Kitabı oku: «Eu Sou Seu Bicho Papão», sayfa 2

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Capítulo 2


Em algumas manhãs, Phoebe Smalls Napier achava realmente difícil organizar as crianças para que saíssem de casa em segurança a tempo de seu turno na Mackie's.

Quando Phoebe e Billy se casaram, Billy tentou convencer Phoebe a deixar o emprego de operadora de caixa. Como xerife, Billy ganhava dinheiro suficiente para manter a família alimentada, vestida e com uma casa para morar. Sua criação de Boston Terriers também era uma renda extra... mais do que suficiente para sustentar a família.

Phoebe se recusou a deixar o emprego. Ela explicou a Billy os reais motivos, para que ele não pensasse que se tratava de dinheiro.

— Bill, o trabalho me mantém sã e sóbria. Se eu não tivesse esse emprego, o que eu faria nos dias em que você estivesse no trabalho e as crianças na escola? Eu teria intermináveis horas vazias para preencher... e um alcoólatra em recuperação não precisa de tempo para ficar sozinho com seus pensamentos. Geralmente, é o que os faz voltar a beber.

Ela abraçou o marido e continuou:

— Então, ao invés de dar chance à tentação, vou trabalhar na Mackie's. Isso vai me manter com os pés no chão, e eu estarei logo ali na cidade se você precisar de mim.

Billy, descontente, concordou.

Mas ele também conversou com Martin Mackie, neto do fundador da loja, e pediu que ele mantivesse Phoebe livre nos fins de semana e apenas com escalas diurnas. Martin concordou, e assim todos ficaram felizes.

A menos que as coisas virassem uma completa confusão em uma manhã de dia de semana. Quando isso acontecia, ninguém ficava feliz.

— Pam! Larga esse telefone e me ajude com os pequenos!

Phoebe estava tentando fritar alguns ovos para Mary.

Pamela, a mais velha de Phoebe, estava no último ano do ensino médio. Seu cabelo era castanho com mechas loiras. Seus olhos eram azuis, quase como gelo. Seus lábios não eram muito grossos, mas não chegavam a ser finos. Ela era uma jovem muito bonita aos dezoito anos, e sua semelhança à sua irmã Mary era impressionante. Quase como se Mary fosse uma mini Pamela. Muitas pessoas comentavam isso.

Mary era a segunda mais velha, com treze anos.

Catherine, a terceira mais nova, lembrava Phoebe e as meninas mais velhas, mas algumas diferenças na aparência denunciavam que Catherine tinha outro pai. Ela tinha dez anos.

Derek, o caçula de oito anos, tinha uma ligeira semelhança com sua mãe e com sua irmã Catherine.

O homem que os dois filhos mais novos chamavam de "papai" era um ex-namorado de Phoebe, um viciado em drogas chamado John Clark. John estava em um laboratório de metanfetamina do outro lado da cidade e experimentou um pouco do produto que ele e seu irmão inútil haviam recém preparado. A droga estava muito forte, e os dois irmãos morreram quase instantaneamente por overdose.

Ao menos foi o que disseram. Billy não conduzira esta investigação. Ele estava de férias na época e as mortes ficaram sob jurisdição da polícia do município. Isso significava que Godfrey Malcolm estava no comando.

Isso também significava que as mortes poderiam ter sido qualquer coisa.

As duas meninas mais velhas não sabiam quem eram seus pais.

Phoebe também não.

Quando as duas filhas mais velhas foram concebidas, Phoebe estava desmaiada por beber demais... ou tomar muitos analgésicos... algo assim. O fato é que não conseguia se lembrar, e isso provavelmente não faria diferença. Pam fora concebida durante o último ano de Phoebe no ensino médio. Apesar das brigas diárias com a mãe, Phoebe vencera e manteve o bebê.

Cinco anos depois, veio Mary.

