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Sobre Morgan Rice

Morgan Rice é o autor bestseller Nº1 de MEMÓRIAS DE UM VAMPIRO, uma série de literatura para jovens de 14 a 21 anos composta por onze livros (e contando); da série bestseller Nº1 TRILOGIA A SOBREVIVÊNCIA, um thriller pós-apocalíptico composto por dois livros (e contando); e da série bestseller Nº1 de fantasia épica O ANEL DO FEITICEIRO, composta por treze livros (e contando).

Os livros de Morgan estão disponíveis em áudio e versões impressas, e traduções dos livros estão disponíveis em alemão, francês, italiano, espanhol, português, japonês, chinês, sueco, holandês, turco, húngaro, eslovaco (e mais línguas em breve).

Morgan gosta de ouvir sua opinião, então por favor, sinta-se à vontade em visitar www.morganricebooks.com para se juntar à lista de e-mail, receber um livro grátis, receber brindes, efetuar o download do aplicativo gratuito, receber as últimas notícias exclusivas, se conectar com o Facebook e o Twitter, e manter contato!

Elogios para MEMÓRIAS DE UM VAMPIRO

“Rice consegue te prender com a história desde o começo, com grande capacidade descritiva que nos dá uma ideia da ambientação… Bem escrito e de leitura rápida.”

--Black Lagoon Reviews (em relação à Transformada)

“Uma história ideal para jovens leitores. Morgan Rice fez um excelente trabalho dando uma virada na história… Inovador e único. A série gira em torno de uma garota…uma garota extraordinária!…Fácil de ler e muito rápido.”

--The Romance Reviews (em relação à Transformada)

“Prendeu minha atenção desde o começo e não mudou… A história narra uma aventura incrível que tem ótimo ritmo e é recheada de ação desde o começo. Não tem nenhuma parte entediante.”

--Paranormal Romance Guild (em relação à Transformada)

“Recheado de ação, romance, aventura e suspense. Agarre o seu e se apaixone mais uma vez.”

--vampirebooksite.com (em relação à Transformada)

“Ótima trama, e esse livro em particular vai ser difícil largar no final da noite. O final é tão espetacular que você vai querer adquirir o próximo livro imediatamente, só para ver o que acontece.”

--The Dallas Examiner (em relação à Amada)

TRANSFORMADA é um livro para competir com CREPÚSCULO e DIÁRIOS DO VAMPIRO, e um que vai fazer você continuar lendo até a última página! Se você gosta de aventura, romance e vampiros este livro é para você!".

--Vampirebooksite.com (em relação à Transformada)

“Morgan Rice mais uma vez prova ser uma talentosa contadora de histórias… Esse livro tem forte apelo para variados grupos de leitores, incluindo os fãs mais jovens no gênero vampiro/fantasia. O final é inesperado e vai deixar você surpreso.”

--The Romance Reviews (em relação à Loved)
Livros por Morgan Rice

O ANEL DO FEITICEIRO

UMA BUSCA DE HERÓIS (Livro Nº1)

A MARCHA DOS REIS (Livro Nº2)

SORTE DE DRAGÕES (Livro Nº3)

UM GRITO DE HONRA (Livro Nº4)

UM VOTO DE GLÓRIA (Livro Nº5)

UM ATO DE BRAVURA (Livro Nº6)

UM RITO DE ESPADAS (Livro Nº7)

UMA CONCESSÃO DE ARMAS (Livro Nº8)

UM CÉU DE MÁGICAS (Livro Nº9)

UM MAR DE ESCUDOS (Livro Nº10)

UM REINO DE AÇO (Livro Nº11)

UMA TERRA DE FOGO (Livro Nº12)

UMA REGRA DE RAINHAS (Livro Nº13)

TRILOGIA A SOBREVIVÊNCIA

ARENA UM: SLAVERSUNNERS (Livro Nº1)

ARENA DOIS (Livro Nº2)

MEMÓRIAS DE UM VAMPIRO

TRANSFORMADA (Livro Nº1)

AMADA (Livro Nº2)

TRAÍDA (Livro Nº3)

PREDESTINADA (Livro Nº4)

DESEJADA (Livro Nº5)

COMPROMETIDA (Livro Nº6)

PROMETIDA (Livro Nº7)

ENCONTRADA (Livro Nº8)

RESSUSCITADA (Livro Nº9)

ALMEJADA (Livro Nº10)

DESTINADA (Livro Nº11)


Ouça a série MEMÓRIAS DE UM VAMPIRO agora disponível em áudio-livro

Copyright © 2012 por Morgan Rice

Todos os direitos reservados.

