Kitabı oku: «Um Mar De Escudos », sayfa 4
A guarda se coloca a postos e todos olham para Steffen.
"Meu senhor," um deles diz, "Vamos distribuir aqui ou vamos continuar?"
Steffen fica parado com as mãos nos quadris, e olha de volta para sua família.
Sua família inteira o encara, chocada além das palavras. Eles não param de olhar pra frente e pra trás, entre Steffen e a guarda real, completamente espantados, como se fossem incapazes de compreender o que está acontecendo.
Steffen caminha lentamente, monta em seu cavalo real, e fica diante de todos os outros, sentado em sua sela de ouro e prata, olhando para sua família
"Meu senhor?" O pai dele repete. "Isso é algum tipo de piada de mau gosto? Você? O comandante real?"
Steffen simplesmente fica ali, olhando para seu Pai, e balança a cabeça.
"É isso mesmo, meu pai," Steffen responde. "Eu sou o comandante real."
"Não pode ser," diz seu pai. "Não é possível, como um animal como você pode ter sido escolhido para guarda da rainha?"
De repente, dois guardas reais desmontam, sacam suas espadas, e correm até seu Pai. Eles seguram as pontas de suas espadas contra a garganta dele com firmeza, pressionando com força suficiente para que seu pai arregale os olhos de medo.
"Insultar um homem da rainha é insultar a própria rainha," um dos homens rosna para o pai de Steffen.
Seu pai engole em seco, apavorado.
"Meu senhor, devemos prender este homem?" Outro soldado pergunta para Steffen.
Steffen observa sua família, vê o choque em todos os seus rostos, e reflete.
"Steffen!" Sua mãe corre para a frente, e se joga nas pernas dele, implorando. "Por favor! Não prenda seu pai! E por favor, nos dê provisões. Precisamos delas!"
"Você nos deve ao menos isso!" Seu pai retruca. "Por tudo o que eu te dei durante toda a sua vida. Você nos deve isso."
"Por favor!" Sua mãe pede. "Nós não tínhamos ideia. Não sabíamos quem você havia se tornado! Por favor, não machuque o seu pai!"
Ela cai de joelhos e começa a chorar.
Steffen apenas balança enquanto olha para aquelas pessoas mentirosas e traiçoeiras, pessoas que sempre haviam sido cruéis com ele, durante toda sua vida. Agora que perceberam que ele é alguém importante, eles querem algo dele.
Steffen decide que eles sequer merecem uma resposta.
E percebe outra coisa, também: toda a sua vida ele havia admirado sua família, colocando-a em um pedestal como se eles fossem exemplos, pessoas perfeitas e bem sucedidas – como alguém que um dia ele gostaria de se tornar. Mas agora ele percebe que o oposto é verdade. Ele percebe que tudo aquilo tinha sido apenas uma ilusão sua, e que aquelas pessoas eram simplesmente patéticas. Apesar de sua aparência, ele está acima de todos eles. Pela primeira vez, ele percebe isso.
Ele olha para o seu pai, acuado pela ponta de uma espada, e uma parte dele gostaria de machucá-lo, mas outra parte percebe uma última coisa: eles não eram dignos de sua vingança, também. Eles teriam que ser alguém para merecer seu empenho, – e eles não são ninguém.
Ele se vira para seus homens.
"Eu acho que esta aldeia se virar muito bem por conta própria," ele declara.
Ele chuta seu cavalo e, em uma grande nuvem de poeira, todos deixam a aldeia – Steffen determinado a nunca mais voltar.
CAPÍTULO OITO
As portas de carvalho antigo se abrem e Reece entra correndo, trocando o vento e a chuva das Ilhas Superiores, e pelo refúgio do forte de Srog. Ele fica aliviado assim que as portas se fecham atrás dele, e começa a tirar a água dos cabelos e do rosto quanto Srog se aproxima correndo para abraçá-lo.
Reece retribui o abraço; sempre teve um lugar especial em seu coração para aquele grande guerreiro e líder, aquele homem que havia liderado Silésia tão bem, que tinha sido leal ao pai de Reece, e ainda mais leal a sua irmã. Vendo Srog, com sua barba dura, ombros largos, e um sorriso amigável, lhe traz de volta memórias de seu Pai, da antiga guarda.
Srog se afasta e coloca uma mão carnuda no ombro de Reece.
"Você fica cada vez mais parecido com seu pai muito à medida que envelhece," ele declara calorosamente.
Reece sorri.
