no seu lugar e, como se nada tivesse acontecido, fez um gesto com a mão para o garçom alto e magro, que prontamente chegou.

— Eu acho que é hora de um agradável chá com cardamomo. O que acha, Jack?

Ele, que ainda não tinha se recuperado do clima anterior, balbuciou algo como “Bem, sim, ok… " E enquanto endireitava a jaqueta, tentando ser mais informal, acrescentou: — Deve ser ótimo para a digestão.

Percebeu ter dito algo ridículo, mas naquele momento não conseguia pensar em algo melhor.

— É tudo muito gostoso Jack, é uma noite muito agradável, mas não se esqueça da finalidade para a qual estamos aqui esta noite. Eu tenho que mostrar uma coisa, lembra?

O Coronel estava pensando em tudo no momento, exceto trabalho. Mas ela tinha razão. Existiam coisas em jogo muito mais importantes que um estúpido flerte. O fato era que, para ele, aquele flerte não parecia nada estúpido.

— Claro — respondeu tentando recuperar seu ar autoritário. — mal posso esperar para saber o que você descobriu.

A essa altura, o homem gordo do carro a pouca distância, que estava ouvindo tudo disse: — Essa cachorra! Todas as mulheres são iguais. Elas nos seduzem, nos levam para as estrelas, e depois agem como se nada tivesse acontecido.

— Eu acho que seus dez dólares em breve estarão em meu bolso — disse o magro, com uma grande risada.

— Na verdade não me importa nada quem a nossa doutora leva pra cama ou não. Não esqueça que estamos aqui apenas para descobrir tudo o que ela sabe — E enquanto tentava ficar mais confortável na cadeira devido a dores das costas, acrescentou: — devíamos ter colocado uma boa câmera dentro daquele maldito restaurante.

— Sim, talvez debaixo da mesa, desse jeito poderíamos ter olhado suas coxas.

— Cretino. Mas quem foi o idiota que selecionou você para esta missão?

— Nosso chefe, meu amigo. E eu aconselho você a não insultá-lo, pois ele sabe muito bem como colocar escutas e não teria dificuldade até mesmo em colocar neste carro.

O gordo se assustou e por um momento pensou que seu coração tivesse parado de bater. Estava tentando ter uma carreira e insultar o superior imediato não era a melhor maneira de avançar.

— Pare de falar besteira — disse, tentando ser sério e profissional. — pense em fazer um bom trabalho e vamos retornar à base com algo de concreto — Dizendo isso, olhou fixamente para um ponto indefinido na escuridão da noite através dos para-brisas levemente embaçados.

Elisa tirou da sua bolsa o seu inseparável tablet, apoiando-o sobre a mesa, e começou a rolar pelas fotos. O Coronel, curioso, tentou focalizar algo, mas o ângulo não permitia. Ela, encontrando o que queria, levantou-se e sentou-se na cadeira ao lado dele.

— Então — começou Elisa — fique confortável porque a história é longa. Vou tentar resumir o máximo possível.

Rolando rapidamente com o indicador na tela, ela abriu uma foto de uma tábua entalhada com desenhos estranhos e escritas cuneiformes.

— Esta é uma foto de uma das tábuas que foram encontradas no túmulo do rei Balduíno II de Jerusalém — continuou Elisa — que foi supostamente o primeiro, em 1119, a abrir a Maarat Hamachpelah, também conhecida como a Caverna dos Patriarcas, onde parece que estão sepultados Abraão e seus dois filhos Isaac e Jacó. Estas sepulturas deveriam se encontrar no subsolo do que é hoje chamado de Mesquita ou Santuário de Abraão em Hebron, na Cisjordânia — Nesse momento, ela mostrou uma foto da mesquita.

— Dentro dos túmulos — continuou Elisa — o rei teria encontrado, além de inúmeros objetos de vários tipos, até mesmo um número de tábuas que pertenciam a Abraão. Acredita-se que possam representar uma espécie de diário que ele teria mantido e no qual escreveu os momentos mais importantes da sua vida.

— Uma espécie de “anotações de viagem” — Jack tentou antecipar, na esperança de fazer uma boa impressão.

— De certa forma, sim, já que para a época, ele realmente cobriu muitos quilômetros.