Exceto conforme permitido pela Lei de Direitos Autorais dos EUA de 1976, nenhuma parte desta publicação pode ser reproduzida, distribuída ou transmitida de qualquer forma ou por qualquer meio, ou armazenada em um banco de dados ou sistema de recuperação, sem a autorização prévia do autor.

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Esta é uma obra de ficção. Nomes, personagens, empresas, organizações, entidades, eventos e incidentes são produto da imaginação do autor ou foram usados de maneira fictícia. Qualquer semelhança com pessoas reais, vivas ou falecidas, é mera coincidência.

Jacket art ©iStock.com /© Jen Grantham

Modelo da capa: Jennifer Onvie. Fotografia: Adam Luke Studios, New York. Maquiagem: Ruthie Weems. Se tiver interesse em contatar qualquer um destes artistas, favor entrar em contato com Morgan Rice.

FATO:

Na época de Shakespeare, “rinhas de ursos” representavam uma forma comum de entretenimento em Londres. Um urso era amarrado em um poste enquanto uma matilha de cães selvagens era liberada. Apostas eram feitas para ver quem sairia ganhando. O local da rinha era próximo ao teatro de Shakespeare. Muitos dos espectadores das rinhas depois se dirigiam ao teatro para assistir uma peça de Shakespeare.

Na época de Shakespeare, o público que assistia a suas peças não era elitista ou sofisticado. Pelo contrário. A maioria das pessoas que assistiam a suas peças eram pessoas simples e rudes, plebeus que procuravam se divertir que precisavam apenas pagar um centavo para ter acesso ao teatro. Por este preço elas podiam ficar em pé na plateia durante toda a apresentação e, portanto, ficaram conhecidas como estácias.”

A Londres de Shakespeare era civilizada – mas também era considerada primitiva. Era comum testemunhar execuções e torturas públicas de criminosos nas ruas. A entrada para uma de suas construções mais famosas – a Ponte de Londres – era frequentemente decorada com estacas, sobre as quais eram expostas as cabeças de criminosos.

A Peste Bubônica (também conhecida como Morte Negra) matou milhões de pessoas na Europa, tendo atingido Londres repetidas vezes ao longo dos séculos. Ela se propagou em locais com pouco saneamento e grandes aglomerações de pessoas, e atingiu o distrito do teatro de Shakespeare profundamente. Séculos foram necessários para que descobrissem que a praga era transmitida por pulgas, hospedadas em ratos.

 
“Vem, gentil noite, vem noite amorosa de escuras sobrancelhas,
Restitui-me o meu Romeu, e quando, mais adiante, ele vier a morrer,
Em pedacinhos o corta como estrelas bem pequenas,
E ele a face do céu fará tão bela
Que apaixonado o mundo vai mostrar-se da noite,
Sem que o sol esplendoroso continue a cultuar.”
 
--William Shakespeare,
Romeu e Julieta


CAPÍTULO UM

Londres, Inglaterra

(Setembro, 1599)

Caleb acorda ao som de sinos.

Ele se senta e olha ao seu redor, respirando profundamente. Ele havia sonhado com Kyle, a persegui-lo, e com Caitlin, estendendo a mão para ajudar. Eles estavam em um campo repleto de morcegos, contra um sol vermelho-sangue, e tinha lhe parecido bastante real.

Agora, ao olhar ao redor do quarto, ele tenta descobrir se tudo tinha sido real, ou se ele estava realmente acordado e viajado no tempo. Após alguns segundos ouvindo sua própria respiração, sentindo a umidade fresca no ar, e ouvindo o silêncio, e seu próprio coração, ele percebe que tinha sido tudo um sonho. Ele estava realmente acordado.

