Kitabı oku: «Chegada », sayfa 3

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Kevin foi, com a esperança que, se ele deixasse Chloe sozinha por um tempo, eles conseguissem falar sobre isso novamente mais tarde ou algo assim. Era isso o que as pessoas faziam, não era? Eles conversaram sobre as coisas e fizeram as pazes?

Por enquanto, ele sabia que provavelmente deveria ajudar Luna a encontrar suprimentos para a jornada deles. Eles precisariam de todo o tipo de coisas, desde combustível, para o carro que eles haviam deixado lá fora à espera, a roupa, mapas. Ele passou por uma porta com a palavra “Arsenal” impressa acima e tentou abrir a maçaneta, mas esta estava trancada. Talvez isso fosse bom também. Ele duvidava que ele e Luna conseguissem passar por uma horda de pessoas controladas, independentemente de quantas armas eles tivessem. Além disso, isso fê-lo imaginar a sua mãe a correr na sua direção, ou os cientistas do Instituto ou os pais de Luna. Ele achava que não iria ser capaz de magoar nenhum deles.

Ele ainda estava a pensar nisso quando ouviu alarmes a soarem na direção da sala de controlo.

Kevin correu para lá, esperando que isso não passasse de um falso alarme ou de uma falha menor, mas no fundo, ele sabia que não era. Ele sabia exatamente quem seria a responsável por aquele alarme e ele não queria pensar no que ela poderia estar a fazer.

Ele correu para a sala de controlo e viu Chloe. Ela estava a pressionar botões nos computadores numa névoa de lágrimas, apunhalando-os com os dedos, como se pressioná-los com mais força os fizesse funcionar melhor.

“Chloe, o que é que estás a fazer?” Kevin quis saber.

“Eu não tenho que fazer o que tu dizes. Não tenho que fazer o que as outras pessoas dizem” disse ela num tom determinado. “Tu não me podes manter aqui. Eu preciso de sair!”

“Ninguém está a tentar...”

“Eu pensei que tu gostasses de mim. Eu pensei que tu poderias ser meu amigo, mas tu és como todos os outros. Vou-me embora. Não me podes impedir!”

Ela pressionou outra coisa qualquer e o tom dos alarmes mudou. Palavras geradas por computador soaram nos altifalantes.

“Procedimento de Evacuação de Emergência iniciado. A abrir portas. Por favor, saiam da base de uma forma ordenada."

“O quê?” Kevin perguntou. “Chloe, o que é que fizeste?”

“O que é que ela está a fazer agora?” Luna perguntou, enquanto corria para a sala. Ela tinha uma mochila sobre um ombro que obviamente ela tinha estado a usar para recolher suprimentos, ainda meio aberta por causa da pressa de chegar ali. Ela não parecia satisfeita.

Não tão insatisfeita quanto Chloe, no entanto. “Tu ias deixar-me aqui sozinha como uma espécie de... de prisioneira” ela disse, e o seu tom era frenético, irritado e assustado, tudo ao mesmo tempo. “Tu não me vais manter aqui. Eu vou para o meu primo. Eu vou descobrir o que aconteceu com ele. Depois eu vou até aos Sobreviventes.”

Atrás dela, a grande porta da câmara de ar estava a abrir-se. Para choque de Kevin, o mesmo estava a acontecer com a porta externa, ambas abrindo de uma só vez num caminho claro para o lado de fora. Kevin conseguia ver a estrada da montanha lá fora e as árvores. Pior, ele conseguia ver figuras a deslocarem-se lá fora, voltando-se para o som quase em uníssono.

Praticamente assim que o caminho ficou livre, Chloe desatou a correr para a porta, saindo para a montanha. Kevin estava em choque com tudo o que estava a acontecer, tanto que não tentou detê-la, e Luna estava a colocar a sua máscara de gás apressadamente, obviamente ainda sem saber se devia confiar no ar do lado de fora ou não.

“A porta, Kevin!” Luna gritou enquanto corria para a colocar no lugar. “Precisamos de fechar a porta.”

Kevin assentiu. “Eu faço isso.”

