Kitabı oku: «A Baía Kismet», sayfa 2

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CAPÍTULO QUATRO

Nicholas tinha pisado na bola com Holly. Ele queria passar um tempo com ela e decidiu esperar o fechamento da Travessa do Feliz Acaso. O horário de funcionamento estava exibido na vitrine e elas não manteriam a loja aberta depois das cinco da tarde. Isso dava a ele algumas horas pra matar e ele usou o tempo de forma inteligente. Ele entrou na floricultura local e perguntou se conheciam Holly – e obviamente conheciam. Gabriel tinha razão. A cidade era cheia de Stranges. Como pertenciam à família de Holly, foi fácil descobrir suas flores preferidas e pedir uma dúzia delas. Então ele entrou na Sabores da Uva para comprar uma garrafa de vinho. Ele teve sorte lá também e conseguiu comprar alguns dos vinhos favoritos dela. Ele foi para a Poção da Bruxa e fez um negócio com Tristan Scott – dono da cafeteria, em conjunto com a prima de Holly, Esmeralda. A Poção da Bruxa fechava uma hora antes da Travessa do Feliz Acaso e ele pôde pagar pelo uso da cafeteria. Nicholas arrumou tudo para surpreendê-la. Tudo o que ele precisava era que alguém armasse sua entrada na cafeteria. Isso partiu de uma fonte surpreendente.

“Vou entrar na Travessa e falar que Esmeralda precisa da ajuda dela aqui.” Ele piscou para Nicholas. “Quando se trata das mulheres Strange, você precisa de toda ajuda que conseguir. A Esme já foi embora. Ela também tem um encontro quente mais tarde.”

“Isso incomoda você?” Nicholas perguntou.

“Não”, ele disse, balançando a cabeça. “Somos amigos, nada mais. Uma outra Strange é dona do meu coração. Ela voltará um dia. Elas sempre voltam.”

Nicholas franziu o cenho. “O que faz você ter tanta certeza?”

“Essa cidade chama por elas. Elas fazem dessa cidade o que ela é. Não consigo explicar direito.” Ele parou por um momento e continuou: “É quase como mágica. Tudo pode acontecer, às vezes quando você menos espera. Não consigo dizer quantas vezes o bichinho do amor picou as pessoas aqui. É quase como se essa cidade reunisse casais.” Ele balançou a cabeça. “Talvez isso seja ilusão minha. Eu preciso acreditar nisso ou terei perdido a minha amada para sempre.

“E quem é ela?” Ele não achava que fosse Holly pois, se fosse, Tristan nunca o teria ajudado. Nicholas já havia conhecido diversas Strange nas últimas horas. Nenhuma delas poderia ser o amor de Tristan. Todas eram donas de negócios na cidade. A forma que Tristan falava dessa moça deixava a entender que ela foi embora da cidade, sem nunca olhar para trás.

“A irmã gêmea de Holly – Sage.”

Algo o incomodou nessa revelação. Ele iria atrás de Holly se não conseguisse ficar com Sage? Se elas eram gêmeas…“Para onde ela foi?”

“Ela está na cidade grande administrando uma empresa de planejamento de eventos. Ela está construindo sua reputação. Sage é a única Strange que não teve vontade de deixar sua marca na Baía Kismet. A única coisa que tem em comum com as outras é a cor de seu cabelo. De outra forma, ela parece não pertencer.”

“Ela e Holly não são parecidas?”

Tristan fez que não com a cabeça. “Não, elas não são idênticas.”

Por algum motivo isso deixou Nicholas aliviado. Ele queria Holly para si e não gostava da ideia de ela ser parecida com alguém. Ela era…ele franziu o cenho quando seus pensamentos se tornaram possessivos. Naquele momento só uma palavra vinha à mente a respeito de Holly. Minha.

“Obrigado por me ajudar. Eu agradeço.”

“Não foi nada.” Tristan fechou o balcão e guardou tudo. Ele entregou um molho de chaves para Nicholas. “Certifique-se de que trancou tudo quando terminar. Entregue as chaves para Holly e eu as busco na Travessa do Feliz Acaso. Esmeralda abrirá amanhã então não vou precisar delas logo.

