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(Livro #12 na série Memórias de um Vampiro)

Morgan Rice

Morgan Rice

Morgan Rice é a autora número #1 do best-seller da USA Today da série de fantasia épica THE SORCERER’S RING (O ANEL DO FEITICEIRO), formado até agora por dezessete livros; da série best-seller número #1 THE VAMPIRE JOURNALS (MEMÓRIAS DE UM VAMPIRO), uma série composta por doze livros; da série best-seller número #1 THE SURVIVAL TRILOGY (A TRILOGIA DA SOBREVIVÊNCIA), um thriller pós-apocalíptico com dois livros até o momento; e da série de fantasia épica KINGS AND SORCERERS (REIS E FEITICEIROS), formada por seis livros. Os livros de Morgan estão disponíveis em edições de áudio e impressas e suas traduções estão disponíveis em mais de 25 idiomas.

Morgan quer ouvir a sua opinião, então, por favor, sinta-se à vontade para visitar seu website www.morganricebooks.com para fazer parte da lista de e-mails, receber um livro de graça, ganhar brindes, baixar o novo aplicativo, ficar por dentro das últimas novidades exclusivas, conectar ao Facebook e Twitter e manter contato!

Crítica selecionada para Morgan Rice

"Um livro que pode competir com CREPÚSCULO e DIÁRIOS DO VAMPIRO, e fará com que você queira continuar lendo até a última página! Se você gosta de aventura, amor e vampiros, este é o livro para você!"

--Vampirebooksite.com (sobre TRANSFORMADA)

"Rice faz um ótimo trabalho ao trazer o leitor para dentro da história desde o início, usando uma incrível qualidade descritiva que transcende a mera pintura do cenário... Bem escrito e extremamente rápido de ler."

--Black Lagoon Reviews (sobre Transformada)

"Uma história ideal para jovens leitores. Morgan Rice fez um ótimo trabalho tramando uma inesperada reviravolta… Inovador e único. A série acontece em torno de uma garota… uma incrível garota!... Fácil de ler, mas de ritmo extremamente acelerado. Apropriado para maiores de 12 anos."

-- The Romance Reviews (sobre Transformada)

"Prendeu minha atenção desde o início e não deixou mais escapar… Esta história é uma aventura incrível, de ritmo intenso e cheia de ação desde o início. Não há um momento entediante sequer."

-- Paranormal Romance Guild (sobre Transformada)

"Cheio de ação, romance, aventura e suspense. Ponha as suas mãos nesse e se apaixone mais uma vez."

-- Vampirebooksite.com (sobre TRANSFORMADA)

"Uma trama incrível e é especialmente o tipo de livro difícil de parar de ler à noite. O suspense do final é tão espetacular que imediatamente você vai querer comprar o livro seguinte, só para ver o que acontece."

-- The Dallas Examiner (sobre Amada)

"Morgan Rice prova mais uma vez que é uma talentosa contadora de histórias… Agradará uma grande variedade de público, incluindo jovens fãs do gênero vampiro/fantasia. Termina em um surpreendente suspense que o deixará impressionado."

--The Romance Reviews (sobre Amada)

Livros de Morgan Rice

SOBRE COROAS E GLÓRIA

ESCRAVA, GUERREIRA, RAINHA (Livro # 1)

REIS E FEITICEIROS

Ascensão dos Dragões (Livro # 1)

ASCENSÃO DOS VALENTS (Livro # 2)

O PESO DA HONRA (Livro # 3)

A FORJA DE VALOR (Livro # 4)

UM REINO DE SOMBRAS (Livro # 5)

NOITE DOS AUDACIOSOS (Livro # 6)

O ANEL DO FEITICEIRO

EM BUSCA DE HERÓIS (Livro # 1)

MARCHA DE REIS (Livro # 2)

UM DESTINO DOS DRAGÕES (Livro # 3)

UM GRITO DE HONRA (Livro # 4)