Ao deslizar em outra fotografia, Elisa continuou explicando: — Os maiores especialistas da sua língua e do modo gráfico do tempo tentaram traduzir o que foi gravado nessa tábua. As opiniões eram, naturalmente, bastante divididas em algumas partes, mas todos concordaram que este — e ampliou um detalhe da imagem — seja traduzível como “vaso” ou “ânfora dos Deuses”. Além disso, existem palavras como “enterro”, “secreto” e “proteção”, também bastante claras.

Jack estava começando a ficar um pouco confuso, mas, acenando com a cabeça, tentou convencer Elisa de que estava seguindo tudo perfeitamente. Ela olhou para ele por um momento, em seguida, passou a dizer: — Por outro lado, este símbolo — e tocou na tela para torná-lo o mais claro possível — segundo alguns, deve ser uma sepultura: o túmulo de um Deus. E esta parte deve descrever um dos Deuses que adverte ou, até mesmo, ameaça o povo reunido em torno dele.

O Coronel, um pouco por causa do álcool, um pouco pelo perfume inebriante de Elisa que emanava ao seu redor, e um pouco mais pelos olhos dela, nos quais estava mergulhado, não estava entendendo mais nada. Ele continuou, no entanto, a acenar como se tudo estivesse claro.

— Então, resumindo — prosseguiu Elisa, notando a confusão de Jack — os peritos interpretaram o conteúdo desta tábua como sendo uma representação de um evento que ocorreu na época de Abraão em que um suposto deus, ou, mais genericamente deuses, teriam sido secretamente enterrados perto de sua sepultura, algo muito precioso, pelo menos para eles.

— Parece uma afirmação muito genérica — começou Jack, tentando opinar. — dizer que existe algo valioso enterrado perto da sepultura dos deuses certamente não é como ter as coordenadas do GPS. Pode se referir a qualquer coisa, em qualquer lugar.

— Você está certo, mas todas as inscrições, especialmente aquelas mais antigas, de alguma forma devem ser interpretadas e contextualizadas. E é para isso que existe os especialistas e, aliás, eu sou um deles — Ao dizer isso, começou a imitar os movimentos de uma modelo sendo fotografada por paparazzi.

— Ok, ok. Eu sei que você é competente. Mas agora tente explicar para nós, pobres mortais.

— Basicamente — falou Elisa, se recompondo — depois de analisar e comparar artefatos históricos de todos os tipos, histórias verdadeiras, lendas, rumores e assim por diante, os maiores cérebros do mundo afirmaram que esta reconstrução, de fato, tem um fundo de verdade. Com esse embasamento, eles têm lançado arqueólogos de todo o mundo em busca desse lugar misterioso.

— Mas então, onde o ESALD se encaixa nisso? — O Coronel estava recuperando as suas funções cerebrais. — disseram-me que esta pesquisa tinha como escopo recuperar artefatos imaginários, de origem alienígena.

— E talvez seja exatamente isso — disse Elisa. — e agora a opinião geral é que estes famosos deuses, que nos tempos antigos vagavam pela Terra, seriam simplesmente humanoides vindos de um planeta fora do nosso sistema solar. Devido à superioridade tecnológica e grandes conhecimentos médicos e científicos, não seria tão difícil serem confundidos com deuses capazes de realizar todo tipo de milagre.

— Sim — Jack interrompeu. — eu também, se chegasse em um helicóptero Apache no meio de uma tribo da Amazônia central e começasse a lançar mísseis por toda parte, poderia ser confundido com uma divindade zangada.

— Esse é exatamente o efeito que essas criaturas provocariam nos homens da época. Alguns dizem até que os alienígenas teriam incutido a semente da inteligência no Homo Erectus, transformando-o, em poucas dezenas de milhares de anos, no que hoje conhecemos como Homo sapiens.

Elisa olhou atentamente para o Coronel, que parecia estar cada vez mais surpreendido e decidiu dar uma rasteira. — Na verdade, como chefe desta missão, pensei que você estivesse mais informado.

— Eu também pensei — Jack falou. — obviamente, os superiores seguem a filosofia de que quanto menos se sabe, melhor — A raiva estava começando a substituir o sentimentalismo anterior.

Percebendo isso, Elisa colocou sua mão sobre a mesa e ficou a poucos centímetros do rosto do Coronel, que por um momento prendeu a respiração pensando que ela queria beijá-lo, e exclamou: — Agora vem a melhor parte.

