Kitabı oku: «Antes Que Ele Mate », sayfa 5

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CAPÍTULO NOVE

Mackenzie estava lendo sobre o relatório final sobre Clive Traylor, se perguntando onde ela errou, quando Porter entrou em seu escritório. Ele ainda parecia um pouco desapontado desde de manhã. Mackenzie sabia que ele tinha certeza de que Traylor era o cara, e ele odiava estar errado. Mas seu humor irritável constante era algo com o qual Mackenzie tinha se acostumado há tempos.

"Nancy disse que estava procurando por mim", disse Porter.

"Sim", disse ela. "Eu acho que nós precisamos fazer uma visita ao clube de strip onde Hailey Lizbrook trabalhava."

"Por quê?"

"Para falar com seu chefe."

"Já falei com ele ao telefone", disse Porter.

"Não, você falou com ele ao telefone," Mackenzie enfatizou. "Para um total de cerca de três minutos, eu poderia acrescentar."

Porter balançou a cabeça lentamente. Ele entrou totalmente no escritório, fechando a porta atrás de si. "Olhe", ele disse, "Eu estava errado sobre Traylor esta manhã. E você impressionou pra caramba com aquela queda. Está claro que eu não estou demonstrando respeito bastante. Mas isso ainda não lhe dá o direito de falar comigo como se eu fosse inferior."

"Eu não estou fazendo isso com você", disse Mackenzie. "Eu estou simplesmente apontando que em um caso onde nossas pistas são próximas de zero, precisamos esgotar todas as vias possíveis."

"E você acha que este proprietário de clube de strip pode ser o assassino?"

"Provavelmente não", disse Mackenzie. "Mas eu acho que vale a pena falar com ele para ver se ele pode nos levar à alguma coisa. Além disso, você verificou se o cara tem passagem criminal? "

"Não", disse Porter. A careta em sua face deixou claro que ele odiava admitir isso.

"Ele tem uma história de abuso doméstico. Além disso, há seis anos, ele estava envolvido com um caso em que ele supostamente tinha uma funcionária de dezessete anos de idade. Ela chegou mais tarde, e disse que só conseguiu o trabalho porque fazia favores sexuais para ele. O caso foi descartado, porque a menina era uma fugitiva e ninguém poderia provar a sua idade."

Porter suspirou. "White, você sabe qual foi a última vez que eu pisei em um clube de strip?"

"Eu prefiro não saber", disse Mackenzie. E, por Deus, ela conseguiu um sorriso dele?

"Tem muito tempo", ele disse girando os olhos.

"Bem, é trabalho, não prazer."

Porter riu. “Quando você chega à minha idade, a linha entre os dois, às vezes, borra. Agora vamos. Vamos. Imagino que os clubes de strip não mudaram muito nos últimos trinta anos.”

*

Mackenzie só tinha visto clubes de strip em filmes e, embora ela não tivesse ousado dizer aquilo ao Porter, ela não tinha certeza do que esperar. Quando entraram era apenas um pouco mais de seis horas da tarde. O estacionamento estava começando a encher com homens estressados saindo de seus turnos de trabalho. Alguns desses homens deram à Mackenzie atenção demais, enquanto ela e Porter andavam pelo lobby em direção à área do bar.

Mackenzie pegou o melhor lugar que podia. A iluminação era fraca, como um crepúsculo permanente, e a música era alta. Atualmente, duas mulheres estavam em um palco parecido com uma passarela de moda, dançando em um mastro. Vestindo apenas calcinhas bem pequenas, eles estavam dando o seu melhor para dançar de forma sexy uma música do Rob Zombie.

"Então", disse Mackenzie, enquanto esperavam pelo barman, "mudou?"

"Nada, exceto a música", disse Porter. "Esta música é terrível."