UM VOTO DE GLÓRIA (Livro # 5)

A CHARGE OF VALOR (Livro # 6)

A RITE OF SWORDS (Livro # 7)

A GRANT OF ARMS (Livro # 8)

A SKY OF SPELLS (Livro # 9)

A SEA OF SHIELDS (Livro # 10)

A REIGN OF STEEL (Livro # 11)

A LAND OF FIRE (Livro # 12)

A RULE OF QUEENS (Livro # 13)

AN OATH OF BROTHERS (Livro # 14)

A DREAM OF MORTALS (Livro # 15)

A JOUST OF KNIGHTS (Livro # 16)

A GIFT OF BATTLE (Livro # 17)

A TRILOGIA DA SOBREVIVÊNCIA

ARENA UM: COMERCIANTES DE ESCRAVOS (Livro # 1)

ARENA DOIS (Livro # 2)

MEMÓRIAS DE UM VAMPIRO

TRANSFORMADA (Livro # 1)

AMADA (Livro # 2)

TRAÍDA (Livro # 3)

DESTINADA (Livro # 4)

DESEJADA (Book # 5)

COMPROMETIDA (Livro # 6)

PROMETIDA (Livro # 7)

ENCONTRADA (Livro # 8)

RESSUSCITADA (Livro # 9)

COBIÇADA (Livro # 10)

PREDESTINADA (Livro # 11)

OBCECADA (Livro # 12)



Ouça à série MEMÓRIAS DE UM VAMPIRO em formato de áudio livro!

Direitos Reservados © 2016 por Morgan Rice


Todos os direitos reservados. Exceto como permitido pela lei de Direitos Autorais dos EUA de 1976, nenhuma parte desta publicação pode ser reproduzida, distribuída ou transmitida por nenhuma forma ou meio, ou armazenada em banco de dados ou em sistemas de recuperação, sem a permissão prévia do autor.


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Esta é uma obra de ficção. Nomes, personagens, empresas, organizações, locais e incidentes são frutos da imaginação do autor ou são utilizados ficticiamente. Qualquer semelhança com pessoas reais, vivas ou mortas, é mera coincidência.


A ilustração da capa é um direito autoral de GoingTo, usada sob licença da Shutterstock.com.

ÍNDICE


CAPÍTULO UM

CAPÍTULO DOIS

CAPÍTULO TRÊS

CAPÍTULO QUATRO

CAPÍTULO CINCO

CAPÍTULO SEIS

CAPÍTULO SETE

CAPÍTULO OITO

CAPÍTULO NOVE

CAPÍTULO DEZ

CAPÍTULO ONZE

CAPÍTULO DOZE

CAPÍTULO TREZE

CAPÍTULO QUATORZE

CAPÍTULO QUINZE

CAPÍTULO DEZESSEIS

CAPÍTULO DEZESSETE

CAPÍTULO DEZOITO

CAPÍTULO DEZENOVE

CAPÍTULO VINTE

CAPÍTULO VINTE E UM

CAPÍTULO VINTE E DOIS

CAPÍTULO VINTE E TRÊS

CAPÍTULO VINTE E QUATRO

CAPÍTULO VINTE E CINCO

CAPÍTULO VINTE E SEIS

CAPÍTULO VINTE E SETE

CAPÍTULO VINTE E OITO

CAPÍTULO VINTE E NOVE

CAPÍTULO TRINTA

CAPÍTULO TRINTA E UM

CAPÍTULO TRINTA E DOIS

"Assim, com um beijo, eu morro."

William Shakespeare

Romeu e Julieta

CAPÍTULO UM

Do telhado do antigo Castelo Boldt, Scarlet Paine podia ouvir os gritos agonizantes de Sage. Eles ecoavam pela fria noite de novembro, cada um lhe dava a sensação de um corte de faca em seu coração. Ela não podia suportar a ideia de Sage estar sendo torturado até a morte por sua própria espécie, porque ele a amava, porque ele não iria matá-la para poder viver mais dois mil anos. Scarlet jamais sonhara que seria amada tão apaixonadamente por alguém, tão apaixonadamente que poderiam realmente morrer por ela. E, no entanto, ali estava ela, prestes a fazer o mesmo por ele.