As duas vieram de situações idênticas. Embora as meninas tivessem nascido com cinco anos de diferença, seus aniversários se separavam por apenas alguns dias.

E Mary possuía magia.

Quando Mary estava com Carol Grace Montgomery, emanava uma magia poderosa.

Já Pam não possuía poderes. Pelo menos até onde Phoebe sabia.

Às vezes, ao pensar sobre isso, Phoebe lembrava que as duas concepções eram muito parecidas entre si, mas com intervalo de cinco anos... como se Mary fosse uma segunda versão de Pam. Uma nova tentativa.

Mas, se isso fosse verdade, isso significaria que alguém... algo... havia estuprado Phoebe duas vezes para tentar produzir uma criança com poderes mágicos.

Isso significaria que Phoebe fora escolhida, por algum motivo, para carregar uma filha da magia.

E isso a assustava até o âmago.

Mas, nesta manhã, seu medo era duplo. Um deles era colocar as quatro crianças no ônibus escolar a tempo.

O outro era o Maníaco de Sardis.

Billy não tinha contado muito a Phoebe sobre os assassinatos. Ela sabia que ele não queria preocupá-la.

Outras pessoas, no entanto, falavam, e a fofoca corria solta em cidades pequenas. Phoebe trabalhava no Centro Oficial de Fofocas do município. Seu cargo como caixa na Mackie's lhe permitia ouvir todo tipo de coisa.

Alguns diziam que o assassino era o velho Ricky Jackson, o homem que estava desaparecido há algum tempo e cuja casa havia queimado. Outros diziam que pensavam ser Margo Sardis, o que Phoebe sabia de fato que não era verdade. E alguns sussurravam que poderia ser obra de demônios, e Phoebe achava que essa poderia realmente ser uma possibilidade.

Quem ou o que quer que fosse o assassino, Phoebe estava assustada. Ela estava com medo por seus filhos, por Billy e Alan e por todos que viviam no Condado de Sardis.

— Mãe, eu tenho que trabalhar esta noite. Das cinco às nove.

Pam trabalhava em uma loja enorme que era franquia de uma multinacional, mas que não podia contar ninguém no Condado de Sardis como cliente. Ou melhor, ninguém do Condado de Sardis. Visitantes no município costumavam fazer compras lá, principalmente porque estavam acostumados a comprar coisas de lojas cujos nomes terminavam com "Mart". Mesmo que a grande franquia oferecesse descontos em tudo, vendendo de mantimentos a ferramentas e pneus muito abaixo dos concorrentes locais, eles não conseguiram atrair os moradores para a loja. As pessoas que trabalhavam lá tiravam bastante poeira e empurravam coisas de um lado para o outro. Ninguém se incomodava ao trabalhar lá — eles ficariam felizes em receber dinheiro para nada — e ninguém devolvia o dinheiro.

— Vou dizer a Billy para buscá-la às nove — disse Phoebe, colocando os ovos de Mary em um prato.

— Posso pedir a Jeff que me traga para casa.

— Vou me sentir melhor se Billy for te buscar, querida. Não tenho nada contra o Jeff, mas até Billy pegar esse assassino, quero que venha com ele.

Phoebe olhou para a filha mais velha.

— Faça as vontades dessa velha senhora, tá bom?

Pam sorriu.

— Tudo bem, mãe. Diga a Billy que estarei na porta da frente às nove.

Mary colocou uma grande colherada de ovo na boca e disse:

— E não se esqueça de que vou à casa de Carol Grace esta tarde depois da escola. Tia Margo tem mais lições para nós.

— Não fale com a boca cheia, Mary. Me ligue quando chegarem lá, ouviu? E diga a Kate que combinaremos algo para este fim de semana.

— Sim, Senhora.

— Mamãe? — disse Derek.

— Sim, bebê?

— Catherine e eu vamos à casa da Vovó novamente depois da escola?

— Sim, garotão, vocês vão.

Pam cutucou os dois pequenos, que tinham acabado de comer.