"Eu espero que isso seja uma coisa boa."
"É, de verdade," respondeu Srog. "Não havia nenhum homem mais fino. Eu teria feito qualquer coisa por ele."
Srog se vira e leva Reece pelo Hall, e seus homens entram em fila atrás deles à medida que abrem caminho através do forte.
"Você é sempre muito bem vindo aqui neste lugar miserável," diz Srog. "Sou grato a sua irmã por ter lhe enviado."
"Parece que eu escolhi um péssimo dia para visitar," Reece fala enquanto passam diante de uma janela aberta, a chuva caindo a poucos metros de distância.
Srog sorri.
"Todos os dias são assim aqui," ele responde. "No entanto, tudo pode mudar em um segundo. Eles dizem que as Ilhas Superiores experimentam as quatro estações em um único dia, e eu vim para ver se é verdade."
Reece observa um pequeno pátio vazio do castelo, preenchido com um punhado de antigas construções de pedra que parecem se misturar à chuva. Poucas pessoas estão do lado de fora, e elas protegem suas cabeças contra o vento e correm de um lado para o outro. Esta ilha parece ser um lugar solitário e desolado.
"Onde estão todas as pessoas?" Pergunta Reece.
Srog suspira.
"Os habitantes das Ilhas Superiores ficam dentro de casa. Eles não costumam se misturar, e vivem esparramados. Este lugar não é como Silésia, ou a Corte do Rei. Aqui, eles vivem por toda a ilha, não se reúnem em cidades. Eles são um povo estranho, de pessoas reclusas. Teimosos e difíceis – como o clima."
Srog leva Reece por um corredor e eles viram uma esquina e entram no Salão Principal.
Ali, há uma dúzia dos homens de Srog, soldados vestindo suas botas e armaduras, sentados com semblante sério ao redor de uma mesa perto de um fogo. Cães dormem ao redor do fogo, e os homens comem pedaços de carne e jogam restos para os cães. Eles olham na direção de Reece e resmungam.
Srog se aproxima do fogo com Reece. Reece esfrega as mãos diante das chamas, grato pelo seu calor.
"Eu sei que você não tem muito tempo antes da partida do navio," Srog diz. "Mas eu, pelo menos, queria me despedir de você com algum calor e roupas secas."
Um criado se aproxima e entrega para Reece uma troca de roupa seca exatamente do seu tamanho. Reece olha para Srog com surpresa e gratidão, tirando a roupa molhada e trocando-as pelas que havia recebido.
Srog sorri. "Nós tratamos nossos homens bem aqui," ele diz. "Eu presumi que você fosse precisar disso, dadas as condições desse lugar."
"Obrigado," diz Reece, já se sentindo muito mais quente. "Eu nunca precisei tanto de algo." Ele estava com receio de navegar de volta com a roupa molhada, e isso é exatamente o que ele precisava.
Srog começa falando de política, um longo monólogo, e Reece assente educadamente, fingindo ouvir. Mas no fundo, Reece está distraído. Ele ainda está distraído por pensamentos de Stara, e não consegue tirar ela da cabeça. Ele não consegue parar de pensar em seu encontro, e cada vez que pensa nela, seu coração acelera de excitação.
Ele não consegue parar de pensar – com medo – nas tarefas que estão diante dele, no continente, em contar para Selese – e todos os outros, que o casamento seria cancelado. Ele não quer machucá-la, mas ele não vê outra escolha.
"Reece?" Srog pergunta.
Reece olha para ele e pisca os olhos.
"Você ouviu o que eu disse?" Questiona Srog.
"Eu sinto muito," responde Reece. "O que é que que você disse?"
"Eu disse que imagino que sua irmã tenha recebido meus despachos?" Srog repete.
Reece assente, tentando se concentrar.
"De fato," Reece responde. "É por isso que ela me enviou aqui. Ela me pediu para conversar com você, para ouvir em primeira mão o que está acontecendo ".
Srog suspira, olhando para as chamas.
"Estou aqui há seis luas agora," ele diz, "e eu posso te dizer, os habitantes da Ilhas Superiores não são como nós. Eles são MacGil apenas no nome, e não têm as qualidades de seu pai. Eles não são apenas teimosos, eles não são de confiança. Eles sabotam navios da Rainha diariamente; na verdade, eles sabotam tudo o que fazemos aqui. Eles não nos querem aqui. Eles não querem qualquer parte do continente, a menos que eles o estejam invadindo, é claro. Cheguei à conclusão de que viver em harmonia simplesmente não é o seu caminho."