Ela tinha que dar isso a ele; ele não estava olhando para o palco. Porter era um homem casado há vinte e cinco anos. Vendo como ele estava voltado para as fileiras de garrafas de bebidas atrás do bar em vez de olhar as mulheres de topless no palco fez seu respeito por ele subir um ponto. Era difícil ver o Porter como um homem que respeitava a sua esposa de tal forma, ela ficou feliz por estar errada com relação a ele.

O bartender finalmente veio até eles e seu rosto ficou sem energia imediatamente. Embora nem Porter nem Mackenzie usassem qualquer tipo de uniforme da polícia, suas roupas ainda os mostravam como pessoas que estavam lá a negócios—e provavelmente, não eram negócios do tipo positivo.

"Posso ajudá-los?", perguntou o barman.

Posso ajudá-los? Mackenzie pensava. Ele nem nos perguntar o que poderia nos trazer para beber. Ele perguntou se poderia nos ajudar. Ele já viu gente da nossa espécie aqui antes. Um ponto para o proprietário.

"Nós gostaríamos de falar com o Sr. Avery, por favor", disse Porter. "E eu quero um rum com Coca-Cola."

"Ele está ocupado no momento", disse o barman.

"Tenho certeza que ele está", disse Porter. "Mas precisamos falar com ele." Ele então pegou seu distintivo do bolso do casaco interior e mostrou, o colocou de volta como se tivesse acabado de fazer um truque de mágica. "Mas ele precisa falar conosco ou eu posso fazer algumas ligações e tornar essa situação realmente oficial. Ele decide. "

"Um segundo", disse o barman, não desperdiçando mais um minuto. Ele caminhou para o outro lado do bar e passou por portas duplas que lembravam Mackenzie as portas dos ‘saloons’ dos filmes baratos de velho oeste que ela tinha visto.

Ela olhou de volta para o palco onde agora havia apenas uma mulher, dançando ao som de Van Halen “Running with the Devil.” Havia algo sobre a maneira como a mulher se movia que fez Mackenzie se perguntar se strippers não tinham dignidade e, portanto, não se preocupam em expor seus corpos, ou se elas apenas eram muito confiantes. Ela sabia que não havia para ela nenhuma maneira de fazer algo parecido. Enquanto ela era confiante sobre muitas coisas, seu corpo não era um deles, apesar dos muitos olhares lascivos que ela recebia de homens aleatórios de tempos em tempos.

"Você parece um pouco fora de lugar", alguém ao seu lado disse.

Ela olhou para a direita e viu um homem se aproximando dela. Ele parecia ter cerca de trinta anos, e parecia estar ali sentado no bar por um tempo. Ele tinha aquele tipo de brilho nos olhos que ela já tinha visto em muitos brigões bêbados.

"Há uma razão para isso", disse Mackenzie.

"Só estou falando", disse o homem. "Você não vê muitas mulheres em lugares como este. E quando elas estão aqui, estão geralmente com um marido ou namorado. E, francamente, eu não vejo vocês dois", disse ele, apontando para Porter," como um casal".

Mackenzie ouviu Porter rir. Ela não tinha certeza do que a incomodava mais: o fato de que este homem tinha chegado corajoso o suficiente para sentar-se ao lado dela, ou Porter estar curtindo cada minuto daquilo.

"Nós não somos um casal", disse Mackenzie. "Nós trabalhamos juntos."

"Apenas tomando umas após o trabalho, né?", ele perguntou. Ele estava inclinado para mais perto, perto o suficiente para Mackenzie sentir o cheiro da tequila em seu hálito. "Por que você não me deixa comprar uma bebida para você?"

"Olha", Mackenzie disse, ainda sem olhar para ele. "Eu não estou interessada. Então, basta sair até a próxima vítima involuntária. "

O homem se aproximou e olhou para ela por um momento. "Você não precisa falar como uma cadela."