Nicholas nunca havia encontrado pessoas que confiavam tão facilmente. Talvez essa vida de cidade pequena tivesse algo…Tristan mal o conhecia e entregou a ele as chaves de sua empresa. Por que ele faria isso com um estranho? “Você pode confiar em mim.”

“Eu sei”, ele falou enigmaticamente. “Caso contrário eu teria te colocado pra fora quando pediu minha ajuda. Como eu disse…Kismet é mágica. Você vai ver.”

Com essas palavras, Tristan saiu da Poção da Bruxa e deixou Nicholas sozinho esperando por Holly. Ele torcia para que ela gostasse da surpresa e o desculpasse pela mancada anterior. Nicholas raramente agia por impulso, mas Holly fazia ele querer coisas, querer ela....

CAPÍTULO CINCO

Tristan disse para ela ir para a Poção da Bruxa. Para que Esmeralda precisava dela? Holly odiava estar mal-humorada, e tudo o que ela queria era ir para casa e se aninhar em seu sofá. O tour do chocolate quente havia sido um sucesso. Mais tarde naquela semana descobririam qual empresa ganhou mais votos em seu chocolate quente. Talvez Esmeralda quisesse acompanhá-la na janta. Holly não deveria ter afastado Nicholas. Se ela tivesse sido mais amigável talvez ele a teria convidado para jantar. Ela não poderia sair da Travessa do Feliz Acaso quando ele queria, mas ela estava livre o resto do dia.

Holly suspirou e empurrou a porta da Poção da Bruxa. Luzinhas brancas decoravam a loja inteira. Tristan e a Esmeralda tinham finalmente decidido colocar decorações de Natal? Holly estava pegando no pé deles há mais de uma semana para deixaram o lugar mais festivo. As luzes da loja estavam apagadas e a única iluminação vinha das luzinhas. “Esme?”, ela chamou. Não teve resposta. Holly entrou mais na cafeteria e deu um gritinho quando uma sombra grande parou na sua frente.

“Não queria assustá-la.” Nicholas chegou mais perto. “Eu queria que fosse uma surpresa boa.”

Será que Tristan e sua prima teriam armado um encontro para ela? Como sabiam que ela estava interessada em Nicholas? Isso não importava, mas ela perguntaria para os dois da próxima vez que se encontrassem. Ela estava desejando passar a noite com Nicholas e agora ela poderia. A questão era o quanto ela queria que ele soubesse desse desejo? “Está tudo bem. Eu estava esperando encontrar minha prima aqui e foi um pequeno choque que você não é a Esmeralda.”

“Me perdoe.” Ele falou. “Mas eu precisava vê-la novamente e na hora isso pareceu uma boa ideia.”

Holly olhou com cuidado o que ele havia feito. Suas flores preferidas – lírios rosa e branco em um vaso no centro de uma das mesas. Um vinho Riesling branco perto delas, com duas taças vazias. Havia duas tampas cobrindo dois pratos, provavelmente para manter a comida aquecida. Se ele havia escolhido todas suas coisas preferidas, quais eram as chances de ele ter escolhido sua comida preferida também? Holly virou sua atenção para ele. Nicholas tinha trocado sua camisa manchada e colocado uma camisa azul, um tom mais claro que os olhos dele. Sua gravata combinava com eles perfeitamente. Seu terno escuro o deixava tão elegante que ela tinha vontade de se jogar em seus braços.

“Então?”, ele levantou uma sobrancelha. “Você aprova tudo?”

Ela inclinou seus lábios para cima, em um sorriso sensual. “Por enquanto, sim.” Holly removeu seu casaco de inverno e o colocou em um gancho próximo, então voltou sua atenção novamente para ele. “Me conte o que você preparou para a janta e eu decido se está perfeito.”

“Frango marsala com macarrão integral.” Sua boca encheu de água imediatamente. Ele havia descoberto sua refeição preferida. Nicholas estava se revelando o homem perfeito e isso a assustava um pouquinho.

“Como você…?”

“Organizei isso?”, ele terminou a frase dela. “Sua família foi bem útil. Talvez você devesse conversar com eles sobre o perigo de compartilhar coisas com pessoas que eles não conhecem muito bem.”

