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Kitabı oku: «A Morta», sayfa 4

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CENA IV

Lourenço, Catarina, Isabel, Daniel, Saindo todos do aposento do corregedor, logo depois Estêvão. Daniel vem ajoujado com a sua pacotilha que pousa no chão.

Lourenço, a Isabel

 
Maldosa,
Que furtais ao marido a estremecida esposa!
 

Catarina, beijando Isabel

 
Também sou filha.
 

Isabel

 
Olhai que palidez invade
Este lindo semblante! Os ares da cidade
São nocivos à flor que em campos desabrocha.
 

Lourenço

 
Pode a seiva exaurir do meu peito…
 

Catarina, sorrindo

 
É de rocha!
 

Lourenço

 
Assim queres deixar-me, ingrata!
 

Catarina

 
Quero apenas
Beber uns haustos de ar nessas terras amenas
Onde infante vivi; largar por alguns dias
Esta corte bisonha, as paredes sombrias
Deste paço real, è os seus tristes enredos;
Embriagar-me de luz no meio dos vinhedos,
Túnica esfarrapada e fresca da montanha;
Ver a terra feraz, como se desentranha
Em perfumes, em luz, em cânticos, em flores;
Recordar-me dos meus tão saudosos amores…
 

Lourenço

 
Dos teus amores?
 

Catarina

 
Sim! Ah! não tenhais ciúmes!
Amores que me dava a rosa em seus perfumes,
O melro em seu gorjeio, o sol nos doces raios.
 

Isabel

 
Vedes? Não fazem mal tais amores! Deixai-os
Expandir livremente…
 

Lourenço

 
Ides tornar-me monge!
 

Isabel

 
Podeis ir vê-la!
 

Catarina

 
É perto!
 

Lourenço

 
Em não te vendo, é longe!
 

Catarina

 
Deixai-me…
 

Isabel

 
No Restelo, apenas uma légua
Distante de Lisboa.
 

Lourenço, suspirando

 
Em fim, mandais! entrego-a
Nas vossas mãos, senhora!
 

Catarina, batendo as palmas

 
Oh! como vós sois bom!
 

Isabel

 
Quanto vos agradeço!
 

Lourenço, a Estêvão, que entrou no começo da cena

 
Ela possui o dom
De me enfeitiçar! Vê tu se alguém lhe resiste!
 

Estêvão, com amarga intenção

 
Com força para tanto é que ninguém existe!
 

Daniel, que tem estado a arrumar a sua pacotilha

 
Horas são de partir! Respeito as ordenanças
De el-rei nosso senhor. O sol desce…
 

Lourenço

 
E descansas
Ainda aqui no paço, onzeneiro protervo?
 

Daniel

 
Bem-dito Jeová! como tratam teu servo!
Bem sabeis que por mim suspiram as donzelas
E as donas do palácio…
 

Estêvão

 
A quem tu desmantelas
Com mercancias vis, tão falsas como tu,
 
Yaş sınırı:
12+
Litres'teki yayın tarihi:
24 ağustos 2016
Hacim:
7 s. 1 illüstrasyon
Telif hakkı:
Public Domain
Metin
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