Mackenzie virou para ele, finalmente, e quando eles se encararam, algo no olhar do homem mudou. Ele viu que ela estava falando sério, mas ele tinha bebido demais e, aparentemente, não conseguiria enfrentá-la. Ele colocou uma mão em seu ombro e sorriu para ela. "Desculpe-me", disse ele. "O que eu quis dizer é que, bem, não, eu quis dizer o que eu disse. Você não tem que ser uma cadela—”

"Tira a mão de cima de mim", Mackenzie disse suavemente. "Último aviso."

"Você não gosta da sensação da mão de um homem?", ele perguntou, rindo. Sua mão deslizou por seu braço, apalpando-a agora em vez de simplesmente tocar. "Eu acho que é por isso que você está aqui para olhar mulheres nuas, hein?"

O braço de Mackenzie subiu com a velocidade de um relâmpago. O pobre homem embriagado nem sequer percebeu o que tinha acontecido até depois que ela empurrou seu antebraço no pescoço dele e ele foi caindo de sua banqueta, engasgado. Quando ele bateu, fez barulho suficiente para atrair um dos guardas de segurança que havia parado na borda da área do lounge.

Porter estava, então, de pé, pisando entre o guarda e Mackenzie. Ele mostrou o distintivo e, para surpresa de Mackenzie, estava quase de igual para igual com o guarda muito maior. "Devagar, menino grande", disse Porter, esfregando o rosto do cara com o distintivo. "Na verdade, se você quiser evitar o espetáculo de ter alguém preso neste estabelecimento decadente, eu sugiro que você ponha este idiota para fora daqui."

O guarda olhou de Porter para o bêbado no chão, ainda tossindo com falta de ar. O guarda entendeu o que ele estava enfrentando e assentiu. "Claro que sim", disse ele, arrastando o homem bêbado pelos pés.

Mackenzie e Porter observavam quando o guarda escoltou o homem embriagado até a porta. Porter cutucou Mackenzie e riu. "Você é cheia de surpresas, não é?"

Mackenzie apenas encolheu os ombros. Quando se virou para a área do bar, o barman tinha retornado. Outro homem estava ao lado dele, olhando para Mackenzie e Porter como se fossem cães vadios em que ele não confiava.

"Você quer me dizer o que foi tudo isso?", perguntou o homem.

"Você é o Sr. William Avery?", perguntou Porter.

"Sou."

"Bem, Sr. Avery," Mackenzie disse, "seus clientes precisam se empenhar em manter a boca fechada e as mãos controladas."

"Sobre o que querem falar?", perguntou Avery.

"Existe algum lugar mais privado, onde podemos falar?", perguntou Porter.

"Não. Aqui está bom. Este é o período mais movimentado do dia para nós. Eu preciso estar aqui para ajudar a tomar conta do bar ".

"Você com certeza cuida do bar", disse Porter. "Eu pedi um rum e uma Coca-Cola há cinco minutos, e nada."

O barman fez uma careta e, em seguida, virou-se para as garrafas atrás dele. Em sua ausência, Avery inclinou-se e disse: "Se é sobre Hailey Lizbrook, eu já disse para os seus outros tiras camaradas tudo o que sei sobre ela."

"Mas você não conversou comigo", disse Mackenzie.

"E daí?"

"E daí, que eu tenho uma abordagem diferente de quase todos os outros, e este é o nosso caso", disse ela, apontando para Porter. "Então, eu preciso de você para responder a mais perguntas."

"E se eu não quiser?"

"Bem, se você não fizer isso," Mackenzie disse: "Posso entrevistar uma mulher chamada Colby Barrow. Esse nome parece familiar? Eu acredito que ela tinha dezessete anos quando ela começou a trabalhar aqui, certo? Ela conseguiu o emprego fazendo sexo oral em você, eu acho. O caso está morto, eu sei. Mas eu me pergunto se ela tem alguma coisa para me contar sobre suas práticas de negócios que poderiam ter sido varridas para debaixo do tapete, há seis anos. Pergunto-me se ela pode ser capaz de me dizer por que você não parece dar a mínima para o fato de que uma de suas dançarinas foi morta há três noites”.