Havia somente um motivo para todos o terem ajudado. A Baía Kismet estava fazendo sua mágica. Nicholas tinha sido grosseiro e irritável da primeira vez que se esbarraram. O nome da cidade não significava “Destino” à toa. Seus fundadores, os ancestrais dela, acreditavam em destino. Eles foram salvos quando seu navio chegou ileso à baía. Desde então, aquela região parecia mágica, e uma das coisas que trazia às pessoas era o amor. O destino podia trazer outras coisas além de uma alma gêmea, mas você não deve ignorar quando seu amor verdadeiro cruza seu caminho. Esse era um dos motivos para Ivy se sentir tão melancólica o tempo todo. Gabriel tinha sido isso para ela. Sem ele, ela não tinha um pedaço dela. O Nicholas seria a outra metade de Holly? Sua família parecia acreditar nisso e Holly também começava a crer. Ela sentiu um magnetismo por ele e não poderia ignorá-lo. Ele também deveria sentir um pouquinho, já que estava tentando conquistá-la tão avidamente.

“Os Stranges sempre confiam em sua intuição. Eles não o teriam ajudado se não acreditassem que era certo.” Ela não queria assustá-lo falando em destino e magia. Mas Holly queria fazer algo antes de tomar qualquer decisão. Ela diminuiu a distância entre os dois e envolveu o pescoço dele em seus braços. “Me beija”, ela comandou.

Nicholas não precisou que ela repetisse. Ele se inclinou e tocou seus lábios nos dela. A magia sobre a qual estava pensando os envolveu e acendeu uma faísca que fez os dois intensificarem o beijo. A língua dele se enroscou na dela e ela sentiu uma infusão do gosto dele — canela e chocolate. Os dois ingredientes principais de seu chocolate quente…Holly gemeu com o aumento de seu desejo e ela queria deixar os dois nus para ver se eram compatíveis de todas as formas. No entanto, ela se segurou. Era cedo demais para ficar tão íntima dele. Holly deu um passo para trás antes de seguir um caminho que ela poderia se arrepender.

“Isso…”

“Eu sei”, ela falou para ele.

Ele chacoalhou a cabeça. “Eu quero mais com você.”

Holly sorriu para ele e amoleceu um pouco. Nicholas poderia vir a ser mais importante para ela do que sua própria felicidade. Ele poderia ser sua felicidade. Ela manteve sua irmã Ivy em mente e seguiu cuidadosamente. “Eu gostaria de ter tempo para descobrir o que é isso. Como poderemos fazer isso se você mora na cidade grande?”

“Eu não sei”, ele respondeu francamente. “Mas eu quero tentar se você estiver disposta.”

Holly assentiu. “Eu quero.”

Nicholas a puxou de volta para seus braços e a segurou firmemente. “Eu nunca esperei encontrá-la quando vim para essa cidade com Gabriel, mas estou feliz que aconteceu. Mais tarde vou contar para ele que não quero ir com ele. Eu vou ficar na Baía Kismet no feriado. O resto…nós resolvemos no caminho.”

Holly também o abraçou e fechou os olhos. Ela conseguiu seu maior desejo e não queria desperdiçá-lo. Histórias precisavam começar em algum ponto e esse era seu Era uma vez no Natal com Nicholas…

Revelação de Ano Novo

CAPÍTULO UM

O vento frio soprou, deslizando para dentro da jaqueta de couro de Nash King como se ela nem existisse. Ele esfregou as mãos tentando espalhar algum calor pelos membros quase congelados. Seu destino não estava tão longe. Mais alguns passos e estaria na Adega de Sabores da Uva e poderia passar uns momentos preciosos com o amor de sua vida — Leilia Strange.

Eles eram melhores amigos desde a escola primária. Nash sempre a amou, mas infelizmente ela sempre o viu como amigo e nada mais. Alguns dias isso o incomodava mais do que ele queria admitir. Em outros, ele só era grato de poder pertencer à vida dela. Hoje ele esperava ser corajoso o suficiente para finalmente admitir para ela que a amava.

Ele empurrou a porta da adega e entrou. Nash amava o que Leilia e sua irmã, Caprecia, tinham feito com a adega. Cada vinho estava separado por tipo e colocado em estantes espalhadas pela loja. Elas tinham até uma seção cheia de diferentes tipos de queijo, biscoitos e pães. Era confortável e convidativo. Em conjunto com a outra irmã, Ophelia, eram donas de um vinhedo nos arredores da cidade. Cada uma desempenhava um papel no vinhedo, mas Ophelia não se envolvia com a adega. Ela preferia trabalhar com a prima Amadea na Flores do Destino. A família Strange era responsável por muitos dos negócios e atividades da cidade. Seus ancestrais fundaram a cidade há mais de 200 anos.

