Kitabı oku: «Um Sátiro De Natal», sayfa 2
"O quê?" O olhar dela disparou para o rosto dele. "Quero dizer... Desculpe, eles parecem tão realistas. Não sei como você consegue ficar na ponta dos pés por tanto tempo sem ter um salto ou pelo menos uma plataforma para ajudar a equilibrar.
Ele bufou. "Você deveria ver minhas panturrilhas."
"Passo... Mas tenho certeza que elas são incríveis." Ela reinvindicou uma cadeira dobrável perto da saída e cruzou a perna esquerda sobre a direita antes de colocar o telefone no joelho, viva-voz em direção a ele. "Quem os faz?"
"Esse é o meu segredo." Os entrevistadores perguntavam muito isso. A verdade era que, não havia maneira de explicar que uma maldição os tinha feito, e eles eram tão reais quanto pareciam. Ele só conseguia criar um glamour durante o dia para escondê-los, por isso ficava assim todas as noites. Ele escolheu tirar o máximo proveito de uma forma que pudesse se esconder à vista de todos.
"Você mesmo os faz?"
Ele colocou sua cerveja fechada no chão perto de si e sacudiu-lhe o dedo. "Nunca revelarei a minha fonte."
"Então porquê um sátiro? De todas as criaturas mitológicas."
Ele fechou os olhos e acabou de mastigar outra mordida de seu sanduíche, a mordida mais difícil de engolir, apesar de ter chegado ficado em paz com seu passado séculos atrás. Chastity estava passando por uma entrevista genérica. Nada de novo ou excitante, e a culpa não era dela. Ele já tinha respondido a estas perguntas centenas de vezes, contado mentiras e evitado o melhor que podia. O que diria ela se ele lhe dissesse a verdade? Ele abriu os olhos e encontrou o olhar dela. "Porque fui amaldiçoado há três mil anos por testemunhar um ataque e a morte de uma ninfa. Um espectador infeliz numa rixa entre Pan e Dionísio." Ele fez uma pausa, então acrescentou: "Porque eu, como os outros homens que foram amaldiçoados, não fiz nada além de ficar ali, em vez de tentar salva-la de um Deus."
Chastity suspirou dramaticamente. "Se você não vai levar isso a sério..."
"Você queria minha história." ele interrompeu com um encolher de ombros. Na verdade, a vergonha que ele sentia por estar presente naquela noite ainda doía. As virgens eram "sacrificadas" aos deuses o tempo todo nos velhos tempos. Ele nem sabia que aquilo ia acontecer quando foi convidado para uma orgia aleatória. Apesar de tudo, Syrinx não foi violada diante deles, só porque no fim das contas ela não era virgem. Ela foi, no entanto, assassinada pelo seu pretendente marido. O mesmo que estava dando Dionísio prioridade em sua virgindade - que Pan acidentalmente havia tomado mais cedo naquele dia, não sabendo quem ela era.
Ah, Grécia Antiga. Como o Olimpo muda... Dias de nossas vidas imortais...
"Eu não pedi ficção", disse Chastity.
"Se você diz." Ele se virou novamente. Cipriano nunca tinha contado a uma mulher a verdade da noite em que foi amaldiçoado, a vergonha que o levou a essa situação. Os colegas de banda sabiam, mas mantiveram o segredo. Algo que o Pan e os outros sátiros Arcadianos aconselharam fortemente contra, mas ele já o tinha feito anos antes de saberem que o tinha feito. Tarde demais agora para apagar o fato de suas memórias sem deixá-los danificados pela tentativa.
Chastity hesitou antes de voltar a falar. "Está dizendo que quer abordar sua nova recém-encontrada fama na América fingindo ser o personagem que representa? Os outros integrantes farão o mesmo? Você fará todas as aparições em público na fantasia?"
"Não seja tão crítica, boneca." Ele mal conteve a amargura do seu tom. Ele não queria contar histórias ou mentir. Ele queria ser ele mesmo. Queria ser apreciado apesar dos seus defeitos como qualquer outra pessoa. Era assim tão errado? "Todos nós desempenhamos um papel, quer estejamos conscientes ou não."
"O que isso deveria significar?"