Avery olhou para ela como se quisesse dar um tapa nela. Ela quase quis que ele tentasse. Ela tinha encontrado muitos homens como ele nos últimos anos—homens que não estavam nem aí para as mulheres até que as luzes estivessem apagadas e eles precisassem de sexo ou algo para bater. Ela sustentou o olhar, deixando-o saber que ela era muito mais do que um saco de pancadas.

"O que você quer saber?", perguntou.

Antes de responder, o barman finalmente entregou a bebida de Porter. Porter tomou um gole, sorrindo conscientemente para Avery e o barman.

"Hailey tinha homens que vinham aqui e, geralmente, se reuniam para vê-la?", perguntou Mackenzie. "Ela tinha fregueses?"

"Ela tinha um ou dois", disse Avery.

"Você sabe os nomes deles?", perguntou Porter.

"Não. Eu não presto atenção nos homens que vêm aqui. Eles são como quaisquer outros homens, sabe? "

"Mas já que elas descem," Mackenzie disse, "você acha que algumas de suas outras dançarinas podem saber os nomes deles?"

"Eu duvido", disse Avery. "E vamos falar a real: a maioria delas pede o nome do cliente apenas para ser agradável. Elas não dão a mínima para os seus nomes. Elas estão apenas tentando ganhar dinheiro. "

"Hailey era uma boa funcionária?", perguntou Mackenzie.

"Sim, ela era, na verdade. Ela estava sempre disposta a trabalhar em turnos extras. Ela amava seus dois filhos, sabe?"

"Sim, nós nos encontramos com eles", disse Mackenzie.

Avery suspirou e olhou para o palco. "Escuta, você é pode falar com qualquer uma das meninas, se você acha que isso vai ajudar a descobrir quem matou Hailey. Mas eu não posso deixar você fazer isso aqui, não agora. Elas ficariam bravas e isso acabaria com o meu negócio. Mas eu posso lhe dar uma lista de seus nomes e números de telefone se você realmente precisa disso."

Mackenzie pensou sobre isso por um minuto e depois sacudiu a cabeça. "Não, eu não acho que isso seja necessário. Obrigado pelo seu tempo.”

Com isso, ela se levantou e bateu no ombro de Porter. "Terminamos aqui."

"Eu não", disse ele. "Eu ainda preciso terminar minha bebida."

Mackenzie estava prestes a discutir quando o telefone de Porter tocou. Ele respondeu, pressionando a mão livre contra o seu outro ouvido para bloquear o ruído horrível da música estridente do Skrillex que saia do equipamento de som. Ele falou rapidamente, balançando a cabeça em algumas partes antes de desligar. Em seguida, ele bebeu o resto de sua bebida e entregou as chaves do carro para Mackenzie.

"O que foi?", ela perguntou.

"Parece que eu já terminei também", disse ele. Então seu rosto ficou estático. "Houve outro assassinato."

CAPÍTULO DEZ

Eles dirigiram um pouco mais de duas horas e meia depois de receber a chamada no clube de strip, a noite caindo lentamente durante todo o caminho, aumentando o humor deprimido de Mackenzie, e quando eles chegaram ao local, a noite havia caído. Eles finalmente saíram da rodovia principal para uma faixa de asfalto de terra batida, e depois para uma estrada de terra que levou a um grande campo aberto. Quando se aproximaram do seu destino, ela começou a sentir uma sensação iminente de destruição.

Seus faróis brilhavam um pouco à frente dela quando ela cuidadosamente os levou por uma trilha de terra esburacada, e lentamente, ela começou a ver os numerosos carros de polícia já em cena. Alguns deles estavam apontados para o centro do campo, seus faróis revelando uma visão macabra, mas familiar.

Por mais que ela tentasse não reagir assim, ela se encolheu com a visão.

"Meu Deus do céu", disse Porter.