Nash adentrou mais fundo na adega em direção ao balcão de trás onde esperava encontrar Leilia. Ele não tinha uma boa desculpa para visitá-la, porém como vinha à adega com frequência, nem Caprecia nem Leilia estranhariam sua presença. Quando ele chegou ao canto ele a viu. Seus cabelos preto-azulados se espalhavam sobre seus ombros em magníficas ondas. De onde ele estava, não conseguia ver seus olhos, apesar de não precisar. O azul cobalto estava gravado em sua memória. Tudo sobre Leilia estava lá, na sua mente. Ele não poderia esquecê-la nem se tentasse, e certamente não queria esquecer. Ele deveria diminuir a distância entre os dois e falar com ela. Nash estava prestes a fazer isso quando Caprecia surgiu da sala dos fundos e deu uma leve batida de ombros em Leilia.

“O que você ainda está fazendo aqui?” Caprecia perguntou. “Vá pra casa se arrumar para seu encontro.”

Nash congelou no lugar. Que encontro? Leilia não havia mencionado para ele que teria planos de Ano Novo. Ele achava que contavam tudo um para o outro… Havia um jeito bem simples de descobrir. Tudo o que ele precisava fazer era caminhar até ela e puxar uma conversa. O resto sairia facilmente. Mas ele não conseguia fazer seus pés se mexerem e a dor que se espalhava pelo seu coração estava quase insuportável.

“Ainda tenho bastante tempo”, Leilia respondeu casualmente. Ela manteve sua atenção no que ela estava encarando quando Nash veio em sua direção. “Eu preciso terminar o inventário antes de ir embora. Vendemos todo o moscatel e o espumante rosé.” Ela deu uma olhada no relógio de punho e suspirou. “Esse é um dos dias mais movimentados do ano para nós. O que eu estava pensando quando concordei sair com Percival?”

“Porque você ainda está em busca de seu par Percifeito?” Caprecia deu uma piscadela. “Pegou meu trocadilho?”

Leilia olhou pra cima e a encarou. “Rá. Rá. Peguei sim.” Ela não parecia muito feliz com o que Caprecia estava sugerindo, mas isso não importava para Nash. Ele queria ser o único amor de Leilia. “Pode parar aí. A próxima coisa que vai dizer é que eu quero meu próprio príncipe num cavalo branco” Leilia revirou os olhos. “Eu também escuto a fofoca. Os três cavaleiros, como aquele trio é chamado. O que estava passando na cabeça das mães deles?”

“Eu não sei”, Caprecia falou com um dar de ombros. “Talvez elas esperavam que eles seriam tão nobres quanto os Cavaleiros da Távola Redonda de verdade. Apesar de que estão faltando Lancelote e Galaaz — elas não devem ter achado mais duas outras otárias para pegar os nomes deles.” Ela parou e tamborilou os dedos no queixo. “Tristan ainda tem sentimentos por Sage. Então sobram Percival e Gawain… Se você conseguir atraí-lo para longe das tentações de Hollywood — o que me faz pensar que realmente só sobra o Percival. Você vai arrebatar Percival para você?” Ela levantou as sobrancelhas. “Que chance você acha que tem? Ele é um gato.”

Nash não aguentava mais ouvir a conversa delas. Distraidamente, enfiou as mãos nos bolsos. Os três homens sobre quem discutiam, o importunavam durante o ensino médio. Fazia só quatro anos desde que se formaram e aquelas lembranças eram difíceis de esquecer. Agora tinham um relacionamento melhor, mas Nash não esquecia como o tinham tratado.

Ele se virou para ir embora, mas a ação veio tarde demais. “Nash”, Leilia chamou. O tom da sua voz tinha um fundo de alegria que era música para os ouvidos dele. “Vem aqui. Tenho um vinho novo para você provar.”

Nash tirou as mãos do bolso e foi até ela. Ele nunca poderia negar algo a Leilia. “Ah é?” Ele se inclinou no balcão. “Vou me arrepender de ter bebido ele?”