— Vamos, seus pirralhos! Vamos para fora esperar o ônibus.

Mary enfiou a última colherada de seus ovos na boca e disse:

— Ei! Esperem!

— Se cuidem! — gritou Phoebe — Amo vocês! Não fale com a boca cheia, Mary!

Phoebe percebeu então que estava conversando com uma porta fechada. As crianças já haviam saído.

Um sentimento de pavor fez cócegas no fundo de sua mente enquanto ela fritava um ovo para seu próprio café da manhã. Ela comeu em silêncio. Quando terminou, colocou o prato na pia, pegou a bolsa, suas chaves e foi trabalhar.

***


ENQUANTO ALAN DIRIGIA pela estrada a caminho da Escola Técnica Nathaniel Sardis, passou pelo que parecia ser um enorme canteiro de obras. Equipamentos de transporte de terra, escavadeiras, guindastes, caminhões basculantes e homens com capacetes de segurança estavam espalhados pelo local de vinte acres. Parecia que eles estavam cavando um buraco enorme no chão, ou já o haviam concluído. Ao passar pelo local, não conseguiu decidir se haviam ou não terminado.

Interessante. Isto é novidade. Eu passei aqui há três dias e não havia nada além de um campo. Me pergunto o que isso vai ser...

Ele fez uma anotação mental para perguntar a Billy mais tarde. Talvez o xerife soubesse algo a respeito.

Fosse o que fosse, parecia ocupar uma enorme porção do campo que lá estivera. E, por causa das árvores ao longo da estrada, o local de trabalho era visível apenas em uma pequena área ao longo da estrada, a qual era usada como acesso de veículos ao campo.

Ao continuar seu caminho, Alan voltou a pensar nos assassinatos.

Precisamos pegar este cara. Espero que não seja um ataque pessoal a nenhum de nós desta vez. Não quero reviver a noite em que Moses Turley invadiu a casa da fazenda. Não sei qual poder as garotas possuem ou se é o poder que as possui, mas não quero me arriscar a desencadeá-lo novamente.

***


CLIFF ANDERSON ABRIA seu escritório imobiliário prontamente às oito horas da manhã e hoje não era exceção.

Cliff possuía e administrava a Anderson Imóveis e Leilões (A MELHOR do Condado, gritava a placa acima da porta) e comandava uma equipe de dez funcionários. Com exceção de sua secretária, nenhum outro empregado chegava antes das nove. Cliff aproveitava o tempo sozinho pela manhã e gostava de lidar pessoalmente com os clientes ansiosos que às vezes chegavam bem cedo.

Arlene Looper, secretária de Cliff, trabalhava para ele há quinze anos. Ela era muito boa em seu trabalho. Chegava um pouco antes das oito da manhã para fazer café e preparar seu dia.

Cliff ficava de olho nas pernas de Arlene. Eram belas pernas, e ele sonhava em um dia vê-las em volta de sua cintura. Ocasionalmente, ele lançava um olhar para os peitos de Arlene, apenas para se certificar de que eles se mantinham da maneira que os peitos de uma mulher linda deveriam se manter, mas as pernas em volta da cintura comandavam a maior parte de seus devaneios. Ele sonhara acordado com isso todos os dias em que Arlene trabalhou para ele. Só uma coisa o impedia de perseguir esse sonho, e não era o medo de assédio sexual ou uma acusação de comportamento inadequado no local de trabalho.

Arlene morava em Londres, a cidade mais ao sul do Condado de Sardis.

Cliff tinha um medo mortal de Londres.

Nada que ele realmente pudesse identificar. Algo naquela cidade de fim de mundo o fazia borrar as calças. Ele podia sentir a respiração acelerar quando se aproximava do pequeno município, e arrepios saltitavam em sua pele. Uma vez que ele passasse pela placa que anunciava os limites da cidade, seus pelos eriçavam e ele começava a suar profusamente, um suor nervoso e fedorento. Cliff um dia decidiu que nunca mais iria voluntariamente a Londres, por motivo nenhum. Quaisquer negócios imobiliários em Londres agora eram delegados a um de seus funcionários.