Com um movimento rápido voltou ao seu lugar e mostrou outra fotografia. — Enquanto todos se jogaram na busca por essa famosa "sepultura dos deuses", indo vasculhar as pirâmides egípcias, os túmulos dos deuses por excelência, formulei uma interpretação diferente da que está gravada na tábua e acho que é o caminho certo. Veja isto — e mostrou orgulhosa a imagem que representava o texto de acordo com a sua interpretação.

Os dois comparsas, que de dentro do carro estavam ouvindo a conversa entre os dois, dariam qualquer coisa para poderem ver as fotos que a doutora mostrava ao Coronel.

— Droga! — o gordo praguejou. — temos de encontrar uma maneira de pôr as mãos nesse tablet.

— Tomara que um dos dois leia em voz alta — disse o magro.

— Tomara também que este “jantar romântico” acabe logo. Estou cansado de ficar aqui no escuro e além do mais, estou morrendo de fome.

— Fome? Do que você está falando? Você comeu até os meus sanduíches.

— Nem todos, meu caro. Sobrou um e pretendo devorá-lo — e rindo satisfeito, se virou para pegar o saquinho de papel no banco de trás. Ao girar o joelho bateu exatamente no botão de liga/desliga do sistema de gravação, que emitiu um fraco bip e desligou.

— Seu idiota desajeitado, tome cuidado! — O magro se apressou para ligar o instrumento de novo. — agora tenho que reiniciar o sistema e isso vai levar no mínimo um minuto. Reze para que eles não digam nada de importante, caso contrário, vou encher sua bunda gorda de chutes e pontapés daqui até o Golfo Pérsico!

— Desculpe — disse o homem gordo, quase sussurrando. — acho que é hora de começar uma dieta.

"Os deuses enterraram um vaso com um valioso conteúdo ao sul do templo e ordenaram para que as pessoas não se aproximassem até que eles voltassem, caso contrário, terríveis calamidades se abateriam sobre todas as nações. Quatro guardiões flamejantes foram posicionados para proteger o local."

— Essa é a minha tradução — Elisa disse com orgulho. — a palavra exata para mim não é “sepultura” mas “templo”, e Zigurate de Ur, onde eu estou conduzindo minha pesquisa, não é nada mais que um templo erguido para os deuses. Claro, dirá que de Zigurate por aqui há muitos, mas nenhum é tão perto da casa que pertencia ao homem que supostamente escreveu as tábuas, o nosso amado Abraão.

— Interessante — O Coronel estava examinando de perto o texto. — na verdade, o lugar que tem sido indicado por todos como a “Casa de Abraão” está a apenas umas centenas de metros do templo.

— Além disso, se esses seres fossem realmente extraterrestres, — continuou Elisa — imagine o quão interessante esse “vaso” poderia ser para os militares. Talvez até mais do que o seu “conteúdo valioso”.

Jack pensou por um momento, depois disse: — Esse é o motivo de todo esse interesse por parte do ELSAD. O vaso enterrado poderia ser muito mais do que um simples recipiente de barro.

— Exatamente. E agora, a reviravolta — disse Elisa teatralmente. — Senhoras e senhores, eis o que eu encontrei hoje de manhã.

Tocou a tela e uma nova foto apareceu. — Mas é o mesmo símbolo que estava na tábua — exclamou Jack.

— Exato. Mas só tirei essa foto hoje — disse Elisa, satisfeita. — Aparentemente Abraão usou o mesmo símbolo que os sumerianos já tinham usado para representar os deuses: uma estrela com doze planetas em torno de si e que, aliás, achei gravada na tampa do “recipiente” que estamos desenterrando.

— Pode não significar nada — disse Jack. — talvez seja apenas uma coincidência. Esse símbolo poderia ter mil significados.

— Ah é? E o que acha deste?— e ela lhe mostrou a última foto. — nós tiramos esta do lado de fora do recipiente, com o nosso equipamento de raio-X portátil.

Tudo o que Jack podia fazer era olhar estupefato, com os olhos esbugalhados.

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Litres'teki yayın tarihi:
14 aralık 2019
Hacim:
240 s. 1 illüstrasyon
ISBN:
9788835400417
Tercüman:
Telif hakkı:
Tektime S.r.l.s.
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