Caleb percebe que ele está sentado dentro de um sarcófago aberto. Ele olha ao redor da sala cavernosa e mal iluminada vê que está repleta de sarcófagos. Há um teto arqueado e baixo e fendas estreitas no lugar das janelas, por onde entra uma quantidade mínima de luz solar. É apenas o suficiente para ele enxergar. Ele fecha os olhos por causa da luz, coloca a mão no bolso e pega o colírio, pingando-o em seus olhos. Aos poucos, a dor diminui, e ele relaxa.

Caleb pula e fica em pé em um único movimento, girando o corpo para ver ao redor da câmara, avaliando todas as direções. Ele ainda está na defensiva, não quer ser atacado ou cair em uma armadilha emboscada antes que ele tenha a chance de se orientar. Mas não há nada, e ninguém, no quarto. Apenas o silêncio. Ele nota os antigos pisos de pedra, as paredes, o pequeno altar e cruz, e percebe que ele está na cripta subterrânea de uma igreja.

Caitlin.

Caleb dá mais uma volta pelo quarto, em busca de qualquer sinal dela. Ele sente uma sensação de urgência, enquanto corre para o sarcófago mais próximo dele. Com toda a sua força, ele empurra a tampa.

Seu coração se enche de esperança de encontrá-la. Mas ele fica decepcionado ao descobrir que ele está vazio.

Caleb corre pela sala, indo de um sarcófago ao outro, empurrando todas as tampas, mas eles estão todos vazios.

Caleb sente uma sensação crescente de desespero ao empurrar a tampa do último sarcófago no quarto, com tanta força que ela cai no chão e se quebra em um milhão de pedaços. Mas ele já consegue sentir que, assim como os outros, aquele sarcófago estaria vazio – e ele está certo. Caitlin não está em lugar algum daquela sala, ele percebe, começando a suar frio. Onde ela poderia estar?

A ideia de voltar no tempo sem ela lhe dá um arrepio na espinha. Ele se importa mais com ela do que ele era capaz de dizer e, sem ela ao seu lado, sua vida, sua missão, lhe parece inútil.

Ele de repente se lembra de alguma coisa e enfia a mão no bolso, para se certificar de que ainda estava lá. Felizmente, estava; o anel de casamento de sua mãe. Ele o segura contra a luz, e admira sa afira de seis quilates, perfeitamente lapidada, montado em uma banda de diamantes e rubis. Ele ainda não tinha encontrado o momento certo para pedir a mão dela em casamento. Desta vez, ele não pretende perder a oportunidade.

Se, é claro, ela tivesse voltado no tempo desta vez.

Caleb ouve um barulho e se vira na direção da porta, pressentindo um movimento. Ele torce para que seja Caitlin.

Mas ele fica surpreso por se ver olhando para baixo enquanto observa a pessoa que se aproxima, e ainda mais surpreso ao ver que na verdade não se trata de uma pessoa; é Ruth. Caleb fica extremamente feliz de vê-la ali, de ver que ela havia sobrevivido à viagem no tempo.

Ela caminha até Caleb, balançando o rabo e com os olhos felizes ao reconhecê-lo. Quando ela chega perto, Caleb se abaixa e ela corre até seus braços. Ele gosta de Ruth, e se surpreende com o tanto que ela havia crescido: ela parece ter o dobro do tamanho, e estava se tornando um animal formidável. Ele também se sente encorajado em vê-la naquele lugar: talvez aquilo significasse que Caitlin também estava ali.

Ruth de repente se vira e corre para fora da sala, desaparecendo pelo corredor. Caleb fica confuso com o comportamento dela, e corre atrás de Ruth para ver onde ela estava indo.

Ele entra em outra câmara abobadada, também repleta de sarcófagos antigos. Ele percebe imediatamente que todos já tinham sido abertos, e que estão vazios.

Ruth continua farejando e gemendo, e sai correndo daquela câmara. Caleb começa a se perguntar se Ruth estaria tentando guiá-lo até algum lugar, e se apressa para segui-la. Depois de atravessar mais alguns quartos, Ruth finalmente para diante de uma alcova no final do corredor mal iluminado pela luz de uma única tocha. Dentro dela, há um único sarcófago de mármore, esculpido detalhadamente.

Caleb se aproxima devagar, prendendo a respiração e torcendo – pressentindo – que Caitlin poderia estar lá dentro.

Ruth senta ao lado do sarcófago e encara Caleb, gemendo freneticamente.