Ele esperava fazê-lo, pelo menos. Ele conseguia ver as pessoas do lado de fora a avançarem em direção à porta, mais delas do que ele poderia ter acreditado, dado que os alienígenas supostamente tê-las-iam levado. Havia soldados e caminhantes, famílias inteiras a deslocarem-se numa espécie de coordenação silenciosa e pomposa.

Kevin pressionava botões no computador, na esperança de desfazer tudo o que havia sido feito. Nada parecia produzir qualquer efeito. Não ajudava que ele não tivesse nenhuma ideia de como o sistema do computador aqui funcionava. Não era como se tudo estivesse rotulado para quem o quisesse usar. Além disso, ele suspeitava que uma porta de emergência a abrir assim não deveria ser fácil de desfazer, no caso de as pessoas ficarem presas lá dentro. Ele batia nas teclas do computador, esperando encontrar alguma combinação que pudesse fazer alguma coisa.

Nada disso funcionava. As portas permaneciam abertas, um caminho desimpedido para o lado de fora, e agora, ao longo daquele caminho, as pessoas controladas pelos alienígenas estavam a seguir em frente.

Eles estavam a vir.

Kevin estava aterrorizado com o que aconteceria a seguir, se eles chegassem ao bunker.

CAPÍTULO QUATRO

“Foge!” Kevin gritou à medida que as pessoas que os alienígenas haviam convertido se aproximavam do bunker. Luna já parecia estar a seguir o seu conselho, correndo de volta para as confusas profundezas do lugar, tão depressa que Kevin teve que se esforçar para se conseguir aproximar dela.

Eles tinham sempre sido bons a fugir. Sempre que se metiam em sarilhos por estarem em algum lugar onde não deviam estar, conseguiam sempre manter-se à frente de quem os seguia. Bem, na maior parte do tempo. Bem, pelo menos mais do que na metade. Desta vez, porém, Kevin suspeitava que eles iriam conseguir algo muito pior do que um aviso severo se as criaturas por trás deles se aproximassem.

Ele conseguia ouvir o bater dos pés deles no chão do bunker enquanto eles os perseguiam, sendo silencioso o som da sua perseguição, exceto pelo barulho das botas contra o cimento. Eles não os chamavam enquanto os perseguiam, não guinchavam, gritavam ou exigiam que Kevin e Luna parassem. De alguma forma, isso tornava tudo mais assustador.

“Por aqui!” Luna gritou, levando-o ainda mais para as profundezas da base. Eles passaram pelo arsenal, e Kevin desejou efetivamente ter algum tipo de arma, simplesmente porque parecia ser a única maneira que eles tinham de conseguirem sair dali inteiros. Uma vez que ele não tinha uma, ele resolveu derrubar tudo por onde passava enquanto corria, empurrando um carrinho para o caminho das pessoas que avançavam, fechando as portas atrás de si. Os estrondos diziam-lhe quando elas chocavam com os obstáculos que Kevin estava a colocar no seu caminho, mas até agora nada disso parecia estar a atrasá-los nem um pouco.

“Silêncio” sussurrou Luna, puxando Kevin para outro corredor e diminuindo a velocidade até andarem pé ante pé. Uma multidão de caminhantes e soldados passou apressadamente um segundo depois, movendo-se com toda a velocidade e força que pareciam ser uma consequência de estarem a ser controlados pelos alienígenas.

“Por que é que eles são tão rápidos?” Kevin sussurrou, tentando recuperar o fôlego. Não parecia justo, eles serem tão rápidos. O mínimo que uma pessoa deveria ser capaz de esperar de uma invasão alienígena era conseguir fugir dela apropriadamente.

“Os alienígenas provavelmente estão apenas a fazer com que eles usem todos os seus músculos” disse Luna “não se importando se os magoam. Sabes, como quando as avós libertam as pessoas debaixo dos carros.”

“As avós conseguem libertar as pessoas debaixo dos carros?” Kevin perguntou.

