Kitabı oku: «A Bíblia Sagrada - Vol. III», sayfa 7

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Milhares pereceram pela fome e pela peste. A afeição natural parecia ter-se destruído. Maridos roubavam de sua esposa, e esposas de seu marido. Viam-se crianças a arrebatar o alimento da boca de seus pais idosos. A pergunta do profeta: “Pode uma mulher esquecer-se tanto de seu filho que cria?” (Isaías 49:15) recebeu dentro dos muros da cidade condenada, a resposta: “As mãos das mulheres piedosas cozeram os próprios filhos; serviram-lhes de alimento na destruição da filha de meu povo.” (Lamentações 4:10.) Novamente se cumpriu a profecia de aviso, dada catorze séculos antes: “E quanto à mulher mais mimosa e delicada entre ti, que de mimo e delicadeza nunca tentou pôr a planta de seu pé sobre a terra, será maligno o seu olho contra o homem de seu regaço, e contra seu filho, e contra sua filha; ... e por causa de seus filhos que tiver; porque os comerá às escondidas pela falta de tudo, no cerco e no aperto com que o teu inimigo te apertará nas tuas portas.” (Deuteronômio 28:56 e 57.)

Os chefes romanos esforçaram-se por infundir terror aos judeus, e assim fazê-los render-se. Os prisioneiros que resistiam ao cair presos, eram açoitados, torturados e crucificados diante do muro da cidade. Centenas eram diariamente mortos desta maneira, e essa horrível obra prolongou-se até que ao longo do vale de Josafá e no Calvário se erigiram cruzes em tão grande número que mal havia espaço para mover-se entre elas. De tão terrível maneira foi castigada aquela espantosa imprecação proferida perante o tribunal de Pilatos: “O Seu sangue caia sobre nós e sobre nossos filhos.” (Mateus 27:25.)

Tito, de boa vontade, teria posto termo à terrível cena, poupando assim a Jerusalém da medida completa de sua condenação. Ele se enchia de terror ao ver os corpos jazendo aos montes nos vales. Como alguém que estivesse em êxtase, olhava ele do cimo do Monte das Oliveiras ao templo magnificente, e deu ordem para que nenhuma de suas pedras fosse tocada. Antes de tentar ganhar posse desta fortaleza, fez ardente apelo aos chefes judeus para não o forçarem a profaner com sangue o lugar sagrado. Se saíssem e combatessem em outro local, nenhum romano violaria a santidade do templo. O próprio Josefo, com apelo eloqüentíssimo, suplicou que se rendessem, para se salvarem a si, a sua cidade e seu lugar de culto. Suas palavras, porém, foram respondidas com pragas amargas. Lançaram-se dardos contra ele, que era seu último mediador humano, enquanto persistia em instar com eles. Os judeus haviam rejeitado os rogos do Filho de YAHWEH e agora as advertências e rogos apenas os tornavam mais decididos a resistir até o último ponto. Debalde foram os esforços de Tito para salvar o templo; Alguém, maior do que ele, declarara que não fìcaria pedra sobre pedra.

A cega obstinação dos chefes dos judeus e os abomináveis crimes perpetrados dentro da cidade sitiada, excitaram o horror e a indignação dos romanos, e Tïto finalmente se decidiu a tomar o templo de assalto. Resolveu, contudo, que, sendo possível, deveria o mesmo ser salvo da destruição. Mas suas ordens foram desatendidas. Depois que ele se retirara para a sua tenda à noite, os judeus, dando uma surtida do templo, atacaram fora os soldados. Na luta, um soldado arremessou um facho através de uma abertura no pórtico, e imediatamente as salas revestidas de cedro, em redor da casa sagrada, se acharam em chamas.