Mackenzie estacionou, mas não tirou os olhos da cena quando ela saiu do carro e caminhou lentamente para a frente. A grama no campo estava alta, chegando até os joelhos em alguns lugares, e ela podia ver a trilha um pouco marcada que os oficiais estavam usando. Havia muitos policiais ali; ela já estava preocupada se a cena havia sido contaminada.

Ela olhou para cima e tomou fôlego. Era outra mulher, apenas com as roupas de baixo, amarrada a um poste que parecia ter aproximadamente dois metros e meio de altura. Desta vez, vendo a mulher pendurada de tal forma, Mackenzie foi incapaz de reprimir uma memória sobre sua irmã. Steph tinha sido uma stripper, também. Mackenzie não sabia exatamente o que Steph fazia até então, mas foi muito fácil imaginá-la acabar assim.

Mackenzie se aproximou da vítima, ela olhou ao redor da cena do crime e contou sete oficiais em todos. Dois policiais estavam ao lado, falando com dois adolescentes. Mais à frente, de pé a poucos metros de distância do poste e da vítima, Nelson estava falando com alguém em seu telefone. Ao vê-los, ele acenou e rapidamente terminou a sua chamada.

"Qualquer coisa de substancial no clube de strip?", perguntou Nelson.

"Não, senhor", disse Mackenzie. "Estou convencida de que Avery não sabe de nada. Ele ofereceu os nomes e números de todas as suas funcionárias se precisássemos, mas eu não acho que vamos precisar de sua ajuda. "

"Precisamos da ajuda de alguém", disse Nelson, olhando para o poste e parecendo que ficaria enjoado.

Mackenzie se aproximou do corpo e viu de imediato que este estava pior do que o corpo de Hailey Lizbrook. Para começar, havia um caroço grande e um hematoma no lado esquerdo do rosto da mulher. Havia também sangue seco dentro e em torno de sua orelha. As marcas nas costas pareciam feitas com a mesma arma, só que desta vez tinha sido aplicada com mais força e mais vezes.

"Quem descobriu o corpo?", Perguntou Porter.

"Aquelas duas crianças lá", disse Nelson, apontando para onde um dos oficiais ainda estava falando com os dois adolescentes. "Eles admitiram que vieram aqui para transar e fumar maconha. Eles disseram que já estavam fazendo isso por volta de um mês. Mas esta noite, eles descobriram isso. "

"O mesmo tipo de corpo de Hailey Lizbrook", Mackenzie disse, pensando em voz alta. "Eu acho que nós provavelmente podemos supor que ela também tinha a mesma profissão, ou similar."

"Eu preciso de respostas sobre isso, gente", disse Nelson. "E eu preciso delas agora."

"Nós estamos tentando", disse Porter. "White está incomodada com esta situação e—"

"Eu preciso de resultados", disse Nelson, já perto da fúria. "White, eu até vou precisar um pouco do seu “pensar fora da caixa” neste caso."

"Pode me emprestar uma lanterna?", perguntou ela.

Nelson enfiou a mão no bolso do casaco e tirou uma pequena Maglite que ele alegremente jogou para ela. Ela pegou, acendeu-a, e começou a olhar ao redor da cena. Ela ignorou as brincadeiras nervovas de Nelson e o deixou descarregar seu nervosismo com Porter.

Com uma perfeita precisão que tomava conta dela em momentos como este, o mundo se dissipou quando ela começou a vasculhar a cena para achar quaisquer indícios. Havia vários que se destacaram de imediato. Por exemplo, ela sabia que Nelson e os outros oficiais tinham usado o mesmo caminho batido para chegar ao corpo para evitar contaminar a cena; fora da trilha desgastada, de seus carros até o corpo, havia vários outros cortes na grama alta, provavelmente feitos pelo assassino.

Ela desviou um pouco da trilha e, lentamente, arqueou o feixe de luz em torno do campo que circundava o poste. Ela fez algumas observações mentais, olhou de volta para os dois adolescentes, e depois voltou para o poste. Ela olhou o corpo procurando quaisquer outras pistas e teve a certeza de que este corpo, como o de Hailey Lizbrook, não mostraria sinais de abuso sexual.