O pensamento de ir a Londres buscar Arlene para um encontro, ou levá-la para casa depois, não era um pensamento divertido na cabeça de Cliff.

Se Arlene tinha ideia da maneira como Cliff a desejava, não dava nenhum sinal.

Mas...

Às vezes, quando Cliff não estava olhando, Arlene olhava para ele. Ela abria um largo sorriso, como se estivesse se divertindo... ou olhando para uma presa.

Então um brilho amarelado parecia atravessar suas íris... um brilho amarelado quase selvagem.

Mas naquela manhã, antes que Cliff se sentasse em sua mesa para iniciar o ritual diário de observação do andar quase furtivo de Arlene, o sino sobre a porta da frente tocou e um cliente apareceu.

A cliente era uma mulher bela e de baixa estatura, com cabelos loiros e um leve toque de sardas através do dorso do nariz.

Cliff se afastou da cafeteira com um sorriso no rosto e atravessou o escritório em encontro à mulher.

— Bom dia! Meu nome é Cliff Anderson. O que posso fazer por você esta manhã?

Cliff esperava que a jovem perguntasse sobre aluguel de apartamentos, ou talvez uma casa barata que pudesse ser alugada por algumas semanas. Ele nunca a tinha visto antes e, por causa disso, achava que devia ser uma funcionária da loja multinacional.

Quando ela lhe disse o que estava procurando, a curiosidade de Cliff despertou.

— Olá. Estou procurando uma fazenda. Ela precisa ter no mínimo cem acres de pasto, uma grande casa e celeiro. Trarei, muito em breve, gado de Carson City, Nevada, e preciso de um lar para eles. Pagarei em dinheiro, se isso ajudar a acelerar o processo.

Em nome de sua credibilidade, Cliff segurou seu queixo para que não caísse até o peito.

***


— AH, ISSO É ruim — disse Alan. Ele tentava manter o café da manhã no estômago enquanto olhava a cena do crime.

Billy assentiu.

— Você já viu algo ruim assim na cidade grande?

Alan pensou por um minuto. Então, assentiu.

— Uma vez. Ajudei a limpar uma casa de fazenda usada por Esteban Fernandez. Tinha sido queimada, mas havia dois caras da DENARC mortos no porão. Eles tinham virado picadinho. Atribuímos a autoria a Fernandez, mas os federais silenciaram tudo. A cena era com certeza tão feia quanto essa.

Nada fora removido. Billy queria que Alan visse a coisa toda na vida real, não em fotos. Billy pensou que ele poderia ver algo que todos tinham deixado passar batido.

Alan respirou fundo três vezes para se acalmar e então começou a estudar minuciosamente a cena. Metodicamente, ele examinava cada detalhe antes de seguir em frente. Quando decidiu que estava pronto, colocou chinelos de papel sobre os sapatos para não contaminar nenhuma evidência microscópica. Gradualmente, foi em direção aos restos da jovem. Estudou a colocação de cada órgão. Estudou a forma de coração de namorados feita com o intestino dela. Interrompeu a caminhada, analisando cuidadosamente. Ele voltou-se para Billy.

— Não há lesões no intestino. Percebeu isso?

Billy balançou a cabeça.

— Não.

— Olha — Alan apontou para uma parte do intestino — Aqui é onde o intestino delgado foi desconectado do estômago — Então apontou para a parte do intestino que repousava ao lado da parte anterior — E esta é a parte que foi desconectada do intestino grosso.

Alan olhou para o médico legista.

— Estou certo?

O legista concordou.

— Então, não houve rasgo. Nem separação. Nem torção.

Billy ficou confuso.

— E daí?

Alan olhou para ele.