Srog suspira.
"Nós desperdiçamos nosso tempo aqui. Sua irmã deve se retirar e deixá-los à própria sorte."
Reece assente, ouvindo enquanto esfrega as mãos diante do fogo, quando de repente, o sol sai de trás das nuvens, e o clima escuro e úmido se transforma em um dia claro de verão. Um alarme distante toca.
"O seu navio!" Srog grita. "Temos que ir. Você deve partir antes que o clima mude novamente. Vou acompanha-lo."
Srog lidera Reece por uma porta lateral na fortaleza, e Reece fica surpreso com a claridade, como se aquele dia estivesse ensolarado desde o início.
Reece e Srog caminham rapidamente, lado a lado, seguidos por vários dos homens de Srog, esmagando rochas sob suas botas ao atravessarem as colinas e abrirem caminho pelas trilhas sinuosas em direção à costa distante abaixo. Eles passam por rochas cinzentas e colinas e penhascos rochosos repletos de cabras que se agarram às encostas e mastigam ervas daninhas. Quando se aproximam da costa, sinos tocam ao redor deles, avisando navios da aproximação do nevoeiro.
"Eu posso ver em primeira mão as condições com que você está lidando," diz Reece quando eles finalmente passam a caminhar. "Eles não são fáceis. Você conseguir controlar coisas aqui por muito mais tempo que muitos teriam conseguido, eu tenho certeza. Você fez seu trabalho muito bem, e pode estar certo de que direi isso a rainha."
Srog acena com a cabeça, agradecido.
"Fico feliz em ouviu isso," ele fala.
"Qual é a razão do descontentamento deste povo?" Pergunta Reece. "Eles são livres, afinal de contas. Não lhes desejamos mal algum – na verdade, nós oferecemos apenas suprimentos e proteção."
Srog balança a cabeça.
"Eles não vão descansar até Tirus ser libertado. Eles consideram isso uma afronta que seu líder tenha sido preso."
"No entanto, eles estão com sorte que ele esteja apenas na prisão, e não tenha sido executado por sua traição."
Srog assente.
"É verdade. Mas essas pessoas não entendem isso."
"E se o libertarmos?" Pergunta Reece. "Isso resolveria os problemas?"
Srog balança a cabeça.
"Eu duvido. Acredito que somente lhes daríamos motivos para encontrar outra fonte de descontentamento."
"Então, o que deve ser feito?" Pergunta Reece.
Srog suspira.
"Abandone este lugar," ele afirma. "E o mais rapidamente possível. Eu não gosto do que vejo. Sinto uma revolta sendo acalentada."
"No entanto, estamos em muito maior número de homens e navios."
Srog balança a cabeça.
"Isso é apenas uma ilusão," declara ele. "Eles são bem organizados e estamos no seu terreno. Eles têm um milhão de maneiras sutis de sabotagem que não podemos antecipar. Estamos sentados aqui em um covil de cobras."
"Exceto por Matus," diz Reece.
"É verdade," responde Srog. "Mas ele é o único que se salva."
Há uma outra pessoa, Reece pensa. Stara. Mas ele guarda seus pensamentos para si. Ouvir tudo aquilo o faz querer resgatar Stara, levá-la para longe daquele lugar o mais rápido possível. Ele promete para si mesmo que o faria, mas primeiro ele precisa voltar e resolver seus assuntos. E então, ele poderia voltar para ela.
Assim que eles pisam na areia, Reece olha para cima e vê seu navio diante dele, com os homens à sua espera.
Ele para diante do navio e Srog vira para ele e aperta seus ombros calorosamente.
"Vou dividir tudo isso com Gwendolyn," Reece promete. "Eu vou contar a ela sobre suas preocupações. No entanto, eu sei que ela está decidida em relação a estas ilhas. Ela as vê como parte de uma estratégia maior para o Anel. Por enquanto, pelo menos, você deve tentar manter a harmonia aqui. O que for preciso. O que você precisa? Mais navios? Mais homens?"
Srog balança a cabeça.
"Todos os homens e navios do mundo não vão conseguir mudar os habitantes daqui. A única coisa capaz disso é o fio da espada."
Reece olha para ele, horrorizado.
"Gwendolyn nunca mataria pessoas inocentes," declara Reece.
"Isso eu sei," responde Srog. "É por isso mesmo que eu suspeito que muitos de nossos homens morrerão."