Ele a olhou de cima a baixo, dando a ultima mordida em seu sanduíche. Ele ainda estava com fome, mas não se levantaria outra vez. Sua rejeição imediata de sua história como mera fantasia só solidificou a noção de que uma mulher nunca o aceitaria se soubesse a verdade. Soubesse que ele era o monstro que parecia ser. "A roupa, a atitude... Você é realmente tão tensa quanto parece, ou é um ato? Alguém te traiu, então agora está fazendo isso para manter todos os homens afastados?"
Ela arfou. "Isso está fora de questão."
Estava, mas ele já havia entrado no assunto. "Eu falo o que vejo." Sem chance de voltar atrás agora.
"Terminamos aqui."
Ele riu com o humor que não sentia mais. "Esse artigo não vai ser muito longo."
"Tenho a certeza que terei muitas coisas a dizer para ter o número ideal de palavras." Ela desligou o gravador e levantou-se.
O humor de Cipriano havia piorado. A culpa não foi dela, mas ele estava descontando nela. Ele entrou em pânico, não estava pronto para a descartar completamente. Ela pode nunca o aceitar como ele realmente era, mas a sua opinião sobre ele... Importava. Por alguma razão estranha, importava, e talvez isso fosse parte da irritação dele. "Desculpa."
"Tanto faz."
"Não, de verdade." Ele captou o olhar dela. "Sinto muito. Eu sei que sou um chato."
A expressão dela não era legível enquanto enfiava o celular na bolsa e fechava-a. "Sim, bem. Não seja tão duro consigo mesmo! Tive de aceitar esse trabalho se quisesse avaliar a nova peça que estreia amanhã à noite. Coincidentemente, ela também é baseado na mitologia grega, embora tenha sido realmente secreto em relação ao enredo e personagens."
Ele não sabia nada sobre a abertura de uma peça, uma vez que não seguia o teatro, mas isso parecia encaixar-se mais na personalidade dela do que o show dele. "A mitologia grega está na moda hoje em dia, não sabia? Gigantes e bestas lutaram na base do Olimpo." Antes que ele pudesse se parar, ele acrescentou: "Eu deveria estar lá."
Ela revirou os olhos. "Tenho a certeza que sim. Mal posso esperar que provem que foi tudo uma farsa. O desmatamento tem muitos problemas, mas gigantes pisando sobre as árvores não é um deles."
Ele riu. Os humanos eram fantásticos. Eles se recusavam a considerar qualquer coisa que não conseguissem ver com seus próprios olhos, e quando um sátiro real se sentou na frente dela, ainda era ficção. "E se fosse uma tentativa fracassada de libertar os Titãs de sua jaula?"
Ela abanou a cabeça, mas já não estava zangada. "Devia escrever um livro com uma imaginação como a sua. Preciso ir. Obrigada pelo seu tempo. Vou tentar não ser muito dura no meu artigo, mas não posso prometer nada."
"Escreva a sua verdade. Nós aguentamos." Ele apontou para a esquerda. "A segunda porta por ali leva aos camarins da banda. Os outros ja devem estar trocados por agora e dispostos a falar se você quiser mais entrevista do que conseguiu de mim." Ela parecia surpreendida por ele lhe ter dito isso e acenou com a cabeça quando se foi. "E Feliz Natal," ele murmurou sob a sua respiração, apesar de ela ter ido embora e incapaz de ouvi-lo. Ele não celebrava o feriado e nunca o fez. Era mais habitual dizê-lo quando rodeado por tantos que o faziam. Ainda assim, ele ressentia essa época do ano. Todas as famílias felizes e novos compromissos. Okay, ele tinha ciúmes por nunca ter tido aquilo. Ele era homem suficiente para admitir isso.
Parecia outra noite solitária para ele, e ele tinha tentado o Destino com a sua pequena exibição no show atoa. Talvez Takeshi tivesse razão. Ele era um idiota.
Um membro da equipe apareceu para um sanduíche e Cipriano chamou-o. "Ei, cara. Pode me fazer um favor e trazer meu celular do camarim? Acabei de enviar a repórter lá, e não quero incomodá-la de novo."