Caleb se abaixa e tenta empurrar a tampa de pedra, mas aquela tampa é muito mais pesada que as outras, e ele mal consegue movê-la.

Ajoelhado, ele tenha empurrar com mais força, usando toda sua força até que, finalmente, ela começa a mexer. Ele continua empurrando, e poucos instantes depois, a tampa é removida completamente.

Caleb fica aliviado ao encontrar Caitlin deitada ali, completamente imóvel, com as mãos dobradas sobre o peito. Mas seu alívio se transforma em preocupação quando ele a olha mais de perto e vê que ela está mais pálida do que ele já havia visto. Não há cor alguma em seu rosto, e os olhos dela não reagem a luz da tocha. Ele a observa mais de perto e percebe que ela parece não estar respirando.

Ele se afasta, horrorizado; Caitlin parece estar morta.

Ruth geme ainda mais alto: agora ele entende.

Caleb se aproxima e, colocando as duas mãos firmemente sobre os ombros dela, sacode o corpo dela gentilmente.

“Caitlin?” ele diz, ouvindo a preocupação em sua própria voz. “CAITLIN!?” ele chama mais alto, sacudindo o corpo dela com um pouco mais força.

Mas ela não reage, e o corpo de Caleb estremece ao considerar como seria sua vida sem ela. Ele sabia que havia um risco ao viajar no tempo, e que nem todos os vampiros sobreviviam à viagem. Mas ele nunca havia contemplado a possibilidade de morrer ao fazer a viagem de volta. Ele teria cometido um erro ao insistir para que ela continuasse sua busca e completasse sua missão? Ele deveria ter permitido que ela desistisse e ficado com ela no último lugar e época em que haviam estado?

O que seria dele se tivesse perdido tudo?

Ruth salta sobre o sarcófago, ficando com as quatro patas em cima do peito de Caitlin, e começa a lamber seu rosto. Alguns minutos se passam, e Ruth não para de lamber, gemendo o tempo todo.

Quando Caleb se aproxima, pronto para tirar Ruth de cima dela, ele fica paralisado e se surpreende ao ver que Caitlin está começando a abrir um dos olhos.

Ruth uiva, excitada, enquanto salta de cima de Caitlin e começa a correr em círculos. Caleb de inclina sobre Caitlin, igualmente feliz, e ela finalmente abre os dois olhos e começa a olhar ao redor.

Ele se apressa para pegar uma das mãos delas, frias como o gelo, para aquecê-la entre as suas.

“Caitlin? Você consegue me ouvir? Sou eu, Caleb.”

Lentamente, ela começa a se sentar, e Caleb a ajuda, esticando o braço e colocando a mão gentilmente nas costas dela. Ele fica extremamente feliz em vê-la piscar os olhos e percebe que ela está desorientada, como se estivesse despertando de um sono profundo.

“Caitlin?” ele pergunta mais uma vez, suavemente.

Ela olha para ele com o rosto sem expressão. Caleb olha dentro dos lindos olhos castanhos dela, mas ele sabe – consegue sentir – que há algo errado. Caitlin ainda não sorriu e, ao piscar os olhos mais uma vez, olha para ele como se estivesse vendo um estranho.

“Caitlin?” ele pergunta de novo, preocupado desta vez.

Ela olha além dele, com os olhos arregalados, e ele se dá conta, finalmente, que ela não o está reconhecendo.

“Quem é você?” ela pergunta.

O coração de Caleb se parte. Como era possível? A viagem tinha apagado a memória dela? Ela tinha realmente esquecido dele?

“Caitlin,” ele insiste, “sou eu, Caleb.”

Ele sorri, torcendo para que talvez isso a faça se lembrar dele.

Mas ela não lhe devolve o sorriso, e apenas o encara com o olhar vago, piscando repetidas vezes.

“Sinto muito,” ela diz finalmente, “mas não faço a mínima ideia quem você é.”

CAPÍTULO DOIS

Sam acorda ao som da revoada de pássaros. Ele abre os olhos e vê, alto no céu, vários abutres circulando o céu. Deve haver uma dúzia deles, circulando cada vez mais baixo, parecendo estar bem acima dele, como se o observassem – como se estivessem esperando.

