Kitabı oku: «O descobrimento do Brasil por Pedro Alvares Cabral», sayfa 2
DEMONSTRAÇÃO NEGATIVA
I. —Que os navios da expedição foram arrastados para oeste pela acção forçada e insuperavel do meio em que navegavam.
Esta hypothese desdobra-se em duas outras:
1.ª Que os navios da expedição foram impellidos para oeste pelas correntes athmosphericas;
2.ª Que os navios da expedição foram arrastados para oeste pelas correntes maritimas.
A 1.ª hypothese é inadmissivel pelos factos e razões seguintes:
a) Não consta da descripção minuciosa d'esta viagem, feita por Pero Vaz Caminha, que ia a bordo, que depois de passadas as Ilhas de Cabo Verde sobreviesse tempestade; facto notavel que não ficaria de certo omittido na carta d'este escriptor se tivesse determinado tão inesperado acontecimento.1
b) Refere Pero de Magalhães de Gandavo, na sua Historia da Provincia de Santa Cruz, que passadas as Ilhas de Cabo Verde, foi o vento prospero até avistarem a costa d'aquella provincia.2
c) Independentemente das informaçôes authenticas d'aquella epocha, sabe-se que as tempestades da costa do Brasil, na estação do anno considerada, sopram do noroeste e do sudoeste, afastando portanto da costa para o largo em sentido contrario ao que seguiu a expedição.3
d) Para o desvio ser causado por temporal e este atirar os navios para o lado da costa, deveria a tempestade provir dos quadrantes de fóra, pelo menos comprehendida entre os rumos de NE e SE, durar alguns dias e apartar os navios; circumstancias estas que não se verificam naquella zona, nem aconteceram á expedição, visto que a frota aportou unida e completa até á costa.4
e) Não se conhece documento nem fundamento, que mencione, ou justifique, ter-se dado uma tempestade, que desviasse a expedição para oeste; mas existem duas cartas de bordo, nas quaes não se refere ter havido temporal; assim como se sabe que as condições meteorologicas d'aquella região, durante a monção do SW, são contrarias á cofirmação de tal caso de força maior; circumstancias e razões estas, todas decisivas, para pôrem de parte e não auctorizarem esta hypothese.5
A 2.ª hypothese menos se pode tambem admittir, em vista dos fundamentos seguintes:
f) Das observações astronomicas feitas em terra pelo bacharel mestre Johan, physico e cirurgião de el-rei, não resultam differenças nas situações calculadas a bordo durante a viagem e estas feitas á chegada, o que deveria succeder se houvesse corrente attendivel, e não deixaria de ser mencionado na carta que elle dirigiu a el-rei, por isso que n'ella se occupa das differenças que ha entre as derrotas estimadas pelos diversos pilotos da expedição, comparadas com a derrota por elle calculada.6
g) O grande circuito maritimo do oceano Atlantico Sul, caminha de leste para oeste ao longo do equador; inflecte para a sudoeste na altura da Ilha de Fernando de Noronha; desvia-se successivamente para o sul de Pernambuco em deante; dirigindo-se depois gradualmente para sueste e leste até ao Cabo da Boa Esperança; e corre além d'isto muito ao largo da costa oriental da America do sul; circumstancias estas que bem demonstram a nenhuma influencia que este circuito pode ter sobre a atterragem dos navios.7
h) A corrente da costa do Brasil, que se destaca d'este grande circuito, corre para SSW parallelamente á terra e a curta distancia d'ella, com pequena velocidade, não tendo acção sobre os navios senão na zona costeira, na qual a existencia da terra já está assignalada muito por fóra.8
«… aly jouuemos toda aquela noute, e aa quimtafeira pola manhãa fezemos vella e segujmos direitos aa terra e os nauios pequenos diante himdo per XVIJ, XVJ, XV, XIIIJ, XIIJ, XIJ, X, e IX braças ataa mea legoa de terra onde todos lamçamos amcoras em direito da boca de huum Rio e chegariamos a esta amcorajem aas X oras pouco mais ou menos…» – Carta (citada) de Pero Vaz Caminha, 1 de maio de 1500.