Lore, o primo de Sage, a atraíra para o Castelo Boldt. O tempo de vida de dois mil anos dos Imortais acabaria assim que a lua sumisse e Lore estava desesperado para lhe tirar a vida, a única maneira de salvar a deles. Ela, o último vampiro na Terra, teria que ser sacrificada. Mesmo Scarlet sabendo que era uma armadilha, ela tinha que ir. Ela sabia que sua vida terminaria naquela noite, mas valeria a pena se fosse uma chance de salvar Sage.

Outro grito de Sage ecoou pela noite. Scarlet não suportava escutar sua agonia por mais tempo. Ela se manteve em pé, batendo suas asas de modo que estava pairando uma ou duas polegadas acima das telhas de ardósia inclinadas do castelo. Então, com o coração batendo forte, ela entrou voando pela janela.

A sala tinha, pelo menos, cem pés de altura. Scarlet mergulhou nas sombras do teto abobadado e se empoleirou no cimo de uma das velhas vigas de madeira. Ela sentiu uma onda de calor que vinha por baixo dela e olhou para baixo. O salão estava lotado com uma multidão agitada e raivosa de Imortais. Devia haver, no mínimo, mil deles ali. A multidão parecia um enxame de insetos àquela distância, alguns andavam para lá e para cá, enquanto outros se elevavam algumas jardas acima do solo. Eles estavam suficientemente longe, pelo menos, para não conseguirem notá-la escondida ali.

Scarlet agarrou-se a sua viga, sentindo as palmas de suas mãos ficarem cada vez mais escorregadias com sua transpiração ansiosa, esperando sua chance, preparando-se psicologicamente para saltar.

Lá embaixo, os Imortais estavam olhando para um ponto em particular: uma plataforma ligeiramente levantada, que estava em outra extremidade do salão. Havia um homem incrivelmente alto no palco, segurando um longo bastão. Ele parecia estar apontando o bastão para uma grande cruz.

Scarlet inclinou a cabeça, confusa, pois a cruz pareceu se mover. Foi então que ela percebeu que havia alguém acorrentado à cruz, alguém que se contorcia de dor cada vez que o cajado do homem encostava-se a ele.

Seu coração deu uma guinada quando ela percebeu: Sage.

Fúria percorreu cada fibra do ser de Scarlet. O homem que ela amava estava amarrado por seus braços e pernas. Sua cabeça estava inclinada para frente, pendendo de exaustão sobre seu peito, e seu cabelo estava ensopado de suor. Havia sangue escorrendo pelo seu torso, criando uma poça aos seus pés. Scarlet queria gritar para ele, mas ela sabia que deveria ficar calada para não arriscar chamar atenção da multidão barulhenta. Ela se sentiu mal do estômago sabendo que a tortura de Sage estava sendo exibida, que ele era o centro do ódio deles.

Scarlet assistiu com horror quando o homem com um longo manto vermelho no palco brandiu o bastão com uma cruz em uma ponta contra o chão. As telhas de pedra fizeram um barulho que reverberou através do espaço cavernoso.

"Você vai renunciar?" o homem gritou. "Você vai dar a menina?"

Ele parecia ser o instigador da tortura e Scarlet concluiu que também devia ser o líder dos Imortais. Ela se lembrou de Sage lhe contando sobre o homem que liderava sua raça. Seu nome era Octal e, pelo que Sage lhe havia dito, ele era um tirano violento.

"Responda!" Octal gritou.

A multidão juntou-se com uma alta aclamação.