CAPÍTULO NOVE
Stara caminha nos parapeitos do forte de sua mãe, uma fortaleza de pedra quadrada tão antiga quanto a ilha, o lugar onde Stara vivia desde que sua mãe havia morrido. Stara vai até a beirada, grata que o sol havia finalmente surgido naquele dia dramático, e olha para o horizonte, com excepcional visibilidade, e observa quando o navio de Reece começa a se afastar à distância. Ela assiste seu navio se separar da frota, e acompanha o máximo que consegue à medida que o navio segue em direção ao horizonte, ficando cada vez mais longe dela.
Ela seria capaz de assistir o navio de Reece durante todo o dia, se soubesse que ele estava lá dentro. Ela não suporta vê-lo partir, e sente como se uma parte de seu coração, uma parte de si mesma, estivesse deixando a ilha.
Finalmente, após todos aqueles anos tão solitários, naquela ilha terrível e estéril, Stara se sente tomada pela alegria. Seu encontro com Reece a tinha feito se sentir viva novamente. Ele havia restaurado um vazio dentro dela que ela sequer havia percebido estar corroendo o seu coração durante todos aqueles anos. Agora que ela sabe que Reece iria cancelar seu casamento, que voltaria para ela, e que os dois se casariam e finalmente ficariam juntos para sempre, Stara sente que tudo vai ficar bem. Toda a miséria que ela teve que aturar em sua vida tinha valido a pena.
Obviamente, ela tem que admitir, uma pequena parte dela se sente mal por Selese. Stara nunca quis ferir os sentimentos de outra pessoa, mas, ao mesmo tempo, Stara sente que sua própria vida está em jogo, seu futuro, seu marido – e ela acredita que aquilo é tudo é justo. Afinal de contas, ela, Stara, conhecia Reece desde criança, e tinha sido o primeiro e único amor de Reece. Essa nova garota, Selese, mal conhece Reece, e apenas por pouco tempo. Certamente ela não o conhece como Stara conhecia.
Stara deduz que Selese logo superaria aquilo e encontraria alguém. Mas se Stara perder, nunca seria capaz de superar a perda. Reece é sua vida. O destino dela. Eles tinham sido feitos um para o outro, tinha sido assim a vida toda. Reece tinha sido seu primeiro, e pela forma como ela analisa as coisas, é Selese quem está errada. Stara está apenas pegando de volta o que é dela por direito.
Independentemente disso, Stara não poderia ter tomado uma decisão diferente mesmo se tivesse tentado. Independentemente do que fosse certo ou errado, ela não se importa. Toda a sua vida, todos ao seu redor – e sua própria razão, – haviam lhe dito que era errado primos ficarem juntos. E mesmo assim, ela não tinha sido capaz de ouvi-los. Ela absolutamente ama Reece, e nada que alguém pudesse dizer ou poderia mudar isso. Ela tem que ficar com ele. Não há outra opção em sua vida.
Enquanto Stara fica ali observando o navio ficar cada vez menor no horizonte, ela ouve passos bruscos de alguém no telhado do forte, e ao se virar encontra seu irmão, Matus, caminhando rapidamente em direção a ela. Ela fica feliz vê-lo, como sempre. Stara e Matus eram praticamente melhores amigos desde pequenos. Rejeitados pelo restante da família e pelos habitantes das Ilhas Superiores, Stara e Matus desprezavam seus irmãos e seu pai. Stara pensa em si mesma e em Matus como sendo mais refinados e mais nobres do que os outros; considera os outros membros da família traiçoeiros e indignos de confiança. É como se ela e Matus tivessem sua própria pequena família dentro da família.
Stara e Matus moram no forte de sua mãe, separados dos outros que vivem no castelo de Tirus. Agora que seu pai estava na prisão, sua família estava dividida, e seus outros dois irmãos, Karus e Falus, os culpam. Ela sabe que pode confiar em Matus para defendê-la, embora ela também esteja disposta a fazer o mesmo por ele.
Eles sempre conversavam sobre abandonar as Ilhas Superiores, e irem até o continente para se juntarem aos outros MacGil. E agora, finalmente, toda aquela conversa está finalmente começando a parecer que pode se tornar uma realidade, especialmente com toda a sabotagem dos habitantes das ilhas contra a frota de Gwendolyn. Stara não consegue suportar a ideia de permanecer ali por muito mais tempo.
"Meu irmão," Stara o cumprimenta, sentindo-se plenamente feliz.
Mas a expressão de Matus está extraordinariamente sombria, e ela pode ver que ele está preocupado com alguma coisa.