Tito precipitouse para o local, seguido de seus generais e legionários, e ordenou aos soldados que apagassem as labaredas. Suas palavras não foram atendidas. Em sua fúria, os soldados lançaram tochas ardentes nas salas contínguas ao templo, e com a espada assassinavam em grande número os que ali tinham procurado refúgio. O sangue corria como água pelas escadas do templo abaixo. Milhares a milhares de judeus pereceram. Acima do ruído da batalha, ouviam-se vozes bradando: “Ichabod!” - foi-se a glória.

“Tito achou impossível sustar a fúria da soldadesca; entrou com seu oficiais e examinou o interior do edifício sagrado. O esplendor encheu-os de admiração; e, como as chamas não houvessem ainda penetrado no lugar santo, fez um último esforço para salvá-lo; e, apresentando-se-lhes repentinamente, de novo exortou os soldados a deterem a marcha da conflagração. O centurião Liberalis esforçou-se por impor obediência com o seu estado maior; mas o próprio respeito para com o imperador cedeu lugar à furiosa animosidade contra os judeus, ao excitamento feroz da batalha, e à esperança insaciável do saque. Os soldados viam tudo em redor dales resplandecendo de ouro, que fulgurava deslumbrantemente à luz sinistra das chamas; supunham que incalculáveis tesouros estivessem acumulados no santuário. Um soldado, sem ser percebido, arrojou uma tocha acesa por entre os gonzos da porta: o edifício todo em um momento ficou em chamas. O denso fumo e o fogo obrigaram os oficiais a retirar-se, e o nobre edifício foi abandonado à sua sorte.

“Era um espetáculo pavoroso aos romanos; e que seria ele para os judeus? Todo o cimo da colina que dominava a cidade, chamejava como um vulcão. Urn após outro caíram os edifícios, com tremendo fragor, e foram absorvidos pelo ígneo abismo. Os tetos de cedro assemelhavam-se a lençóis de fogo; os pináculos dourados resplandeciam como pontes de luz vermelha; as torres dos portais enviavam para cima altas colunas de chama e fumo. As colinas vizinhas se iluminavam; e grupos obscuros de pessoas foram vistas a observar com horrível ansiedade a rnarcha da destruição; os muros e pontos elevados da cidade alta ficaram repletos de rostos, alguns pálidos, com a agonia do desespero, outros com expressão irada a ameaçar uma vingança inútil. As aclamaçóes da soldadesca romana, enquanto corriam de uma para outra parte, e o gemido dos insurgentes que estavam perecendo nas chamas, misturavam-se com o rugido da conflagração e o rumor trovejante do madeiramento que caía. Os ecos das montanhas respondiam ou traziam de volta os gritos do povo nos pontos elevados; ao longo de todo o muro ressoavam alaridos e prantos; homens que estavam a expirar pela fome reuniam sua força restante para proferir um grito de angústia e desolação.

“O morticínio, do lado de dentro, era até mais terrível do que o espetáculo visto de fora. Homens e mulheres, velhos e moços, insurgentes e sacerdotes, os que combatiam e os que imploravam rnisericórdia, eram retalhados em indiscriminada carnificina. O número de mortos excedeu ao dos matadores. Os legionários tiveram de trepar sobre os montes de cadáveres para prosseguir na obra de extermínio.” - (História dos Judeus, de Milman, livro 16.)

Depois da destruição do templo, a cidade inteira logo caiu nas mãos dos romanos. Os chefes dos judeus abandonaram as torres inexpugnáveis, e Tito as achou desertas. Contemplou-as com espanto e declarou que Deus lh'as havia entregue em suas mãos; pois engenho algum, ainda que poderoso, poderia ter prevalecido contra aquelas estupendas ameias. Tanto a cidade como o templo forum arrasados até aos fundamentos, e o terreno em que se erguia a case sagrada foi lavrado como um cameo. (Jeremias 26:18.) No cerco e morticínio que se seguiram, pereceram mais de um milhão de pessoas; os sobreviventes foram levados como escravos, como tais vendidos, arrastados a Roma para abrilhantar a vitória do vencedor, lançados às feras nos anfiteatros, ou dispersos por toda a terra como vagabundos sem lar.

