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Kitabı oku: «Dispersão», sayfa 2

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II. ESCAVAÇÃO

 
Numa ansia de ter alguma cousa,
Divago por mim mesmo a procurar,
Desço-me todo, em vão, sem nada achar,
E a minh’alma perdida não repousa.
 
 
Nada tendo, decido-me a criar:
Brando a espada: sou luz harmoniosa
E chama genial que tudo ousa
Unicamente á força de sonhar…
 
 
Mas a vitória fulva esvai-se logo…
E cinzas, cinzas só, em vez do fogo…
– Onde existo que não existo em mim?
 

. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .

 
Um cemiterio falso sem ossadas,
Noites d’amor sem bôcas esmagadas —
Tudo outro espasmo que principio ou fim…
 

Paris 1913 – maio 3.

III. INTER-SONHO

 
Numa incerta melodia
Toda a minh’alma se esconde.
Reminiscencias de Aonde
Perturbam-me em nostalgia…
 
 
Manhã d’armas! Manhã d’armas!
Romaria! Romaria!
 

. . . . . . . . . . . . . . .

 
Tacteio… dobro… resvalo…
 

. . . . . . . . . . . . . . .

 
Princesas de fantasia
Desencantam-se das flores…
 

. . . . . . . . . . . . . . .

 
Que pesadelo tão bom…
 

. . . . . . . . . . . . . . .

 
Pressinto um grande intervalo,
Deliro todas as côres,
Vivo em roxo e morro em som…
 

Paris 1913 – maio 6.

IV. ALCOOL

 
Guilhotinas, pelouros e castelos
Resvalam longemente em procissão;
Volteiam-me crepusclos amarelos,
Mordidos, doentios de roxidão.
 
 
Batem asas d’aureola aos meus ouvidos,
Grifam-me sons de côr e de perfumes,
Ferem-me os olhos turbilhões de gumes,
Desce-me a alma, sangram-me os sentidos.
 
 
Respiro-me no ar que ao longe vem,
Da luz que me ilumina participo;
Quero reunir-me, e todo me dissipo —
Luto, estrebucho… Em vão! Silvo pra àlem…
 
 
Corro em volta de mim sem me encontrar…
Tudo oscila e se abate como espuma…
Um disco de ouro surge a voltear…
Fecho os meus olhos com pavor da bruma…
 
 
Que droga foi a que me inoculei?
Ópio d’inferno em vez de paraíso?…
Que sortilegio a mim proprio lancei?
Como é que em dôr genial eu me eteriso?
 
 
Nem ópio nem morfina. O que me ardeu,
Foi alcool mais raro e penetrante:
É só de mim que eu ando delirante —
Manhã tão forte que me anoiteceu.
 

Paris 1913 – maio 4.

Yaş sınırı:
12+
Litres'teki yayın tarihi:
24 ağustos 2016
Hacim:
9 s. 1 illüstrasyon
Telif hakkı:
Public Domain
Metin
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