"O que foi?" Ela pergunta. "O que há de errado?"
Ele balança a cabeça em desaprovação para ela.
"Eu acho que você sabe o que está errado, minha irmã," ele responde. "Nosso primo. Reece. O que aconteceu entre vocês dois?"
Stara enrubesce e vira as costas para Matus, olhando para o oceano. Ela se esforça para ver o navio de Reece na distância, mas ele já tinha ido embora. Uma onda de raiva recai sobre ela; ela havia perdido o último vislumbre dele.
"Não é da sua conta,” ela retruca.
Matus sempre havia desaprovado seu relacionamento com o primo, e ela está farta daquilo. Aquele é o único ponto de discórdia entre eles, e poderia resultar em brigas. Ela não se importa com o que Matus – e mais ninguém- pense sobre seu relacionamento. Isso é problema dela, e Stara não quer que eles se intrometam.
"Você sabe que ele está com o casamento marcado, não é?" Matus pergunta para ela em tom acusativo, chegando mais perto.
Stara balança a cabeça, como se quisesse empurrar o pensamento terrível de sua mente.
"Ele não vai se casar com ela," ela responde.
Matus parece surpreso.
"E como você sabe disso?" Ele pressiona.
Ela se vira para ele, determinada.
"Ele me disse, e Reece não mente."
Matus olha para ela, chocado. Em seguida, sua expressão se transforma.
“Então você o fez mudar de ideia?"
Ela olha para ele, desafiante, agora sentindo raiva.
"Eu não preciso convencê-lo de qualquer coisa," declara ela. "É o que ele queria, o que ele escolheu fazer. Ele me ama, e sempre me amou. E eu também o amo.”
Matus franze a testa.
"E você não se incomoda em destruir o coração dessa garota? Quem é ela?"
Ela faz uma careta, sem querer ouvir aquilo.
"Reece me ama há muito mais tempo do que ele ama essa nova garota."
Matus não cede.
"E o que será de todos os planos cuidadosamente feitos para o reino? Você sabe que este não é apenas um casamento. É um teatro político. Um espetáculo para as massas. Gwendolyn é a Rainha, e esse é o seu casamento, também. O reino inteiro, e terras distantes, estará lá para assistir. O que vai acontecer quando Reece cancelar tudo? Você acha que a Rainha vai gostar disso? E o que você acha que os MacGil irão pensar? Você vai deixar todo o Anel em desordem. Você vai colocar todos eles contra nós. Suas paixões valem tudo isso?"
Stara olha para Matus, com um olhar frio e duro.
"O nosso amor é mais forte do que qualquer espetáculo. Do que qualquer reino. Você não entenderia. Você nunca teve um amor como o nosso."
Agora Matus enrubesce. Ele balança a cabeça, visivelmente furioso.
"Você está cometendo o mais grave erro de sua vida," ele diz. "E da de Reece. Você está levando todos à ruína com você. Essa é uma decisão, infantil, egoísta e tola. Seu amor infantil deve ficar no passado."
Matus suspira, exasperado.
"Você vai redigir uma carta e enviá-la no próximo falcão para Reece. Você vai dizer a ele que você mudou de ideia. Você vai instruí-lo a se casar com essa menina. Quem quer que seja."
Stara se sente tomada de ódio por seu irmão, uma raiva mais forte do que ela já havia sentido.
"Você está se intrometendo," ela fala. "Não tenha a pretensão de me dar conselhos. Você não é meu pai. Você é meu irmão. Fale dessa maneira comigo mais uma vez, e nunca mais falará comigo."
Matus a encara, claramente atordoado. Stara nunca havia falado com ele assim antes, e ele percebe que ela não está brincando. Seus sentimentos por Reece são muito mais profundos do que o seu vínculo com o irmão. Muito mais profundo do que qualquer coisa em sua vida.
Matus, chocado e magoado, finalmente se vira e sai do telhado.
Stara olha para o mar, procurando por algum sinal do navio de Reece. Mas ela sabe que ele já está muito longe.
Reece, ela pensa. Eu te amo. Mantenha o curso, independente dos obstáculos que enfrentar, mantenha o curso. Seja forte. Cancele seu casamento. Faça isso por mim. Por nós.
Stara fecha os olhos e junta as mãos, rezando e pedindo a Deus que Reece tenha força para seguir adiante. Para voltar para ela, e para que os dois finalmente fiquem juntos para sempre.
Custe o que custar.
Ücretsiz ön izlemeyi tamamladınız.