Scarlet não conseguiu ouvir a resposta de Sage daquela distância, mas ela sabia que o que ele tinha dito não era o que Octal queria ouvir, porque ele se inclinou para frente e empurrou o bastão de metal contra o peito de Sage. Sage soltou um grito de gelar o sangue.

Scarlet não conseguia mais se conter. Ela saltou da viga onde estava agachada e gritou a plenos pulmões.

"PARE!"

Quando ela começou a mergulhar em direção à multidão, os Imortais abaixo voltaram seus olhares para ela, em um movimento brusco e repentino. Scarlet vacilou e suas asas, de repente, falharam com terror. Ela começou a despencar pelo ar, em direção à colisão com a multidão enfurecida abaixo.

De longe, Scarlet podia ouvir Sage gritando seu nome. Era o grito de um homem desesperado e apaixonado, um homem cujo coração estava sendo arrancado para fora de seu corpo, um homem cuja dor ao ver a raça de seu amor em direção à morte era muito maior do que a dor da tortura que ele tinha acabado de enfrentar.

Scarlet bateu as asas freneticamente, mas era inútil. O terror que ela sentia havia dominado seus poderes. Ela estava caindo cada vez mais rápido em direção às multidões furiosas. Ela sabia que, quando ela os alcançasse, eles a rasgariam em pedaços, já que sua morte era a única maneira de eles sobreviverem. Suas vaias e gritos ficaram mais altos quanto mais perto ela chegava deles.

Quando ela caiu, o tempo pareceu desacelerar e os rostos de seus amigos e familiares passaram pelos seus olhos - sua melhor amiga, Maria, sua mãe, Caitlin, Ruth, o cão. Até mesmo Vivian passou por sua mente, mesmo que Scarlet a odiasse.

E então um belo rosto passou diante de seus olhos, um que a fez engasgar. Era o rosto de Sage. Em sua estranha queda em câmera lenta, Scarlet conseguiu tombar sua cabeça para o lado, de modo que seus olhos se encontraram com os de Sage. Embora ele estivesse coberto de suor e sangue e fazendo caretas de dor, ele não lhe parecia menos bonito do que a memória perfeita que seu cérebro tinha evocado. Quando eles fizeram contato com os olhos, Scarlet sentiu uma onda de amor correr através dela. Embora ela soubesse que estava a poucos segundos de morrer, ela não estava com medo, porque sabia que ela morreria sendo amada.

Ela fechou os olhos e se preparou para o impacto.

Mas antes de Scarlet bater no chão, Octal avançou e fixou seus olhos translúcidos em sua forma em queda. Sem esforço e sem emoção, ele se elevou no ar e estendeu a mão para ela. Ela sentiu mãos apertarem em torno de seu braço. Ele a puxou para ele como se a arrancasse do ar. De repente, a sensação de urgência e de aceleração que ela estava sentindo fora substituída por uma gentil calmaria, enquanto eles começavam a flutuar de maneira controlada para o chão.

Scarlet abriu os olhos, quase incapaz de acreditar que ela não estava morta. Mas, enquanto o medo da morte imediata era drenada para fora do corpo de Scarlet, ela sabia que o perigo não tinha passado. Octal podia tê-la poupado de ter seu cérebro detonado contra os azulejos duros da igreja, mas ela sabia que ele não tinha salvado sua vida por compaixão. Ele era um torturador. Ocorreu a Scarlet que ele a tinha salvado apenas para matá-la de uma forma mais desagradável.

Ela olhou, por cima do ombro de Octal, para Sage.

"Scarlet!" Sage gritou.

Octal deixou Scarlet cair. A multidão avançou, mas Octal ergueu os braços como se quisesse mantê-los afastados. A multidão obedeceu. Scarlet não sabia por que, mas Octal estava dando a ela e a Sage uma última oportunidade de estar juntos, uma última chance de dizer adeus.