Os judeus haviam forjado seus próprios grilhões; eles mesmos encheram a taça da vingança. Na destruição complete que lhes ocorreu como nação, e em todas as desgraças que os acompanharam depois de dispersos, nào estavam senão recolhendo a messe que suas próprias mãos semearam. Diz o profeta: “Para tua perda, ó Israel, te rebelaste contra Mim,” “pelos teus pecados tens caído” (Oséias 13:9; 14:1). Seus sofrimentos são muitas vezes representados como sendo castigo a eles infligido por decreto direto da parte de Deus. É assim qua o grande enganador procura esconder sua própria obra. Pela obstinada rejeiçào do amor e misericórdia divina, os judeus fizeram com que a proteção de Deus fosse deles retirada, e permitiu-se a Satanás dirigi-los segundo a sua vontade. As horríveis crueldades executadas na destruiçào de Jerusalém são uma demonstração do poder vingador de Satanás sobre os que se rendem ao seu controle.

Não podemos saber quanto devemos ao Messias pela paz e proteçáo de que gozamos. E o poder de Deus que impede que a humanidade passe completamente para o domínio de Satanás. Os desobedientes e ingratos têm grande motivo de gratidão pela misericórdia e longanimidade de Deus, que contém o cruel e pernicioso poder do maligno. Quando, porém, os homens passam os limites da clemência divina, a restrição é removida. Deus não fica em relaçáo ao pecador como executor da sentença contra a transgressão; mas deixa entregues a si mesmos os que rejeitam Sua misericórdia, para colherem aquilo que semearam. Cada raio de luz rejeitado, cada advertência desprezada ou desatendida, cada paixão contemporizada, cada transgressão da lei de YAHWEH, é uma semente lançada, a qual produz infalível messe. O Espírito de YAHWEH, persistentemente resistido, é afinal retirado do pecador, e então poder algum permanece para dominar as más paixões da alma, e nenhuma proteçáo contra a maldade e inimizade de Satanás. A destruição de Jerusalém constitui tremenda e solene advertência a todos os que estão tratando levianamente com os oferecimentos da graça divina e resistindo aos rogos da misericórdia de Deus. Jamais foi dado um testemunho mais decisivo do ódio ao pecado por parte de Deus, e do castigo certo que recairá sobre o culpado.

A profecia do Salvador relativa aos juízos que deveriam cair sobre Jerusalém há de ter outro cumprimento, do qual aquela terrível desolação não foi senão tênue sombra. Na sorte da cidade escolhida podemos contemplar a condenação de um mundo que rejeitou a misericórdia de Deus e calcou a pés a Sua lei. Tenebrosos são os registos da miséria humana que a Terra tem testemunhado durante seus longos séculos de crime. Ao contemplá-los confrange-se o coração e o espírito desfalece. Terríveis têm sido os resultados da rejeição da autoridade do Céu. Entretanto, cena ainda mais tenebrosa se apresenta nas revelações do futuro. Os registos do passado - o longo cortejo de tumultos, conflitos e revoluções, a “armadura daqueles que pelejavam com ruído, e os vestidos que rolavam no sangue” (Isaías 9:5) - que são, em contraste com os terrores daquele dia em que o Espírito de YAHWEH será totalmente retirado dos ímpios, não mais contendo a explosão das paixões humanas e ira satânica! O mundo contemplará então, como nunca dantes, os resultados do governo de Satanás.