Começou a se pergunar se a colocação do poste era mais do que apenas um artifício teatral. Algo sobre ele parecia proposital, quase como uma necessidade para o assassino. Por um breve momento, ela pôde vê-lo, suas mãos se posicionando no poste e começando trabalho.

Ele o arrasta com orgulho, talvez até consegue levantá-lo em suas costas. Dá trabalho esta tarefa, um pré-requisito para os assassinatos. Ter trabalho com poste, trazê-lo para o local, cavar o buraco e instalá-lo—há uma satisfação nesta dificuldade. Ele está preparando o local para o assassinato. Ele fica tão satisfação com este trabalho quanto com o assassinato.

"Quais são seus pensamentos, White?" Nelson perguntou enquanto a observava andar envolta do corpo.

Mackenzie piscou, sendo arrancada da imagem do assassino em sua mente. Percebendo o quão profundo ela tinha ido ali por um momento, ela sentiu um ligeiro calafrio.

"Facilemente você pode ver a pista onde ele arrastou o poste da faixa de terra até aqui", disse ela. "Isso mostra que o poste não estava aqui originalmente. Ele o trouxe. E denota que ele dirige uma picape ou algum tipo de van.”

"É o que eu imaginei", disse Nelson. "Algo mais?"

"Bem, é difícil ter certeza à noite", ela disse, "mas eu tenho certeza que o assassino tinha a vítima envolvida em algo quando ele a trouxe aqui."

"Por quê?"

"Eu não vejo nenhum sangue na grama, mas algumas das feridas nas costas, especialmente aquelas ao redor das nádegas-estão ainda bastante molhadas."

Enquanto Nelson digeria isso, Mackenzie foi ver o quadril dela na parte de trás do poste e pressionou a grama para baixo com uma mão. Com a outra, ela direcionou o feixe de luz ao longo da parte inferior do poste.

Seu coração acelerou quando viu os números: N511 / J202.

Ele usa uma faca ou um formão, e ele gasta muito tempo e esforço para garantir que as marcas sejam legíveis. Elas são importantes para ele e, mais do que isso, ele quer que elas sejam vistas. Consciente ou inconscientemente, ele quer alguém descubra por que ele está fazendo isso. Ele precisa que alguém entenda as suas motivações.

"Chefe?", disse ela.

"Sim, White?"

"Os números novamente."

"Merda", disse Nelson, chegando até onde ela estava ajoelhada. Ele olhou para baixo e soltou um suspiro pesado. "Alguma ideia do que eles significam?"

"Nenhuma, senhor."

"Ok", disse Nelson. Suas mãos estavam em seus quadris e ele estava olhando para o céu escuro como um homem derrotado. "Então nós temos mais algumas respostas aqui, mas nada que irá interligar as coisas para nós em breve. Um homem dirigindo um caminhão ou van que tem acesso a postes de madeira e—"

"Espere", disse Mackenzie. "Você acabou de dizer uma coisa."

Ela voltou para a parte de trás do poste. Ela inclinou-se para olhar para o lugar onde os pulsos da mulher foram amarrados com corda.

"O que é?", perguntou Porter, vindo para dar uma olhada.

"Você é bom com nós?", perguntou ela.

"Na verdade, não."

"Eu sou," Nelson disse, também vindo para dar uma olhada. "O que você conseguiu?"

"Eu tenho certeza que este é o mesmo nó que foi utilizado para Hailey Lizbrook."

"E se for?", disse Porter.

"É um pouco incomum", Mackenzie respondeu. "Você sabe dar um nó como aquele? Eu não sei.”

Porter olhou para ela novamente, parecendo perplexo.

"Eu tenho certeza que é um nó de marinheiro", disse Nelson.