Com os olhos de mil Imortais enfurecidos sobre ela, Scarlet correu para Sage. Seus olhos borraram de lágrimas quando ela lançou seus braços ao redor dele e enterrou o rosto em seu pescoço. Sua pele estava queimando, como se lutasse contra uma febre. Ela o abraçou o mais apertado que conseguia, temendo que aquela fosse a última vez que ela o faria.

"Scarlet," Sage murmurou em seu ouvido.

Ela recuou e ergueu a cabeça. Seus olhos estavam inchados e machucados, seu lábio inferior estava aberto e inchado. O coração de Scarlet doía ao vê-lo assim. Ela queria beijá-lo, tirar a sua dor e curá-lo, mas sabia que não tinha tempo. Em vez disso, ela afastou uma mecha de cabelo de seu rosto e deu um beijo delicado em sua testa, a única parte dele que parecia não estar ferida ou atingida.

"Como você me encontrou?" Ele perguntou.

"Lore. Ele me deixou um bilhete contando que estava aqui."

Medo brilhou nos olhos de Sage. "É uma armadilha. Eles vão matá-la."

"Eu sei," Scarlet engasgou. "Mas eu tinha que vê-lo. Minha vida está em ruínas de qualquer maneira."

Ela pensou em seus pais e suas constantes discussões, na promessa de sua mãe em erradicá-la, de sua casa de cabeça invadida por Lore, em Vivian, que a odiava, e em suas amigas, que pareciam ter se virado contra ela.

"Você é a única coisa boa que resta em minha vida," acrescentou ela com sinceridade. "Você não se lembra de que eu lhe disse que, se você morrer, eu morreria por você?"

Ela tentou sorrir tranquilizadoramente, mas o olhar nos olhos de Sage fez um poço de dor se abrir dentro de seu estômago.

Ele balançou a cabeça.

"Eu queria que você vivesse, Scarlet," ele engasgou, estremecendo pela dor causada pelo bastão de Octal. "Você não entende? A única coisa que me confortava durante a tortura era saber que você viveria sua vida quando eu partisse." Ele suspirou. "Mas agora nós dois vamos morrer."

Scarlet segurou a cabeça pesada de Sage em suas mãos. "E sobre o que eu quero?"

"Você é jovem," disse Sage com uma careta de sofrimento. "Você não sabe o que quer. Eu vivi dois mil anos e a única coisa que já fez sentido para mim é você. Não que você morra por mim!"

"Juliet era muito jovem?" Scarlet respondeu com firmeza, lembrando-se da noite mágica que haviam passado juntos assistindo o espetáculo de Shakespeare.

Naquele momento, Scarlet sentiu a multidão agitada atrás dela e sabia que Octal não conseguiria segurá-los por mais tempo.

"De qualquer forma," disse ela, abrindo um sorriso agridoce para Sage, "é tarde demais para mudar de ideia."

"Não é," Sage contestou. "Por favor, Scarlet. Vá para longe. Ainda há tempo."

Scarlet respondeu, pressionando um beijo feroz contra seus lábios.

"Eu não tenho medo de morrer," ela respondeu com firmeza. Em seguida, ela passou o braço em volta da cintura e se virou para a multidão assassina. "Enquanto estivermos juntos."

CAPÍTULO DOIS

Uma guerra de vampiros.

O mar abaixo de Caitlin era tão negro quanto à noite. Ela ouviu o som do motor vibrando quando o pequeno avião militar subiu por entre as nuvens, as palavras que se repetiam na cabeça de Caitlin. Ela mal podia compreender como haviam chegado naquela situação, como sua filha tinha voado para longe à noite, deixando ela e Caleb perseguindo-a desesperadamente. A preocupação que ela sentia por Scarlet a consumia, fazendo borboletas de pânico tomar conta de seu estômago.

Caitlin sentiu uma sensação forte, primal mexendo dentro dela. Scarlet estava em algum lugar nas proximidades. Caitlin tinha certeza. Ela sentou-se e segurou o braço de Caleb.

"Você pode senti-la?" ele perguntou, estudando sua expressão.