O homem fez o que lhe foi pedido e retornou alguns minutos depois, entregando-lhe o aparelho móvel antes de pegar sua comida e sair antes que qualquer coisas mais pudesse ser pedida. Ele não culpou o homem. Era difícil fazer uma pausa para uma refeição ininterrupta quando as pessoas estavam sempre pedindo coisas. Cipriano abriu o navegador da web e procurou por novas peças estreando na cidade naquele fim de semana. Talvez ele pudesse verificar, pelo menos para encontrar Chastity novamente. Não era perseguição se ele estava interessado nas artes e por acaso encontrasse-a, certo?
Não surgiu muita informação, então ele mudou as configurações de pesquisa para artigos mais recentes. Um que tinha sido postado na última hora apareceu no topo, a manchete que precisava de múltiplas leituras para o seu cérebro compreender o que ele estava vendo. "De jeito nenhum." ele se endireitou.
Ele tinha de ligar para o seu agente. Depois tinha de ligar para Pan. Talvez não naquela ordem.
3
Chastity sentou-se na parte de trás do veículo compartilhado e encarou o encosto de cabeça cinza na frente dela. Não importa o que ela fizesse, as palavras de Cipriano provocavam-na no fundo da sua mente. Ela já tinha sido magoada por alguém antes, e ele tinha razão, maldito seja - ela tinha descartado todos depois disso. Afastado-os. Inferno, aqui estava ela, uma semana antes do Natal, no caos de Atlanta sem namorado, sem familia na área imediata para visitar, sem amigos para passar o feriado. Ela deveria ser grata que o inverno no sul não era tão frio quanto no norte, ela supôs. Bem, normalmente.
A temperatura tinha caído um pouco no dia passado e cairia ainda mais pelo Natal. Ela tinha conseguido deixar o casaco no apartamento dela para o show na noite anterior, mas esta noite teve de usar seu sobretudo lilás pálido, já que não tinha a certeza se haveria uma fila para o teatro ou não, e se só estaria mais frio quando o espectáculo acabasse. Seu vestido noturno não era exatamente feito de um material grosso, e ela precisava daquela camada extra.
Quando o carro parou na frente do teatro, ela agradeceu ao homem e pegou sua bolsa antes de sair do veículo. Ela mal tinha fechado a porta antes do condutor se afastar para encontrar o próximo cliente da noite. Chastity suspirou dramaticamente. Talvez esta matéria não fosse o que ela pensava que seria. Não a distrairia dos feriados, e ela seria forçada a testemunhar mais do vazio que sentia todos os anos naquela época. Luzes de Natal cintilavam em torno dos postes e em algumas janelas da loja do outro lado da rua movimentada. Um casal passou por ela de mãos dadas. Ambos usavam suéteres coloridos com todos os tipos de flocos de neve e outros desenhos do feriado. Aquela dor familiar de solidão começou a se instalar.
Sem querer pensar nisso, Chastity fez um trabalho rápido de classificar e dar gorjeta ao motorista no aplicativo e enfiou o celular de volta na pequena bolsa. Feito isso, ela virou-se para encontrar o fim da fila e gritou.
Cipriano Agrios estava no passeio, a encarando com uma expressão confusa e usando um terno de três peças... Com os seus chifres e cascos de palco. Honestamente, ela não sabia o que pensar disso.
"Não me assuste assim!" Ela ergueu o queixo e passou por ele, passando pelas pessoas na fila olhando para ela e depois para ele. Apenas alguns pareceram notar quem ele era e estavam tirando fotos, olhos arregalados e estarrecidos.
Ele seguiu-a e entrou na fila. "Você não vai me perguntar o que estou fazendo aqui?"
Não se virando para olhar pra ele, mesmo que o sua provocação fosse óbvia, ela deu de ombros. "País livre. Não me importa. Claro que ela se perguntou o que ele estava fazendo ali, e ele sabia disso. Cipriano não parecia ciente da peça que ela mencionou na noite anterior. Para não mencionar, ela só tinha conseguido bilhetes por causa do trabalho. Eles estavam esgotados por conta do segredo e mistério ao redor da peça. Ele não poderia tê-los conseguido da noite pro dia.