“Claro que não.” Ela deu um tapinha no ombro dele. “Alguma vez já guiei você para algo errado?”

“Até agora não, mas ainda somos jovens.” Ele elevou os lábios em um sorriso resplandecente. Não era completamente falso. Nash estava feliz em vê-la, mas ele odiou a conversa que ouviu por acaso. As pessoas diziam que bisbilhoteiros raramente escutavam algo que os agradasse.

“Sempre fazendo piadas.” Ela buscou algo debaixo do balcão e entregou uma garrafa escura a ele. “Esse é um novo Merlot que estamos cultivando na vinícola. Me conte o que achou dele. Provavelmente vamos apresentá-lo ao público depois do Ano Novo.”

“Será um ano de revelações, não é?” Ele não pretendia falar isso em voz alta.

“Como assim?” Leilia perguntou.

Nash esperava que seria repleto de amor para ele e Leilia, mas ele achava que a Baía Kismet não acreditava que pertenciam um ao outro. Todos da cidade sabiam o quanto o destino desempenhava um papel em unir casais. “Não é nada.” Ele levantou a garrafa. “Obrigado por isso. Me ligue mais tarde e talvez bebamos juntos.”

Ela sorriu. “Está bem. Vou me lembrar disso. Você tem planos para hoje a noite?”

Essa deveria ter sido a deixa dele para falar algo sobre passar a noite com ela. Uma pena que isso não aconteceria. “Nada de mais. Vou ficar em casa.”

“Assistir a bola de Ano Novo descer na televisão?” Ela perguntou e inclinou a cabeça para o lado.

“Talvez. Não tenho certeza se vou ficar acordado até tão tarde.” Ele deu uma olhada para Caprecia que fez o que podia para fingir não estar lá. Talvez ela estivesse tentando dar privacidade para os dois. Nash não tinha certeza. “Preciso ir.” Ele não falou mais nada, só saiu o mais rápido que conseguiu. Seu coração batia forte no seu peito a cada passo que dava.

CAPÍTULO DOIS

Nash tinha praticamente corrido para fora da adega. Leilia deveria ir atrás dele… Ele estava agindo de forma estranha. Algo deveria estar incomodando ele, mas ele decidiu não contar para ela. Ela não fazia ideia do que poderia ser. Se ela, pelo menos, não tivesse prometido a Percival Wright que passaria o Réveillon com ele. Ela ainda não sabia quais células cerebrais ela perdeu para ter concordado com isso. Não tinha nada de errado com Percival, mas ela não o via como alguém para ter um relacionamento longo.

“Vou para casa”, ela disse a Caprecia. “Te vejo amanhã na vinícola.” A adega fechava em 1º de janeiro, mas, mesmo assim, era dia útil para elas. A Vinícola da Prosperidade era um lar longe do lar. Ficava a mais ou menos 50 km da cidade e tinha uma pequena casa de fazenda. Ela a dividia com as irmãs e todas tinham um quarto lá para quando passavam a noite, mas por causa da loja na cidade, isso não acontecia com frequência.

Leilia caminhou até o carro e entrou. Ela o ligou e deixou ele esquentando por alguns minutos, então engatou a marcha e foi para seu apartamento. Quando chegou lá, tomou um banho rápido e se preparou para o encontro. Ela torceu para não se arrepender de ter ido. Percival a levaria para uma festa que aconteceria na Poção da Bruxa. Sua prima Esmeralda era uma das donas da cafeteria. Tinham encomendado algumas caixas de espumante rosé da Sabores da Uva para esse evento. As usariam para recepcionar o novo ano.

Ela secou o cabelo com secador e o escovou até ficar brilhoso. Então colocou uma saia azul longa com uma fenda que quase chegava no quadril e uma blusa preta com mangas longas e rendadas. Depois disso, colocou sandálias de salto alto. Leilia gostava de se arrumar quando podia. Uma pena que não tinha tantas oportunidades de usar coisas bonitas.

Uma batida na sua porta a trouxe de volta para a realidade. Ela abriu a porta. Percival estava do outro lado, muito elegante em seu terno escuro e gravata verde, combinando com seus olhos. Ele deu a ela uma rosa solitária. “Não tinha certeza do que você gostava. Espero que essa agrade.”