Mas naquele dia, bem como na ocasião da destruição de Jerusalém, livrar-se-á o povo de Deus, “todo aquele que estiver inscrito entre os vivos.” (Isaías 4:3.) O Messias declarou que virá a segunda vez para reunir a Si os Seus fiéis: “E todas as tríbos da Terra se lamentarão, e verão o Filho do homem, vindo sobre as nuvens do céu, com poder e grande glória. E Ele enviará os Seus anjos com rijo clamor de trombeta, os quais ajuntarão os Seus escolhidos desde os quatro ventos, de uma a outra extremidade dos céus.” (Mateus 24:30 e 31.) Então os que não obedecem ao evangelho serão consumidos pelo espírito de Sua boca, e serão destruídos com o resplandor de Sua vinda. (2Tessalonicenses 2:8.) Como o antigo Israel, os ímpios destroemse a si mesmos; caem pela sua iniqüidade. Em conseqüência de uma vida de pecados, colocaram-se tão fora de harmonia com Deus, sua natureza se tornou tão aviltada com o mal, que a manifestação da glória divina é para eles um fogo consumidor.

Acautelem-se os homens para que não aconteça negligenciarem a lição que lhes é comunicada pelas palavras do Messias. Assim como Ele preveniu Seus discípulos quanto à destruição de Jerusalém, dando-lhes um sinal da ruína que se aproximava, para que pudessem escapar, também advertiu o mundo quanto ao die da destruição final, e lhes deu sinais de sua aproximação para que todos os que queiram, possam fugir da ira vindoura. Declara Yahshua: “E haverá sinais no Sol, na Lua e nas estrelas; e na Terra angústia das nações.” (Lucas 21:25; Mateus 24:29; Marcos 13:24-26; Apocalipse 6:12-17.) Os que contemplam estes prenúncios de Sua vinda, devem saber que “está próximo, às portas.” (Mateus 24:33.) “Vigiai, pois” (Marcos 13:35), são Suas palavras de advertência. Os que atendem ao aviso não serão deixados em trevas, para que aquele dia os apanhe desprevenidos. Mas aos que não vigiarem, “o dia de YAHWEH virá como o ladrão de noite.” (1Tessalonicenses 5:2.)

O mundo não está mais preparado para dar crédito à mensagem para este tempo do que estiveram os judeus para receber o aviso do Salvador, relativo a Jerusalém. Venha quando vier, o dia de YAHWEH virá de improviso aos ímpios. Correndo a vide sua rotina invariável; encontrando-se os homens absortos nos prazeres, negócios, comércio e ambição de ganho; estando os dirigentes do mundo religioso a engrandecer o progresso e ilustração do mundo, e achando-se o povo embalado em uma falsa segurança, então, como o ladrão à meia-noite rouba na casa que não é guardada, sobrevirá repentina destruição aos descuidados e ímpios, e “de nenhum modo escaparão.” (1Tessalonicenses 5:3-5.)

a partir de: "O Conflito dos Séculos", por Ellen G. White, em Pôrto Alegre, em 1935, São Paulo, Brasil, págs. 15-37

Editor: No texto é o nome sagredo de YAHWEH Elohim (D-us), seu Filho nosso SEnhor Yahshua o Messias, e o palavra: Elohim para D-us.

O Valor dos Mártires

QUANDO Yahshua revelou a Seus discípulos a sorte de Jerusalém e as cenas do segundo advento, predisse também a experiência de Seu povo desde o tempo em que deveria ser tirado dentre ele até a Sua volta em poder e glória para o seu libertamento. Do Monte das Oliveiras o Salvador contemplou as tempestades prestes a desabar sobre a igreja apostólica; e penetrando mais profundamente no futuro, Seus olhos divisaram os terríveis e devastadores vendavais que deveriam açoitar Seus seguidores nos vindouros séculos de trevas e perseguição. Em poucas e breves declarações de tremendo significado, predisse o que os governadores deste mundo haveriam de impor à assembleia de YAHWEH. (Mateus 24:9, 21 e 22.) Os seguidores do Messias deveriam trilhar a mesma senda de humilhação, ignomínia e sofrimento que Seu Mestre palmilhara. A inimizade que irrompera contra o Rendentor do mundo, manifestar-se-ia contra todos os que cressem em Seu nome.