Luna encolheu os ombros. Com a máscara de gás colocada, era impossível saber se ela estava a brincar com ele ou não. “Eu vi na televisão. Já recuperaste o fôlego?

Kevin assentiu, embora não fosse exatamente verdade. “Para onde é que estamos a ir? Se eles forem espertos, terão deixado pessoas na entrada.”

“Então, nós vamos para a outra entrada” disse Luna.

A saída de emergência. Kevin estava tão ocupado a pensar no bunker a ser invadido que ele praticamente se tinha esquecido da porta de emergência. Se eles conseguissem lá chegar, então talvez eles tivessem uma hipótese. Eles conseguiriam chegar ao carro e ir até à NASA.

“Pronto?” Luna perguntou. “Ok, vamos.”

Eles correram pelos corredores e, de alguma forma, não ver as pessoas controladas era pior do que as ver. Eles estavam tão quietos que poderiam estar em qualquer esquina, esperando para os apanhar, e se eles o fizessem, o que aconteceria a seguir não valeria...

“Foge!” Luna gritou quando um braço a agarrou na esquina seguinte, conseguindo segurar o tecido da sua blusa. Kevin lançou-se para frente, atirando todo o seu peso contra o braço como se estivesse a tentar atacá-lo.

Ele soltou-a. Kevin e Luna começaram a correr novamente, dando voltas e mais voltas ao acaso, para tentar despistar os seus perseguidores. Eles não conseguiam correr mais rápido do que eles numa linha reta, pelo que tiveram que procurar por espaços onde as pessoas controladas não os conseguissem seguir, e tentar usar a configuração labiríntica do bunker contra eles.

“Está aqui” disse Luna, apontando para uma porta.

Kevin teve que acreditar na palavra dela. Naquele momento, ele sentia-se tão perdido que nem conseguia dizer a ninguém o caminho de volta para a sala de controlo. Ele entrou apressadamente na secção do corredor a seguir a Luna, e, depois, fechou a porta atrás deles, pegando num extintor de incêndio, tentando usá-lo para bloquear a porta. Parecia tão frágil quanto papelão em comparação com a força das pessoas controladas.

Agora eles só tinham que abrir a porta da escotilha.

Kevin colocou as mãos na roda, tentando girá-la. Não aconteceu nada; era tão tesa que parecia ter sido feita de rocha. Ele tentou novamente. Os nós dos seus dedos começaram a ficar brancos com o esforço.

“Talvez uma pequena ajuda?” ele sugeriu.

“Mas tu pareces estar a divertir-te” Luna ripostou por trás da sua máscara, antes de se agarrar à roda de bloqueio com ele e puxar. Ainda assim continuava presa.

“Precisamos de nos esforçar mais” disse Luna.

“Estou a tentar o máximo que consigo” assegurou Kevin.

“Bem, a menos que queiras pedir ajuda a uma das pessoas controladas, precisamos de fazer mais. Quando eu disser três. Um…”

Um barulho veio da porta que Kevin havia trancado.

“Três!” ele disse, puxando a roda com toda a sua força. Luna pareceu ter tido a mesma ideia, pendurando praticamente todo o seu peso na coisa.

Finalmente, quando um segundo barulho estridente veio da porta que eles haviam trancado, a coisa deslocou-se. Eles abriram-na enquanto os músculos de Kevin reclamavam, e, então, Luna atirou-se lá para dentro de cabeça, sem esperar para ver se Kevin queria ir primeiro. Ele apressou-se a ir atrás dela, fechando a escotilha a seguir, na esperança de que o corredor parecesse vazio para qualquer coisa que os seguisse.

O espaço era estreito, pouco mais que uma espécie de túnel para rastejar. Se os dois fossem adultos, provavelmente não caberiam ali. Mas assim, havia espaço suficiente para eles conseguirem rastejar de mãos e joelhos, indo apressadamente na direção da outra escotilha no final. Felizmente, esta não estava presa, e abriu suavemente, revelando a encosta da montanha.

“Precisamos de ter cuidado” disse Luna suavemente enquanto os dois saíram na encosta da montanha. “Eles podem ainda estar por aqui.”