Caitlin apenas balançou a cabeça, cerrando os dentes, como se o anseio de precisar estar com sua filha crescesse dentro dela.

"Ela está em perigo, Caleb," disse Caitlin, segurando as lágrimas que ameaçavam sufocá-la.

Caleb olhou para trás, para fora do para-brisa, e repousou sua mandíbula. "Estaremos com ela em breve. Eu juro. Tudo ficará bem."

Caitlin queria desesperadamente acreditar nele, mas uma parte dela estava cética. Scarlet havia voado de bom grado para aquele lugar, aquele castelo cheio de perversos Imortais. Como sua mãe, Caitlin sentiu que não tinha escolha a não ser ir em frente. Como um vampiro, Scarlet corria certamente mais em perigo do que um adolescente comum.

Outra pontada de saudade atingiu Caitlin. Mas desta vez foi pior do que antes. Não foi apenas a dor da separação de sua filha que Caitlin estava sentindo, era algo ainda pior.

Scarlet estava em perigo mortal.

"Caleb," Caitlin disse apressadamente. "Ela está por ai e está em apuros. Temos de pousar. Agora." A urgência em sua voz fez suas palavras saírem em um sussurro urgente.

Caleb assentiu e inclinou sua visão para o lado. Abaixo deles, as ondas negras se agitaram.

"Não há lugar para pousarmos," disse ele. "Eu não quero tentar um pouso na água. É perigoso demais."

Sem perder o ritmo, Caitlin disse: "Então vamos ter de ejetar."

Os olhos de Caleb se arregalaram. "Caitlin, você enlouqueceu?"

Mas, assim que ele perguntou, viu que ela estava pegando o pacote do paraquedas.

"Não estou louca," disse ela. "Sou apenas uma mãe cuja filha precisa dela."

Assim que as palavras deixaram seus lábios, a dolorosa necessidade de ver sua filha a inundou novamente. Ela conseguia enxergar uma figura ao longe e pensou que, talvez, fosse um edifício.

Pingos de chuva começaram a cair, desenhando linhas sobre o vidro e refletindo a luz brilhante da lua e as mãos de Caleb apertando os controles.

"Você quer que eu abandone o avião," disse ele, com calma, mais como uma afirmação do que uma pergunta.

Caitlin fechou o paraquedas em seu corpo. "Sim."

Ela estendeu o outro pacote de paraquedas para Caleb. Ele apenas olhou para ela, a expressão em seu rosto era de incredulidade.

"Não há lugar para pousar o avião," Caitlin acrescentou com firmeza. "Você mesma disse isso."

"E se a gente se afogar?" Caleb quis saber. "Se as ondas forem fortes demais? A água, muito fria? Como podemos ajudar Scarlet se estivermos mortos?"

"Você precisa confiar em mim," disse Caitlin.

Caleb respirou fundo. "O quão certa você está de que Scarlet está por perto?"

Caitlin nivelou seu olhar com o de Caleb quando outra pontada de desejo correu por ela. "Tenho certeza."

Caleb puxou ar entre os dentes e, em seguida, sacudiu a cabeça.

"Não posso acreditar que estou fazendo isso," disse ele.

Em seguida, ele rapidamente tirou as alças de seus ombros e colocou o paraquedas. Assim que se aprontou, ele olhou para Caitlin.

"Isso não vai ser divertido," ele falou. "E pode não acabar bem."

Ela estendeu a mão e apertou a mão dele. "Eu sei."

Caleb assentiu, mas Caitlin podia ver o medo no rosto e a preocupação em seus olhos.

E então ele bateu a palma da mão sobre o botão de ejeção.

De uma vez só, uma rajada de vento girou em torno deles. Caitlin sentiu seu cabelo emaranhar no vento gelado e sentiu-se impelida para cima tão rapidamente que seu estômago parecia afundar, como se tivesse sido deixado para trás.

E então eles estavam caindo.

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