A história da assembleia primitiva testificou do cumprimento das palavras do Salvador. Os poderes da Terra e do inferno arretimentaram-se contra o Messias na pessoa de Seus seguidores. O paganismo previa que se o evangelho triunfasse, seus templos e altares desapareceriam; portanto convocou suas forças para destruir o cristianismo. Acenderam-se os fogos da perseguição. Os cristãos eram despojados de suas possessões e expulsos de suas casas. Suportaram “grande combate de aflições.” (Hebreus 10:32.) “Experimentaram escárnios e açoites, e até cadeias e prisões.” (Hebreus 11:36.) Grande número dêles selaram seu testemunho com o próprio sangue. Nobres e escravos, ricos e pobres, doutos e ignorantes, foram de igual modo mortos sem misericórdia.

Estas perseguições, iniciadas sob o governo de Nero, aproximadamente ao tempo do martírio de Paulo, continuaram com maior ou menor fúria durante séculos. Os cristãos eram falsamente acusados dos mais hediondos crimes e tidos como a cause das grandes calamidades - fomes, pestes e terremotos. Tornando-se êles objeto do ódio e suspeita popular, prontificaram-se denunciantes, por amor ao ganho, a trair os inocentes. Eram condenados como rebeldes ao império, como inimigos da religião e peste da sociedade. Grande número dêles eram lançados às feras ou queimados vivos nos anfiteatros. Alguns eram crucificados, outros cobertos com peles de animais bravios e lançados à arena para serem despedaçados pelos cães. De seu sofrimento muitas vezes se fazia a principal diversão nas festas públicas. Vastas multidões reuniam-se para gozar do espetáculo e saudavam os transes de sua agonia com riso e aplauso.

Onde quer que procurassem refúgio, os seguidores do Messias eram caçados como animais. Eram forçados a procurer esconderijo nos lugares desolados e solitários. “Desamparados, aflitos e maltratados (dos quais o mundo não era digno), errantes pelos desertos, e montes, e pelas covas e cavernas da terra.” (Hebreus 11:37 e 38.) As catacumbas proporcionavam abrigo a milhares. Por sob as colinas, fora da cidade de Roma, longas galerias tinham sido feitas através da terra e da rocha; o escuro e complicado trama das comunicações estendia-se quilômetros além dos muros da cidade. Nestes retiros subterrâneos, os seguidores do Messias sepultavam os seus mortos; e ali também, quando suspeitos e proscritos, encontravam lar. Quando o Doador da vida despertar os que pelejaram o bom combate, muitos que foram mártires por amor do Messias sairão dessas sombrias cavernas.

Sob a mais atroz perseguição, estas testemunhas de Yahshua conservararm incontaminada a sua fé. Posto que privados de todo conforto, excluídos da luz do Sol, tendo o lar no seio da terra, obscuro mas amigo, não proferiam queixa alguma. Com palavras de fé, paciência e esperança, animavam-se uns aos outros a suportar a privação e a angústia. A perda de toda a bênção terrestre não os poderia forçar a renunciar sua crença no Messias. Provações e perseguição não eram senão passos que os levavam para mais perto de seu descanso e recompensa.

Como aconteceu aos servos de Deus de outrora, muitos “foram torturados, não aceitando o seu livramento, pare alcançarem uma melhor ressurreição.” (Hebreus 11:35.) Estes se recordavam das palavras do Mestre, de que, quando perseguidos por amor do Messias, ficassem muito alegres, pois que grande seria seu galardão no Céu, porque assim tinham sido perseguidos os profetas antes deles. Regozijavam-se de que fossem considerados dignos de sofrer pela verdade, e cânticos de triunfo ascendiam dentre as chamas crepitantes. Pela fé olhando para cima, viam o Messias e os anjos apoiados sobre as ameias do Céu, contemplando-os com o mais profundo interesse e, com aprovação considerando a sua firmeza. Uma voz lhes vinha do trono de YAHWEH: “Sê fiel até à morte, e dar-te-ei a coroa da vida.” Apocalipse 2:10.