E estavam, porque Kevin pôde ver figuras mais à frente, subindo a encosta como se para chegarem à entrada da frente. Havia algumas árvores por perto. Ele e Luna deslizaram até lá, mantendo-se agachados e tentando ficar fora de vista.

Eles rastejaram pela montanha acima, tentando descobrir exatamente onde é que eles haviam escondido o carro da Dra. Levin. Se eles conseguissem chegar ao carro, poderiam sair dali e ir para a base, abandonando as pessoas controladas pelos alienígenas.

Kevin avistou-o um pouco mais ao longe, exatamente onde eles o haviam deixado, fora de vista. Ele rastejou em direção ao carro... e foi quando ele viu Chloe a aparecer de uma curva na estrada da montanha, vinda do estacionamento no cume. Um par de turistas, movendo-se com o silêncio estranhamente coordenado dos alienígenas controlados, estava a correr atrás dela e a aproximar-se dela.

“Temos que a ajudar” disse Kevin.

“Depois de tudo o que ela acabou de fazer?” Luna contrapôs. “Devíamos deixar que ela se tornasse numa alienígena também. Ela provavelmente seria menos problemática.”

“Luna” disse Kevin.

“Eu só estou a dizer que ela não merece de todo a nossa ajuda” disse Luna.

As pessoas controladas estavam quase a apanhar Chloe agora.

“Provavelmente é verdade” disse Kevin. Ele começou a avançar. “Mas ainda assim eu vou ajudá-la.”

Ele partiu em direção a Chloe e não ficou tão surpreendido por ver Luna correr ao seu lado.

“Eu estou a fazer isto por ti, não por ela” disse Luna.

“Claro” Kevin concordou, correndo mais rápido.

“E podes parar de sorrir” continuou Luna. “Eu só estou a fazer isto porque senão tu irás ficar alienado se eu não ajudar.”

“Alienado?”

“Vou pensar numa palavra melhor depois” disse Luna.

Eles estavam quase a chegar a Chloe agora. Uma das pessoas controladas tentou agarrá-la, mas Kevin e Luna foram mais rápidos, agarrando-a, puxando-a para fora do caminho e descendo para as árvores. A encosta tornava a descida traiçoeira, mas talvez isso fosse uma coisa boa quando uma das pessoas controladas passasse por eles a cair.

“Tu vieste atrás de mim” disse Chloe. “Tu...”

“Pára de falar e continua a correr” Luna retrucou. “O carro está mais à frente.”

E o caminhante restante estava logo atrás, movendo-se com toda a tenacidade de um lobo perseguindo um cervo. Kevin não queria pensar em como este tipo de coisa geralmente terminava, ele apenas continuava a correr, mudando de direção por entre as árvores.

O caminhante controlado por alienígenas agarrou-se a ele e Kevin conseguiu se esquivar. Para sua surpresa, Chloe estava lá, empurrando o homem de lado, fazendo com que ele caísse pela encosta abaixo enquanto lutava para parar a sua queda. Ela sorriu, embora Kevin estremecesse, porque mesmo que houvesse um alienígena a controlar aquele corpo, ele ainda pertencia a alguém, e se eles o recuperassem, provavelmente quereriam que ele não tivesse os ossos partidos.

“Entrem!” Luna gritou lá da frente. Ela estava no carro agora, tendo saltado para o lugar do motorista.

Kevin e Chloe correram para o carro e entraram enquanto Luna começou a girar a chave. Kevin ouviu-a a resmungar baixinho, e foi apenas preciso um momento para perceber o motivo: o carro não estava a pegar. Fazia uma espécie de zumbido, um som de tosse, mas fora isso, nada acontecia, não importando quantas vezes Luna tentasse que ele trabalhasse.

O medo cresceu em Kevin naquele momento, embora ele tivesse sempre estado com medo mais do que suficiente, por ter de fugir de pessoas controladas pelos alienígenas. Ele olhou em volta para as árvores, tentando detetar movimento, procurando por qualquer sinal das pessoas controladas. Não apenas daquelas que tinham caído pela encosta abaixo, porque haveria mais. Parecia sempre haver mais.