— Isso significa que quem fez isso retirou os intestinos aos poucos enquanto moldava o coração. Os intestinos não estavam emaranhados, nem rasgados ou cortados. Isso demanda muita concentração ou então muita sorte. E levou tempo. As duas metades do coração são idênticas. Não são nem um pouco desiguais. Deve ser muito complicado conseguir isso numa situação dessas.

— O que você acha do padrão dos órgãos?

Alan os estudou por algum tempo. Ele balançou a cabeça.

— Não faço idéia, Billy.

— Ok, quem diabos decidiu não me chamar para um maldito caso de assassinato? — bradou da porta uma voz.

Billy e Alan se viraram para ver o recém-chegado.

Era Godfrey Malcolm, o delegado da Polícia Municipal de Perry.

Billy estendeu a mão.

— Pare, seu idiota! Se for entrar aqui, coloque os calçados de papel!

— Por que diabos? — berrou Malcolm.

— Para você não contaminar a cena do crime! Como conseguiu esse emprego, afinal? Chupou alguns membros da Câmara?

Malcolm fuzilou o xerife com o olhar, mas sem dizer nada. Seus olhos estavam injetados e seu nariz estava vermelho vivo por causa da bebedeira contínua.

Finalmente, Malcolm apoiou-se bêbado na moldura da porta, mal conseguindo se equilibrar enquanto colocava um par de chinelos de papel e entrava na sala.

Quando o delegado de polícia viu o que havia sido feito, vomitou por todo o chão.




Capítulo 3


— Você acha que isso finalmente fará com que a Câmara Municipal de Perry o demita? — perguntou Alan, sentado no escritório de Billy.

— Com certeza espero que sim!

Quando Malcolm vomitou na cena do crime, Billy prendeu o delegado de polícia por embriaguez pública. Ele havia submetido o policial a todo o processo de prisão, incluindo inspeção de orifícios... para o caso de Malcolm ter algum contrabando, é claro.

Malcolm, por sua vez, percebeu que havia estragado uma cena de assassinato e estava arrependido... até a inspeção de orifícios começar.

— Ninguém vai enfiar nada na minha bunda! — rugiu Malcolm.

Vários policiais contiveram o delegado de polícia, e o carcereiro conduziu o exame conforme as instruções e com bruto entusiasmo.

O xerife então ordenou que Malcolm fosse colocado em uma cela particular.

Billy disse a ele:

— Fique contente por eu colocar você em uma cela particular, e não na ala geral! Agora cale a boca e deite na cama!

Godfrey Malcolm, manso e submisso, sentou-se na cama da cela.

— Quanto tempo você planeja deixá-lo lá, Billy?

Alan sorria.

— Dez anos!

Billy estava com raiva.

Alan riu alto.

Billy olhou para o velho amigo e começou a rir também.

— Ah, merda, provavelmente apenas vinte e quatro horas. Mas eu prestarei queixa. O nível de álcool no sangue era de zero ponto doze, e isso é considerado estar bêbado em qualquer estado.

***


— KATIE, QUERO QUE VOCÊ e eu tentemos entrar em contato com algumas... outras inteligências. Precisamos descobrir se esse assassino é sobrenatural ou humano.

Margo Sardis estava sentada à mesa da cozinha de Kate. Sua bengala com detalhes em prata estava plantada firmemente entre as pernas amplas, suas mãos enrugadas descansavam sobre o pegador. Katie mexia no forno, colocando para assar um bolo de morango. Ela olhou para a tia.

Margo Sardis era tia-bisavó de Katie Ballantine Blake. A irmã de Margo tinha sido bisavó de Katie, o que fazia de Katie uma Sardis... e uma bruxa, assim como a filha de Katie, Carol Grace. Katie havia descoberto recentemente esse fato, e Margo ficou encantada por finalmente compartilhar seu conhecimento com membros da família, que colocariam a magia em bom uso.