Ele de repente percebe que os pássaros devem pensar que ele está morto, e que estão apenas esperando pela oportunidade para avançar e comê-lo.

Sam fica em pé e, ao fazer isso, os pássaros se afastam repentinamente como se tivessem ficado surpresos que um morto pudesse se levantar novamente.

Ele olha a sua volta, tentando se localizar. Ele está em um campo, no meio das colinas. Até onde ele consegue enxergar, há mais colinas, cobertas de grama e estranhos arbustos. A temperatura está perfeita, e não há uma nuvem sequer no céu. O lugar é pitoresco, e Sam não consegue ver nenhum prédio; é como se ele estivesse no meio do nada.

Sam tenta descobrir onde está, em que época e como ele havia chegado até ali. Ele tenta desesperadamente se lembrar do que tinha acontecido antes dele viajar no tempo.

Lentamente, ele se recorda: Ele estava em Notre Dame, na Paris de 1789. Ele havia enfrentado Kyle, Kendra, Sergei e seus homens, tentando retardá-los para que Caitlin e Caleb pudessem fugir. Aquilo tinha sido o mínimo que ele poderia fazer, e devia isso a ela, especialmente depois de tê-la colocado em perigo por causa de seu romance imprudente com Kendra.

Em número terrivelmente inferior, ele tinha usado seu poder de transmutação, e conseguido confundi-los o bastante para causar danos consideráveis, matando vários homens de Kyle, incapacitando outros tantos, até que finalmente havia conseguido escapar com Polly.

Polly.

Ela tinha ficado ao lado dele durante todo o tempo e lutado com bravura, e os dois tinham formado uma dupla considerável. Eles haviam escapado pelo teto da catedral de Notre Dame e partado em busca de Caitlin e Caleb pela noite. Sim, as lembranças estão começando a aflorar…

Sam havia descoberto que sua irmã tinha voltado no tempo e, soube no mesmo instante, que tinha que ir atrás dela. Ele precisava acertar as coisas entre eles, encontrar Caitlin, pedir desculpas e protegê-la. Ele sabe que ela não faz questão disso: é uma guerreira agora, e tem Caleb ao seu lado. Mas ela é sua irmã, afinal, e o impulso de protegê-la não é algo que ele possa simplesmente desligar.

Polly havia insistido em voltar no tempo com ele. Ela também estava decidida a rever Caitlin, e a lhe dar algumas explicações; Sam não tinha oferecido resistência, e os dois haviam viajado no tempo juntos.

Sam olha ao seu redor mais uma vez, observando os campos ao longe e pensando.

“Polly?” ele chama timidamente.

Não há resposta.

Ele caminha até a beira de uma colina, curioso para ver a paisagem.

“Polly!?” ele exclama mais uma vez um pouco mais firme.

“Finalmente!” diz uma voz.

Quando Sam olha adiante, Polly surge no horizonte, caminhando na direção dele. Ela está com os braços repletos de morangos e, enquanto come um deles, fala com ele de boca cheia. “Estou esperando você durante toda a manhã toda! Nossa! Você realmente gosta de dormir, não é mesmo!?”

Sam está feliz em vê-la. Olhando para ela, ele percebe o quanto tinha se sentido sozinho ao acordar, e o quanto está feliz em ter companhia. Ele também percebe que, apesar das circunstâncias, tinha aprendido a gostar dela. Especialmente depois do desastre de seu relacionamento com Kendra, ele estava gostando de ficar perto de uma garota normal, e gosta mais de Polly do que ela pode imaginar. E quando ela se aproxima, e o sol ilumina seus cabelos castanho-claros, seus olhos azuis e pela branca translúcida, Sam é surpreendido pela beleza natural dela.

Ele está prestes a responder mas, como de costume, ela não lhe dá a chance de dizer uma palavra.

“Eu acordei a apenas alguns metros de você,” ela continua, se aproximando e comendo outro morando, “e eu chacoalhei você sem parar, mas você simplesmente não acordava! Então eu fui dar uma volta, e procurar algumas coisas. Não vejo a hora de sair deste lugar, mas pensei em salvar você dos abutres antes de ir. Temos que encontrar Caitlin. Como vamos saber onde ela está? Ela pode estar precisando de nossa ajuda nesse exato momento e tudo o que você faz é dormir! Pode me dizer por que viajamos no tempo se não vamos sair daqui e—”

“Por favor!” Sam grita, caindo na risada. “Você não deixa que eu responda!”