“Não está a funcionar” disse Luna.

“Não vai funcionar” disse Chloe. “Tu afogaste-o”

“Como se tu percebesses alguma coisa disso” Luna ripostou.

Parecia uma discussão que demoraria muito e seria demasiado barulhenta; isso iria fazer com que eles ainda estivessem ali sentados quando chegassem mais pessoas controladas Kevin achava que já conseguia ver a agitação das folhas das árvores.

“Temos que ir” disse Kevin. Ele achava que conseguia ver formas para lá dos troncos mais próximos. “Temos que ir agora.”

Ele saiu do carro novamente e elas seguiram-no com óbvia relutância. Pelo menos elas seguiram-no, deslizando para o meio das árvores mesmo a tempo. Kevin olhou para trás e viu os caminhantes, soldados, guardas florestais e famílias, a irem na direção do carro numa massa silenciosa e coordenada. Alguns deles olhavam ao redor, parecendo quase estarem a cheirar o ar. Kevin correu para longe o mais rápido que ousou.

“Eles não vão se distrair com o carro por muito tempo” Kevin supôs. “Precisamos de pensar em outra coisa.”

“Há imensos carros lá em cima no estacionamento” disse Chloe.

Luna bufou. “Para os quais não temos chaves.”

“Eu não preciso de uma chave. Era isso que eu estava a fazer lá em cima, até eles irem atrás de mim.” Ela ainda soava como se quisesse provocar uma discussão, mas naquele momento, se eles todos conseguissem sair dali, Kevin conseguiria viver com isso.

“Precisamos de ficar calados” disse Kevin, e elas olharam para ele como se ele tivesse acabado de dizer a coisa mais óbvia do mundo. Todos continuaram a andar para a frente rastejando, subindo a montanha até ao cume e ao parque de estacionamento que existia ali para os visitantes. Por enquanto, pelo menos, parecia estar vazio.

“Podias muito bem tirar essa máscara idiota” Chloe disse para Luna. “Eu disse-te, o que quer que tenha sido que eles colocaram no ar já desapareceu. Ou estás com medo?”

Esta última frase foi o suficiente para atingir Luna. De uma maneira contundente, ela tirou a máscara, pendurando-a no seu cinto.

“Eu não estou com medo” disse ela. “Simplesmente não sou estúpida.”

“Precisamos de encontrar um carro” disse Kevin, interrompendo antes que elas pudessem discutir novamente.

Havia muito por onde escolher, deixados onde quer que tivessem sido estacionados pelas pessoas que visitavam a montanha. Havia SUVs e minivans, carros modernos e antigos em todos os tipos de cores e...

“Aquele” Chloe disse, apontando para uma pick-up que parecia tão maltratada que Kevin estava surpreendido por restar ainda alguma coisa dela. A pintura estava a descascar e a ferrugem aparecia em alguns pontos. “Eu vou conseguir por aquele a funcionar.”

Eles foram até lá e viram que uma das janelas estava ligeiramente aberta. Chloe puxou-a ainda mais para baixo, depois pôs a mão lá dentro e abriu a porta.

“Não te preocupa que ela saiba como fazer tudo isto?” Luna perguntou a Kevin.

Chloe olhou para trás. “Nem todos nós temos pequenas vidas perfeitas, líder de claque.”

Kevin ficou quase grato pela visão de um grupo de pessoas controladas a avançarem lentamente, obviamente à procura.

“Rápido” ele disse “para a pick-up!”

Eles entraram, mantendo a cabeça baixa. Chloe estava no banco do condutor a trabalhar algo com a ignição. Parecia estar a demorar muito tempo.

“Eu pensei que tu tinhas dito que conseguias fazer isto” sussurrou Luna.

“Eu gostaria de te ver a tentar” Chloe retrucou.

“Desde que nos consigas levar para a NASA” disse Luna.

Chloe abanou a cabeça. “Nós vamos para Los Angeles.”

“São Francisco” insistiu Luna.

“Los Angeles” Chloe ripostou.