— Bruxas não são boas nem más — Margo disse uma vez — Eu tenho um certo relacionamento com Deus, e com seu inimigo também. Sou simplesmente... uma bruxa. Nem mais, nem menos. Katie, as bruxas são definidas por suas personalidades... assim como todo mundo.

Quando disse que precisava entrar em contato com outras "inteligências", Katie não tinha certeza se Margo se referia a boas inteligências... ou más.

— Que outras inteligências, Tia?

A boca de Margo se tornou uma linha sombria.

— Ambas.

Katie virou-se para Margo.

— Tem certeza?

Margo assentiu.

— E talvez precisemos... questioná-los.

Katie parecia alarmada.

— Tem certeza de que deveríamos?

— Somente se for necessário. Não quero acordar essa coisa em particular sem necessidade. Mas continua sendo uma possibilidade, Katie.

Margo balançou a cabeça em desgosto.

— Se eu não tivesse dado a Ricky Jackson o que ele pediu... e sim o que eu sabia que ele queria... Aquela porta para o Inferno nunca teria sido aberta!

Katie foi até a mesa, sentou-se e colocou uma caneca de café na frente de cada uma delas.

— Você não me disse que as coisas do Inferno costumam vir ao nosso plano de existência o tempo todo? Eles não teriam chegado aqui de qualquer maneira?

Margo balançou a cabeça.

— Sim, elas costumam, doce sobrinha. Mas não em tal quantidade! Ainda não acredito que deixei o orgulho me cegar dessa maneira!

Katie deu um tapinha na mão da idosa.

— Águas passadas, Tia. Não podemos fazer nada a respeito agora.

Margo murmurou:

— É, acho que não.

As duas mulheres ficaram em silêncio por alguns momentos, bebendo seu café.

Com uma voz baixa e ansiosa, Katie perguntou:

— O que eu preciso para o feitiço de chamar outras inteligências, Tia?

Margo sorriu e contou a ela.

***


O TURNO DE PHOEBE NA Mackie's começara havia uma hora.

Os clientes eram poucos e dispersos nesta manhã de dia útil. As coisas acelerariam mais tarde, mas Phoebe aproveitou esse tempo para espanar as caixas registradoras, estocar as sacolas e colocar novos estoques para compras por impulso nas prateleiras próximas às filas do caixa.

Phoebe estava tão absorta em seus pensamentos enquanto estocava as prateleiras de doces e impulsos, que um cliente precisou pigarrear alto para chamar sua atenção.

Assustada, Phoebe se virou e viu Tom Selleck parado na fila do seu caixa. Ou melhor, um Tom Selleck jovem .

— Ah, eu sinto muito! Eu estava perdida em meus pensamentos e não te vi! — disse Phoebe, enquanto corria para o caixa.

O homem abriu um grande sorriso que clareou o ambiente como uma lâmpada de 100 Watts, pelo brilho de seus dentes brancos. Phoebe até pensou ter realmente visto um brilho de luz refletido neles.

— Sem problemas. Não tenho pressa alguma.

Phoebe começou a passar as compras.

— Nunca te vi por aqui. Está só de passagem?

O homem sorriu.

— Não, planejo ficar por um tempo. Na verdade, estou procurando uma casa com um preço justo para comprar.

Phoebe, ainda passando as comprar, disse:

— Ah, não posso ajudá-lo com isso. Mas temos uma imobiliária na cidade, a Anderson Imóveis. Fica alguns quarteirões a leste da Praça do Fórum.

O homem assentiu.

— Obrigado. Talvez um dos meus funcionários já esteja lá.

Phoebe verificou os números exibidos em azul na tela.

— Cinquenta e sete dólares e trinta e dois centavos, senhor.

O homem deu a ela três notas de vinte e Phoebe contou o troco. Ao entregá-lo ao homem, ela disse:

— Obrigado, senhor. Volte sempre à Mackie's!