Não esperando que ela mudasse sua resposta, ele estudou suas unhas e disse: "Acontece que meu ex-colega de banda co-escreveu esta produção. Não disse a nenhum de nós sobre isso. Imagina o meu choque quando liguei ao meu empresário para pedir ingressos e havia alguns reservados para a banda."
Chastity então virou-se para olha-lo. Havia amargura em sua voz, uma traição que ela entendia muito bem, embora por razões diferentes. "Lamento que ele não lhe tenha contado." Ela conseguiu um pouco da história da briga da banda, mas os detalhes ainda permaneciam em segredo. "Então, onde está o resto da banda?"
"Eles já estão lá dentro. Bem, O William está, não o Takeshi. Ele ficou no hotel e deu o ingresso a um amigo nosso de fora da cidade. Ele e o D eram próximos, sabe. Que ele não nos disse... Sim, dói um pouco. Não queríamos que ele saísse da banda. Ele optou por fazê-lo e achou muito difícil que as vendas aumentassem muito sem ele. "
Como ela tinha perdido que o ex-vocalista da Um Dilema Mítico tinha envolvimento na peça? Ao pesquisar a banda, isso nem mesmo foi registrado. Claro, ela já havia feito sua pesquisa sobre a peça meses antes e recebeu o show como uma tarefa de última hora. O nome Daryl Mills era tão mediano que não se destacava, e ela nunca tinha visto uma foto dele associada à peça, apenas o nome. Que... Estranho. Não querendo insistir nesse assunto com todos os olhos curiosos à sua volta, ela decidiu mudar de assunto. "Então todos vocês vieram no personagem?" Ela gesticulou para os chifres dele.
"Por que não?"
Antes que ele pudesse responder, duas mulheres se aproximaram, segurando seus telefones e olhando para Cipriano com expressões esperançosas. Ele os notou quase ao mesmo tempo que ela e sorriu educadamente para elas.
"Podemos tirar uma foto com você?" a garota da esquerda com cabelo curto, preto e espetado perguntou em um tom vertiginoso. "Há anos que acompanhamos a música da sua banda. Ótimo show ontem à noite."
A segunda garota acenou com a cabeça, esta com cabelo loiro e mechas rosa. "Foi incrível." As estrelas praticamente explodiram em fogos de artifício nos olhos da garota. Chastity mordeu-lhe a língua para não retrucar, mas não era o papel dela. Tinham essas duas também acreditado que o que ocorreu durante o solo intrumental fora feito especialmente para elas?
Definitivamente não vou pensar nisso agora...
"Oh, vocês estavam lá noite passada?" Cipriano sorriu para elas. Ele conversou com elas e posou para algumas fotos. Chastity supôs que ela poderia ter se oferecido para tirar as fotos para eles, mas ela deixou-os lutar com suas selfies e seus braços curtos, uma vez que ele não poderia tirar com seus braços em torno de ambas as suas cinturas. Claro, isso significava que elas tinham que esmagar seus seios ainda mais contra Cipriano para se encaixar na foto. Ela não estava com ciúmes ou nada do tipo. O que havia para se ter ciume? Era muito rude interromper celebridades quando elas estavam tentando fazer coisas fora do trabalho.
As meninas se afastaram, mas antes que mais alguém tivesse a ideia inteligente de tentar aproximar-se dele, a linha começou a se mover e a segurança do Teatro trouxe mais cordas de veludo para forçar a multidão andando por aí para seguir em frente se eles não tinham ingressos. Não foi dito muito enquanto eles passavam pelo processo de retirada dos canhotos dos ingressos, verificação das bolsas e bolsos e liberação para o saguão.
"Você quer pipoca ou algo assim?" Cipriano perguntou, perto do ouvido dela. Ela saltou, sem perceber que ele tinha chegado tão perto.
Espere... Ele estava perguntando se ela queria concessões? Ele achou que era um encontro improvisado? Ela o encarou, sem saber o que estava tentando encontrar em sua expressão séria. Ele realmente compraria pipoca para ela se ela quisesse. "V-você não tem que encontrar seu lugar?" Bem, aquilo foi sutil.