Kevin sabia que tinha de intervir, porque, se não o fizesse, provavelmente elas ainda estariam a discutir quando as pessoas controladas os alcançassem.

“Por favor, Chloe, nós precisamos ouvir esta mensagem. E... bem, se não der certo, então talvez pudéssemos ir para Los Angeles. Juntos.”

Chloe ficou calada por um minuto. Kevin ousou dar uma olhadela por cima do painel de instrumentos do carro. Ele esperava que ela tomasse uma decisão em breve, porque o grupo de pessoas controladas estava a aproximar-se.

“Eu acho que vocês basicamente salvaram-me a vida da outra vez” disse Chloe. “Ok.”

Ela continuou a fazer o que estava a fazer com a ignição. O motor tossiu. Kevin olhou para cima e viu cada uma das pessoas controladas pelos alienígenas a olhar fixamente para eles agora, com a intensidade de um gato que acabara de avistar um rato.

“Hum... Chloe?”

Eles começaram a correr para a frente.

“Consegues fazer isto ou não?” Luna perguntou.

Chloe não respondeu, limitando-se a continuar a trabalhar no que estava a fazer. O motor gaguejou novamente, e, depois, começou a trabalhar. Chloe olhou para cima triunfante.

“Veem! Eu disse-vos que...”

Ela parou logo a seguir quando uma figura bateu na pick-up, tentando agarrá-los.

“Tira-nos daqui” disse Kevin, e Chloe assentiu.

A pick-up foi aos solavancos para a frente enquanto ela conduzia, aparentemente não se importando se batia nas pessoas controladas ou não. Eles giraram em torno de um carro e um soldado atirou-se para a frente da pick-up. Chloe não diminuiu a velocidade nem por um momento, e o estrondo quando o atingiram foi horrível. Ele bateu no capô, rebolou e levantou-se, mas nessa altura eles já se tinham afastado.

Ou quase afastado, de qualquer das maneiras. Mas havia limites para a velocidade a que eles conseguiam ir na estrada da montanha, especialmente com o risco de haver carros abandonados no caminho, deixados onde as pessoas estavam quando o vapor converteu os seus ocupantes. Chloe estava a contorná-los, mas, ainda assim, isso estava a atrasá-los ao ponto das pessoas controladas se estarem a aproximar.

“Eles não estão a desistir” disse Luna olhando para trás.

“Eles não se cansam, eles não param” Chloe disse, e houve algo na maneira como ela o disse que sugeriu que ela o tinha aprendido da maneira mais difícil. “Segurem-se.”

Kevin agarrou-se ao painel quando ela acelerou, com a pick-up a rolar de forma alarmante enquanto contornava os obstáculos no caminho. Kevin tinha a certeza de que eles iriam bater a qualquer momento, mas de alguma forma, incrivelmente, isso não aconteceu. Chloe puxava o volante de um lado para o outro, e a pick-up arrastava-se em resposta.

Eles derraparam para perto da beira da estrada, e Kevin não sabia o que é que seria pior: bater ou ser apanhado. No entanto, Chloe parecia já ter decidido, porque eles não abrandaram. Eles desceram pela montanha e Kevin pôde ver as pessoas controladas a ficarem cada vez mais para trás.

“Conseguimos” disse ele. “Nós sobrevivemos.”

Luna abraçou-o. Por cima do ombro, Kevin pôde ver o olhar no rosto de Chloe.

“Agora tudo o que temos a fazer” disse Luna “é ir para a cidade, entrar num lugar do qual mal conseguimos sair e encontrar uma mensagem de um segundo conjunto de alienígenas sem sermos agarrados pelos primeiros.”

Colocado assim, parecia uma tarefa impossível. Kevin mal conseguia imaginar conseguirem chegar inteiros ao instituto da NASA, mas ainda assim eles precisavam de o fazer.

Era a única esperança que o mundo tinha.

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Yaş sınırı:
16+
Litres'teki yayın tarihi:
10 ekim 2019
Hacim:
231 s. 3 illüstrasyon
ISBN:
9781640296855
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