Baldados foram os esforços de Satanás para destruir pela violência a assembleia do Messias. O grande conflito em que os discípulos de Yahshua rendiam a vida, não cessava quando estes fiéis porta-estandartes tombavam em seus postos. Com a derrota, venciam. Os obreiros de Deus eram mortos, mas a Sua obra ia avante com firmeza. O evangelho continuava a espalhar-se, e o número de seus aderentes a aumentar. Penetrou em regiões que eram inacessíveis, mesmo às águias romanas. Disse um cristão, contendendo com os governadores pagãos que estavam a impulsionar a perseguição: Podeis “matar-nos, torturar-nos, condenar-nos. ... Vossa injustiça é prova de que somos inocentes. ... Tão pouco vossa crueldade ... vos aproveitará.” Não era senão um convite mais forte para se trazerem outros à mesma persuasão. “Quanto mais somos ceifados por vós, tanto mais crescemos em número; o sangue dos cristãos é semente.” - (Apologia, de Tertuliano, cap. 50.)

Milhares eram aprisionados e mortos, mas outros surgiam para ocupar as vagas. E os que eram martirizados por sua fé tornavam-se aquisição do Messias, por Ele tidos na conta de vencedores. Haviam pelejado o bom combate, e deveriam receber a coroa de glória quando o Messias viesse. Os sofrimentos que suportavam, levavam os cristãos mais perto uns dos outros e de seu Redentor. Seu vívido exemplo e testemunho ao morrerem, eram constante atestado à verdade; e, onde menos se esperava, os súditos de Satanás estavam deixando o seu serviço e alistando-se sob a bandeira do Messias.

Satanás, portanto, formulou seus planos para guerrear com mais êxito contra o governo de Deus, hasteando sua bandeira na assembleia cristã. Se os seguidores do Messias pudessem ser enganados e levados a desagradar a Deus, falhariam então sua força, poder e firmeza, e eles cairiam como presa fácil.

O grande adversário se esforçou então por obter pelo artifício aquilo que não lograra alcançar pela força. Cessou a perseguição, e em seu lugar foi posta a perigosa sedução da prosperidade temporal e honra mundana. Levavam-se idólatras a receber parte da fé cristã, enquanto rejeitavam outras verdades essenciais. Professavam aceitar a Yahshua como o Filho de YAHWEH e crer em Sua morte e ressurreição; mas não tinham a convicção do pecado e não sentiam necessidade de arrependimento ou de uma mudança de coração. Com algumas concessôes de sua parte, propuseram que os cristãos fizessem outras também, para que todos pudessem unir-se sob a plataforma da crença no Messias.

A assembleia naquele tempo encontrava-se em terrível perigo. Prisão, tortura, fogo e espada eram bênçãos em comparação com isto. Alguns dos cristãos permaneceram firmes, declarando que não transigiriam. Outros eram favoráveis a que cedessem, ou modificassem alguns característicos de sua fé, e se unissem com os que haviam aceito parte do cristianismo, insistindo em que este poderia ser o meio para a completa conversão. Foi’ um tempo de profunda angústia para os fiéis seguidores do Messias. Sob a capa de pretenso cristianismo, Satanás se estava insinuando na assembleia a fim de corromper-lhe a fé e desviar-lhe a mente da Palavra da verdade.