"Camarote privado, aparentemente." Sua expressão tornou-se cautelosa. "D queria ter certeza de que tínhamos uma boa visão dessa coisa, o que me preocupa." Um sorriso torto cruzou-lhe o rosto e ele acrescentou, "Seu nome foi acrescentado à lista, a propósito. Se você quiser se juntar a nós. "
Chastity ficou boquiaberta. O assento dela ficava no fundo do teatro, na varanda do segundo andar. Ele estava lhe oferecendo um assento muito melhor. Profissionalmente, ela deveria recusar. Ela não queria lhe dar nenhuma ideia sobre o artigo que ela ainda tinha que escrever sobre sua performance na noite anterior, mas uma visão melhor na peça não prejudicaria o artigo nessa tarefa. Ela mordeu o lábio, tentando decidir o que fazer. Erá uma má ideia, mas um assento muito bom. "Hm, eu..."
"Chastity, é você?" um homem gritou atrás dela. Aquela voz. Ela a conheceria em qualquer lugar.
Encolhendo-se, Chastity se virou relutantemente. Ah, não. Não, não, não… Isso não estava acontecendo. Não aqui. Não na frente de Cipriano, ainda por cima. Ele leu-a com tanta precisão na noite anterior, e ela não tinha dúvidas de que ele também desvendaria esta situação. Ela olhou para o rosto sorridente de seu ex quando ele se juntou a eles. Bonito como sempre, seu cabelo preto curto realçava o azul gelo de seus olhos. Ele não tinha uma única mancha ou sarda no rosto. Ela suspeitava que ele fosse um vampiro, o que honestamente explicaria muito sobre o bastardo de coração frio, se fosse verdade.
Antes que ela pudesse responder, Everton olhou entre ela e Cipriano com especulação em seu olhar. Sentindo-se compelida a ser educada, Chastity apresentou os dois entredentes. "Cipriano, este é Everton Elise. Ele é um influenciador de mídia social e agora um ator da Broadway. Eu não sabia que você estava em Atlanta?" Ela esperava que ele nunca saísse de Nova Iorque. Ela tinha se mudado especificamente para fugir de encontrá-lo assim. "Everton, este é Cipriano Agrios de Um Dilema Mítico, a banda." Ela não tinha certeza se era apenas ela, ou se seu tom era um pouco mais áspero do que precisava ser. Everton veria através disso e prosperaria em sua miséria.
"Eu pensei que esses chifres pareciam familiares", disse Everton com um sorriso e apertou a mão de Cipriano. Cipriano ficou em silêncio, mas ela podia sentir o olhar de avaliação que ele tinha sobre ela, mesmo que ela se recusasse a olhar para ele. Seu ex, no entanto, continuou como se sua presença fosse bem-vinda ali. "Vim para ver a abertura de Syrinx. Não sei, no entanto, porque não quiseram abrir na cidade grande. Ouvi dizer que estão tentando levá-la para a Broadway se for bem no sul, por isso estou conferindo para ver se quero que meu agente fique de olho nisso e em qualquer papel específico que possa querer quando vier em meu caminho. Acho intrigante que eles tenham escondido os detalhes e não estejam distribuindo programas até o final da performance para falar sobre os personagens. É tudo um grande mistério." Antes que ela pudesse reagir a esse fato, ele acrescentou: "Você conseguiu assentos de imprensa na parte de trás? Podemos nos sentar juntos. Prometi postar uma avaliação no Instagram por esse ingresso."
Oh, não mesmo. Isso absolutamente não estava acontecendo. Se ela não escapasse de Everton, rápido, ela absolutamente começaria a hiperventilar. Ela não conseguia lidar com isto. Não esta noite. "Estou sentada com Cipriano e a banda dele no camarote." Com isso, ela finalmente olhou para ele para implorar-lhe com os olhos para seguir a deixa.
A única indicação da reação de Cipriano foi a sutil ascensão de suas sobrancelhas, mas ele claramente tinha notado sua angústia. "Sim, e por falar nisso, temos de ir para os nossos lugares antes do espetáculo começar." Seus olhos se arregalaram quando ela percebeu que não podia voltar atrás agora, e ele sorriu. "Muito prazer em conhecê-lo, Revington?" Ele nem sequer olhou para o ex dela.