"Eu pensei o mesmo", disse Mackenzie. "E embora possa ser um tiro no escuro, eu consideraria que o assassino pode estar familiarizado com barcos. Talvez ele vive perto da água ou viveu perto da água em algum momento."

"Dirige um caminhão ou uma van, talvez vive perto da água, e tem algum tipo de problemas com a mãe", disse Nelson. "Não há muito para seguir em frente, mas é melhor do que onde estávamos ontem".

"E, dada a forma ritualística dessas mortes", Mackenzie disse, "e o curto espaço de tempo entre as duas, só podemos supor que ele vai agir novamente."

Ela se virou e olhou para ele, convocando toda a seriedade que ela podia.

"Com todo o respeito, senhor, eu acho que é hora de chamar o FBI."

Ele franziu a testa.

"White, os processos deles só iriam nos atrasar. Teríamos mais dois corpos antes que eles sequer enviassem alguém para cá.”

"Eu acho que vale a pena tentar", disse ela. "Estamos quebrando nossas cabeças."

Ela odiava admitir, mas o olhar no rosto de Nelson mostrou que ele concordava. Ele balançou a cabeça solenemente e olhou para trás para o corpo no poste. "Eu vou ligar," ele finalmente disse.

Atrás deles, eles ouviram um palavrão bem pontuado de um dos outros oficiais. Todos eles se viraram para ver o que estava acontecendo e viram o brilho saltando de faróis descendo a estrada de terra.

"Quem diabos é isso?", perguntou Nelson. "Ninguém mais deve saber sobre isso e-"

"Uma van de reportagem", disse o oficial que tinha soltado o palavrão.

"Como?", disse Nelson. "Droga, quem continua enviando informações para esses babacas?"

A cena tornou-se uma enxurrada de atividades enquanto Nelson fazia de tudo que podia para preparar a chegada de uma equipe de reportagem. Ele estava fumando e parecia que sua cabeça poderia explodir a qualquer momento. Mackenzie aproveitou a oportunidade para tirar quantas fotos pôde: das depressões do campo, do nó nos pulsos da vítima, dos números na parte inferior do poste.

"White, Porter saiam daqui e voltem para o posto", disse Nelson.

"Mas, senhor", Mackenzie disse, "ainda precisamos de-"

"Apenas faça o que eu digo", disse ele. "Vocês dois são as pistas sobre este caso e se a mídia fareijar isso, eles ficarão constantemente em seus traseiros atrasando o trabalho. Agora saiam daqui."

Era uma sucessão sensata de pensamentos e Mackenzie fez o que lhe foi pedido. Mas enquanto se dirigia de volta para o carro com Porter, outro pensamento lhe ocorreu. Voltou-se para Nelson e disse: "Senhor, eu acho que deveríamos ter a madeira analisada, neste poste e no último. Obter uma amostra e analisá-la. Talvez o tipo de madeira que está sendo usado nesses mastros pode nos levar a algo. "

"Caramba, que raciocínio bom, White," disse ele. "Agora caiam fora".

Mackenzie fez exatamente isso quando ela viu mais dois pares de faróis à direita atrás do primeiro. O primeiro conjunto pertencia a uma van de notícias com a sigla WSQT escrita do lado. Tinham acabado de estacionar no lado mais distante dos carros da polícia. Um repórter e um cinegrafista vieram com pressa e Mackenzie imediatamente pensou neles como abutres que circundam uma nova carcaça.

Quando ela entrou no carro, tomando o assento do motorista, novamente, um outro membro da equipe de reportagem saiu da van e começou a tirar fotos. Mackenzie ficou mortificada ao ver que a câmera estava apontada em sua direção. Ela abaixou a cabeça, entrou no carro e ligou o motor. Ela viu que três oficiais já estavam atacando em direção à van de notícias, Nelson no centro. Ainda assim, a repórter fez o seu melhor para forçar seu caminho até a frente.

Partiram, mas Mackenzie sabia que já era tarde demais.

Amanhã sua imagem estaria na primeira página de todos os jornais.