Polly para e o observa, parecendo surpresa, como se não fizesse a menor ideia de que estava falando sem parar.

“Pois muito bem,” ela diz, “fale!”

Sam a encara, distraído pelo tom de azul dos olhos dela sob a luz da manhã; quando tem a oportunidade de falar, ele fica paralisado e esquece o que havia pensado em dizer.

“Eu…” ele começa.

Polly joga as mãos para o alto.

“Garotos!” ela exclama. “Ele nunca querem que você fale – mas também nunca têm nada a dizer! Bem, eu não quero mais ficar aqui!” ela diz, se afastando pelas colinas enquanto come outro morango.

“Espere!” Sam grita, se apressando para alcançá-la. “Para onde você está indo?”

“Procurar a Caitlin, é claro!”

“E você por acaso sabe onde ela está?” ele pergunta.

“Não,” Polly responde, “mas eu já sei onde ela não está – e ela não está nesse campo! Precisamos sair daqui, encontrar a cidade mais próxima – ou prédios, ou qualquer coisa – e descobrir em que período nós estamos. Precisamos começar em algum lugar, e esse com certeza não é ele!”

“Mas, você não acha que eu também queira encontrar minha irmã!?” Sam grita irritado.

Finalmente, ela para e se vira, olhando para ele.

“O que eu quero dizer é, você não quer companhia?” Sam pergunta, percebendo ao pronunciar as palavras, o quanto ele gostaria de procurar por Caitlin junto a Polly. “Você não acha melhor procurarmos juntos?”

Polly olha para Sam com seus grandes olhos azuis, como se o estivesse analisando. Ele sente que está sendo examinado, e pode perceber a incerteza dela. Ele só não consegue entender por quê.

“Eu não sei,” ela diz finalmente. “Quero dizer, você conseguiu se virar bem em Paris – tenho que admitir. Mas…”

Ela pausa.

“O que foi?” ele enfim pergunta.

Polly limpa a garganta.

“Bem, se quer mesmo saber, o ultimo – hmm – garoto – com que estive – Sergei – acabou sendo um mentiroso e vigarista, que me enganou e me usou. E eu fui idiota demais para perceber. Mas nunca mais vou cair em outra armadilha desse tipo. E não estou pronta para confiar em qualquer pessoa do sexo masculino – nem mesmo você. Eu simplesmente não quero passar meu tempo ao lado de garotos agora. Não que eu e você – eu não estou dizendo que nós – não é que eu pense em você dessa forma – como algo além de meu amigo – de um conhecido-”

Polly começa a gaguejar e, percebendo o quanto ela está nervosa, Sam não consegue evitar um leve sorriso.

“—mas é que, independente de tudo isso, estou cansada de garotos. Sem querer te ofender.”

Sam abre um largo sorriso. Ele gosta da sinceridade dela, e de sua coragem.

“Não estou ofendido,” ele responde. “Para dizer a verdade,” ele completa, “também estou farto de garotas.”

Os olhos de Polly se abrem de surpresa; obviamente não é esta a resposta que ela estava esperando.

“Ocorre que temos mais chances de encontrar minha irmã se procurarmos juntos. Quero dizer – só -” Sam limpa a garganta, “—profissionalmente falando.”

Agora é a vez de Polly abrir um sorriso.

“Profissionalmente falando,” ela repete.

Sam estende a mão, formalmente.

“Eu prometo, seremos apenas amigos – nada além disso,” ele diz. “Eu desisti de garotas para sempre. Aconteça o que acontecer.”

“E eu desisti dos garotos, não importa o que aconteça,” Polly diz, ainda examinando a mão dele, que permanece estendida para ela.

Sam continua com o braço esticado, esperando pacientemente.

“Apenas amigos?” ela pergunta. “Nada além disso?”

“Apenas amigos,” Sam lhe garante.

Ela finalmente ergue o braço e aperta a mão dele.

Ao fazer isso, Sam não consegue evitar a sensação de que ela segurou sua mão apenas um instante a mais que o necessário.

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