"Everton."
"Certo. Vamos, querida."
Ela permitiu que Cipriano colocasse o braço em volta de sua cintura e a direcionasse para longe. A mente dela estava cambaleando. Ela não estava preparada para isso. Ela se mudou para Atlanta para que eles não se encontrassem novamente. Portanto, ele não poderia rebaixá-la e controlá-la mais. No entanto, lá estava ele, em sua cidade, em sua peça. Dizendo-lhe como seriam as coisas.
"Você está bem?" Cipriano sussurrou enquanto se aproximava das escadas do camarote e um trabalhador riscou-os de uma lista. Ele removeu o braço à sua volta e ela ficou aliviada e arrependida desse fato. "Você está tremendo."
"Término ruim." Ele não precisava saber mais do que isso. "Não quero falar sobre isso."
"Eu percebi."
Eles entraram no camarote onde um homem loiro falava com alguém de cabelo escuro. O homem loiro ela reconheceu como William, o baterista da banda. A beleza dele a tinha pego desprevenida na noite anterior quando o vira sem sua maquiagem de troll para a entrevista - maquiagem que ele não estava usando hoje a noite. Os olhos dela estreitaram-se nos chifres de Cipriano.
O outro cara ela nunca tinha visto antes. Ele se virou quando eles se aproximaram e o brilho de seus olhos verdes a fez vacilar e tropeçar. Cipriano a manteve firme. "Você ja conheceu William," ele disse "mas este é meu bom amigo P-Peter."
Ela olhou para Ciprian com curiosidade em sua gagueira, mas ele não disse mais nada. Peter estendeu a mão e também lançou um olhar questionador para Cipriano. Para Chastity, ele sorriu calorosamente quando ela apertou sua mão. "Prazer em te conhecer...?"
"Chastity Michaels. Sou repórter do Atlanta Arts Journal. Estou escrevendo artigos e avaliando ambos Um Dilema Mítico e Syrinx esta semana. Cipriano esbarrou em mim e me convidou para ver melhor a peça." Ela estava começando a se sentir à vontade agora que estava trabalhando e Everton estava completamente fora de sua vista.
"É mesmo?" Peter disse, e havia um subtom lá que disse-a que talvez ela não fosse tão bem-vinda no camarote como Cipriano a levou a acreditar antes. William não disse nada, apenas olhou de um para o outro e encolheu os ombros quando ela encontrou seu olhar. "Uma palavra, Cipriano." Peter passou por eles e saiu para o corredor. Ele suspirou e deu a ela um olhar de desculpas, então seguiu seu amigo para fora do camarote.
"Não se preocupe com eles", disse William quando ele tomou o seu lugar. Chastity tirou o casaco e o pendurou nas costas da cadeira antes de se sentar ao lado dele. Haviam apenas quatro lugares em uma fila, e enquanto era uma visão mais próxima do palco, se algo acontecesse na parte inferior direita do palco, ela teria que se levantar para vê-lo. "Peter é uma pessoa privada. Cipriano não lhe disse que ia trazer uma repórter quando ele desapareceu mais cedo. Ele é um cara legal, mas gosta ficar entre os conhecidos... Entende?"
Chastity podia entender aquilo. Ser pego desprevenido era desconcertante na melhor das hipóteses, traumatizante na pior. Ela não sabia como ela teria reagido se Cipriano não estivesse aqui esta noite para salvá-la de Everton. Ela teria ficado e feito o seu trabalho, ou teria fugido? Incomodava-a não ter certeza da resposta para isso. Incomodava-a muito. "Obrigada."
Seus nervos estavam finalmente calmos quando os homens retornaram aos seus lugares—Cipriano ao lado dela e Peter do outro lado dele—e as luzes começaram a diminuir.