— Com certeza voltarei. Muito obrigado novamente!

O homem pegou suas sacolas com uma mão e acenou com a outra.

Phoebe se pegou imaginando quem seria aquele homem.

***


— VOCÊ TROUXE?

Mary Smalls estava quase pulando de emoção.

Carol Grace Montgomery, que logo será Carol Grace Blake, assentiu.

— Eu trouxe.

— Aaaaa, deixa eu ver!

As meninas estavam em um intervalo entre aulas no Colégio de Perry. Ambas eram calouras da nona série e ambas tinham treze anos.

— Eu não sei. Talvez devêssemos esperar até o almoço.

— Ah, pelo amor de Deus, Carol Grace!

Mary estava quase esmagando as mãos de tanta emoção.

Carol Grace pareceu considerar até que, finalmente, deu de ombros.

— Por que não? Provavelmente nem funciona mesmo.

A adolescente enfiou a mão na mochila. Quando ela retirou a mão, segurava um pequeno graveto com as dimensões aproximadas de uma baqueta. No entanto, parecia mais uma longa cavilha de madeira que uma baqueta, pois as duas extremidades eram retas.

Mary olhou para o graveto, quase com decepção.

— É isso aí?

Carol Grace assentiu.

— Essa é a varinha que a Tia Margo lhe deu?

— É sim.

— Posso segurar?

Carol Grace entregou a varinha para Mary.

Os olhos de Mary se arregalaram quando sentiu um forte formigamento correr por sua mão e braço.

— Uau! Essa coisa é forte, né?

— É sim. Me assustei na primeira vez que a segurei, mas Tia Margo disse que ela reage à magia dentro de cada um. Ela disse que é quase como um choque elétrico.

Mary assentiu vigorosamente.

— Foi o que imaginei no começo! Parecia que eu tinha agarrado uma cerca elétrica!

Ela examinou a varinha em todos os ângulos. Então olhou para Carol Grace.

— E agora? O que a gente faz com isso?

Carol Grace lançou um olhar exasperado para a amiga.

— Nada! Credo, Mary, você vai nos causar problemas!

Mary abriu um sorriso malicioso.

— Não precisaríamos fazer nada grande... apenas alguma coisinha para ver se funciona.

Carol Grace balançou a cabeça.

— Não, Mary, lembra o que aconteceu da última vez que usei magia na escola?

— Sim, mas na época você nem sabia que tinha poderes.

— Não importa. Eu me senti mal depois, e me sentirei mal contrariando a Tia Margo.

Mary cruzou os braços, ainda segurando a varinha. Ao fazê-lo, enviou um desejo ao longo da varinha, despercebido por Carol Grace. Em voz alta, Mary disse:

— Você é irritante, Carol Grace!

Ela descruzou os braços e devolveu a varinha. Carol Grace colocou a varinha de volta na mochila.

— Eu sei - é para isso que fui feita, eu acho.

Gostaria de saber se, com meu desejo, dei a Pam algum poder, Mary pensou.

As meninas foram para a aula, conversando durante todo o percurso.

***


BILLY E ALAN TINHAM acabado de se sentar em uma cabine na Lanchonete da Ethel. Billy ergueu os olhos e acenou para William Lewis, o agente literário que morava em Perry.

O homem parece assombrado, pensou Billy. Como se não houvesse amanhã.

Ethel Hess, a dona da lanchonete, era uma mulher alegre e muito enrugada, na casa dos setenta anos. Ela ainda podia, no entanto, atender a uma série de mesas mais rápido do que alguém cinquenta anos mais jovem, e veio até a mesa deles. De sua bandeja, ela colocou um copo de água gelada e um guardanapo enrolado com talheres na frente de cada um dos homens.

— Oi, Ethel! — disse Billy — Você se lembra deste policial aqui, não?

Ethel ajeitou os óculos para poder ver Alan melhor. — Hmmm... você não era o capitão quando Billy jogava futebol americano?