Leilia pegou a rosa e a cheirou. Ela amava todas as flores, mas rosas não eram suas preferidas. No entanto, ele não tinha como saber disso. “Obrigada”, ela falou. “É linda.”

“Você também é”, ele respondeu, galanteador. Ela não deveria tomar isso contra ele, mas por algum motivo isso a desagradou. “Você está pronta?”

“Sim”, ela disse e deixou a flor no balcão. Leilia provavelmente deveria tê-la colocado na água, mas não se importava o suficiente para se incomodar com isso. Por que ela estava fazendo isso? Qual era o objetivo disso tudo? Percival não era o cara para ela e mesmo assim, ela estava disposta a sair com ele. Ela suspirou e se resignou a passar a noite na companhia dele. Ela tinha aceitado e era tarde demais para desistir. Depois de pegar seu casaco e vesti-lo, ela o acompanhou para fora da porta.

Não demorou muito para chegarem à Poção da Bruxa. Quando entrou, pendurou seu casaco em um gancho e admirou as decorações. Esmeralda e Tristan tinham se superado. Havia pequenas luzes penduradas ao redor da cafeteria e balões por todos os cantos.

“Você chegou”, Esmeralda quase gritou quando abraçou Leilia. “Quer que eu busque algo para você?”

“Não”, Leilia disse a ela. “Estou bem.”

Esmeralda se virou para Percival. “Tristan estava procurando por você. Acho que ele está atrás do balcão. Vá dizer oi.”

“Eu vou daqui a pouco.” Percival olhou na direção onde Tristan deveria estar. “

“Faça como quiser”, Esmeralda falou para ele. “Preciso dar uma circulada.” Ela se virou para Leilia e disse: “Se você for embora, lembre-se de se despedir.”

Depois disso, Esmeralda foi falar com a próxima pessoa ao seu alcance. Assim era sua prima. Sempre a alma da festa…

“Você quer uma bebida?” Leilia quase revirou os olhos. Ele não escutou que Esmeralda recém perguntou isso a ela?

“Não.” Ela não o puniu por sua falta de atenção. Isso não faria nada bem. Ela não fazia ideia do que falar. “Eu pego uma mais tarde.”

“Se você não se importar, eu vou pegar para mim.” Ele a deixou sozinha e foi para uma mesa próxima. Tristan estava lá conversando com alguém. Quando Percival se aproximou, ele se virou e seu sorriso se alargou. Eles se cumprimentaram como se não se vissem há dias. Leilia não sabia há quanto tempo não se viam, mas por algum motivo ela tinha ficado irritada.

Não fazia mais de 15 minutos que estavam na Poção da Bruxa e Percival já a tinha abandonado para ficar com um de seus melhores amigos — não que ela o culpasse, afinal teria feito o mesmo se Nash estivesse lá. Porém, Percival deveria agir como um cavalheiro. Pelo menos ela não esperava que ele ficasse servindo a ela.

Lá se foi a ideia de ele ser o cavaleiro na armadura brilhante dela… Que bom que ela não esperava que ele fosse. Parecia que Percival não retornaria tão cedo. Ela poderia encontrar um amigo para conversar, mas por algum motivo isso a incomodava ainda mais. Além do que, só tinha uma pessoa com quem queria falar e ele não estava lá. Talvez ela devesse cancelar o encontro antes de se decepcionar. Quem ela queria enganar? Ela já estava decepcionada antes mesmo de começar…

Leilia pegou seu casaco e saiu da cafeteria. Ela se divertiria mais em casa com um balde de pipoca e uma taça de vinho. Talvez ela até chamaria Nash para ver se ele gostaria de fazer companhia a ela. Isso soava muito melhor quanto mais ela pensava nisso.

Ela olhou para Percival e pensou se deveria avisá-lo que iria embora, mas desistiu da ideia. Em vez disso, ela tirou o telefone do bolso e mandou uma breve mensagem com um pedido de desculpas e avisando que teve que ir. Leilia colocou o telefone de volta no bolso do casaco e em vez de ir para casa, caminhou em direção ao apartamento de Nash. Ela precisava ver seu melhor amigo.

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Yaş sınırı:
0+
Litres'teki yayın tarihi:
17 aralık 2020
Hacim:
164 s. 7 illüstrasyon
ISBN:
9788835408123
Telif hakkı:
Tektime S.r.l.s.
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