Cipriano voltou para o camarote e prendeu a respiração. Tudo o que ele via de Chastity eram os seus ombros nus e o seu cabelo loiro pálido solto pelas costas. Ela havia tirado o casaco e seu vestido de noite preto tinha mangas de renda que pendiam dos ombros. Ela parecia tão elegante e majestosa. Até os seus delicados óculos-dourados lhe pareciam majestosos. Quando abotoado, seu casaco a cobria até as coxas, então, exceto a bainha logo abaixo dos joelhos e seus sapatos pretos combinados com meia-calça, ele não tinha ideia do que esperar. A diferença entre o que ela usou em seu show e o que ela vestiu esta noite mostrou a ele como ela estava muito mais à vontade aqui em sua zona de conforto, e ele estava feliz por poder passar esta noite com ela - mesmo que a peça fosse perturbar ele, e ele tinha certeza que iria.
"Não vai entrar?" Pan sussurrou atrás dele. O Deus da Natureza usava o nome Peter em público com aqueles que não o conheciam. Cipriano pigarreou e se dirigiu para seu assento ao lado de Chastity, não querendo encontrar o olhar de seu amigo após a punição que ele recebeu sobre "confraternização imprudente, considerando a seriedade das implicações" em torno do título e criador da peça. Pan estava certo, é claro, mas Cipriano não parecia se importar. Um de seus amigos mais próximos aparentemente traiu sua confiança de uma forma muito pública e cruel, e a única coisa que ele conseguia pensar para amenizar essa traição era estar perto da mulher que estava sentado ao lado. Depois de conhecer seu ex-namorado no andar de baixo, muito do mistério ao redor dela parecia mais claro. Ela tinha sido magoada no passado, como ele corretamente supôs, e por aquele idiota pretensioso. Pan teria que superar isso. Ela ficaria no camarote esta noite, e ponto final.
Cipriano olhou para as mãos dela, agarradas com força em seu colo. A renda dos ombros do vestido era uma sobreposição e cintilava com fios de ouro entrelaçados em toda a vestimenta. Aquelas convincentes mangas fora dos ombros se conectavam ao decote, que atravessava o topo do peito dela e deixava apenas uma sugestão mínima de decote. Ele rapidamente levantou o olhar, mas ela não estava olhando para ele e não o pegou encarando. Ela era tão bonita, e ele não tinha certeza se ela realmente sabia disso. O que quer que aquele idiota lá em baixo tivesse feito, tinha a forçado a refugiar-se em si mesma e esconder-se atrás de barreiras auto-construídas.
Naquele momento, ele decidiu que iria destruir aquelas paredes que ela construiu e trazê-la de volta. Mesmo que ele não pudesse ficar com ela. Mesmo que ela concluísse rapidamente que merecia muito mais do que ele e partisse seu coração.
Cipriano pestanejou. Ele não estava envolvido o suficiente para ter um coração partido, e ele teria que continuar assim. Tão perdido em seus próprios pensamentos, a música soou do poço da orquestra, e ele se encolheu em estado de alerta quando as cortinas se abriram e revelaram um cenário que lembrava uma clareira na floresta. Montanhas pintadas ao fundo trouxaram a cena para um alivio total. Grécia. Um elevado de pedra estava no centro do palco, e ele fez uma careta quando viu a fantasia. Embora o nome da peça dissesse tudo o que era necessário, e a traição enviou calor através de seu sangue pela segunda vez desde que a descobriu. Era pior agora com a confirmação.
Daryl estava contando a história de Cipriano, de como ele se tornou um sátiro, mas mais do que isso. Era a história do Pan. A do Satiroi. Um segredo que Daryl havia sido confiado e estava compartilhando sem permissão. Doeu mais do que deveria. Ele esperava que talvez ele estivesse errado, e a peça pudesse ser a versão mítica de Syrinx ao invés, mais alinhada com a forma como os humanos a conheciam. Mas não, quando um ator que representava Dioniso subiu no estrado e começou a falar, os dedos de Cipriano cravaram-se nos braços da cadeira.
Com todas as coisas estranhas acontecendo ultimamente, especificamente na base do Monte Olimpo na Grécia... Os humanos começaram a suspeitar. Isso só lhes daria um motivo para observá-lo de perto, e assim que ele vacilasse... A banda estava acabada, ou pelo menos o tempo de Cipriano nela estava.
Daryl teria o seu desejo, mas ele não iria lucrar com esta peça por muito tempo. Cipriano teria certeza disso.
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