Alan sorriu.

— Sim, senhora.

Ethel sorriu e apontou para Alan.

— Você é Alan Blake. Você costumava vir aqui às vezes com uma garota... não lembro o nome dela. Mas você se casou com Katie Ballantine, não? Da Fazenda Junior?

Alan assentiu.

— Ela é uma boa mulher, Alan. Você deve ser um bom homem para ter conquistado o coração dela.

— Tento ser, senhora.

Ethel sorriu.

— O que os cavalheiros vão querer hoje?

Pediram hambúrgueres e batatas fritas, e Ethel levou o pedido para a cozinha.

— Billy, eu vou ser honesto. Esses assassinatos me assustam. Demais.

Billy respirou fundo.

— A mim também, Alan — tomou um gole de água — mas não podemos deixar ninguém saber que estamos com medo.

A porta do restaurante se abriu e Billy olhou para o recém-chegado. Era um jovem de terno, seus olhos varreram brevemente o ambiente. Billy teve a impressão de que o jovem não deixara escapar o mínimo detalhe.

De repente, uma ideia surgiu na cabeça de Billy.

— Alan, por que você acha que os federais estariam em Perry?

O homem de terno se aproximou deles.

— Federais? — perguntou Alan — Aqui?

O homem chegou à mesa deles e olhou para Billy.

— Xerife Napier?

— É assim que me chamam.

O homem enfiou a mão no bolso do paletó e tirou uma pequena carteira de couro. Ele abriu e exibiu suas credenciais.

— Eu sou Tory Masterson. Estou com o FBI.

Alan ergueu as sobrancelhas para Billy.

Billy estendeu a mão e Tory a segurou. Eles apertaram as mãos.

— Prazer em conhecê-lo, Agente Masterson. Estamos prestes a almoçar... você se juntaria a nós?

Tory sorriu.

— Não, obrigado, Xerife, vim aqui encontrar algumas pessoas para o almoço. Só queria me apresentar a você. Fui designado para o Condado de Sardis.

Billy deixou sua surpresa aparecer, quando um calafrio repentino desceu por seu ombro.

— Designado? Você quer dizer que o Condado de Sardis é um alvo constante dos criminosos?

Tory riu.

— Não, nada disso! Na verdade, sou uma conexão do governo, mas fico feliz em lhe oferecer minha assistência, conforme minha agenda permitir.

Ele entregou um cartão para Billy.

— Este é o meu número de telefone celular. O outro número é para o escritório do FBI na cidade. Eles podem me enviar uma mensagem, se eu não atender meu celular.

Billy olhou para o cartão e o enfiou no bolso da camisa.

— Obrigado.

— Oh, de nada, Xerife.

A porta da lanchonete se abriu e outras três pessoas entraram. Um jovem que se assemelhava a um jovem Tom Selleck, uma loira bonita com uma pitada de sardas no dorso do nariz e uma mulher com aparência de caxias na casa dos trinta anos. O homem que parecia Tom Selleck viu Tory, deu um sorriso de 100 Watts, e acenou. Tory acenou de volta.

— Ali estão as pessoas com quem combinei de almoçar. Por favor, com licença, senhores — disse Tory.

— Claro — disse Billy.

Tory apertou as mãos de Alan e de Billy, e foi até o grupo.

— Conhece algum deles, Alan?

Alan os estudou. Tom Selleck parecia familiar, e a loira bonita também, mas os nomes lhe escaparam, e foi exatamente isso que disse a Billy.

— Será que algum deles tem alguma coisa a ver com os assassinatos?

Alan estudou o grupo novamente. Finalmente, ele balançou a cabeça.

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Yaş sınırı:
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Litres'teki yayın tarihi:
07 nisan 2020
Hacim:
132 s. 5 illüstrasyon
ISBN:
9788835403562
Telif hakkı:
Tektime S.r.l.s.
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