A maioria dos cristãos finalmente consentiu em baixar a norma, formando-se uma união entre o cristianismo e o paganismo. Posto que os adoradores de ídolos professassem estar convertidos e unidos à assembleia, apegavam-se ainda à idolatria, mudando apenas os objetos de culto pelas imagens de Jesus/Yahshua, e mesmo de Maria e dos santos. O fermento vil da idolatria, assim trazido para a igreja, continuou a obra funesta. Doutrinas errôneas, ritos supersticiosos e cerimônias idolátricas foram incorporados em sua fé e culto. Unindo-se os seguidores do Messias aos idólatras, a religião cristã se tornou corrupta e a assembleia perdeu sua pureza e poder. Alguns houve, entretanto, que não foram transviados por esses enganos. Mantinham-se ainda fiéis ao Autor da verdade, e adoravam a Deus somente.

Sempre tem havido duas classes entre os que professam ser seguidores do Messias. Enquanto uma dessas classes estuda a vida do Salvador e fervorosamente procura corrigir seus defeitos e conformar-se com o Modelo, a outra evita as claras e práticas verdades que lhes expôem os erros. Mesmo em sua melhor condição a assembleia não se compôs unicamente dos verdadeiros, puros e sinceros. Nosso Salvador ensinou que os que voluntariamente condescendem com o pecado não devem ser recebidos na assembleia; todavia ligou a Si homens que eram falhos de caráter e concedeu-lhes os benefícios de Seus ensinos e exemplo, para que tivessem oportunidade de ver seus erros e corrigi-los. Entre os doze apóstolos havia um traidor. Judas foi aceito, não por causa de seus defeitos de caráter mas apesar deles. Foi ligado aos discípulos para que, pela instrução e exemplo do Messias, pudesse aprender o qua constitui o caráter cristão e assim ser levado a ver seus erros, para arrepender-se e, pelo auxílio da graça divina, purificar a alma “na obediência à verdade.” Mas Judas não andou na luz que tão misericordiosamente foi permitido brilhasse sobre ele. Pela condescendência com o pecado, atraiu as tentações de Satanás. Seus maus traços de caráter se tornaram predominantes. Rendeu a mente à direção dos poderes das trevas, irava-se quando suas faltas eram reprovadas, sendo destarte levado a cometer o terrível crime de trair o Mestre. Assim todos os que acariciam o mal sob profissão de piedade, odeiam os que lhes perturbam a paz condenando seu caminho de pecado. Quando se apresenta oportunidade favorável, eles, semelhantes a Judas, traem aos que para seu bem procuram reprová-los.

Os apóstolos encontraram na assembleia os que professavam piedade, ao mesmo tempo em que secretamente acariciavam a iniqüidade. Ananias e Safira desempenharam o papel de enganadores, pretendendo fazer sacrifício total a Deus, quando cobiçosamente estavam retendo uma parte para si. O Espírito da verdade revelou aos apóstolos o caráter real desses impostores, e os juízos de Deus livraram a assembleia dessa detestável mancha em sua pureza. Esta assinalada evidência do discernidor Espírito do Messias na assembleia foi um terror para os hipócritas e malfeitores. Não mais poderiam permanecer em ligação com aqueles que eram, em hábitos e disposição, invariáveis representantes do Messias; e, quando as provações e perseguiçôes sobrevieram a Seus seguidores, apenas os que estavam dispostos a abandonar tudo por amor à verdade desejaram tornar-se Seus discípulos. Assim, enquanto durou a perseguição, a assembleia permaneceu comparativamente pura. Mas, cessando aquela, acrescentaram-se conversos que eram menos sinceros e devotados, e abriu-se o caminho para Satanás tomar pé.

Não há, porém, união entre o Principe da luz e o príncipe das trevas, e nenhuma conivência poderá haver entre os seus seguidores. Quando os cristãos consentiram em unir-se àqueles que não eram senão semi-conversos do paganismo, enveredaram por caminho que levaria mais a mais longe da verdade. Satanás exultou em haver conseguido enganar tão grande número dos seguidores do Messias. Levou então seu poder a agir de modo mais completo sobre eles, e os inspirou a perseguir aqueles que permaneceram fiéis a Deus. Ninguém compreendeu tão bem como se opor à verdadeira fé cristã como os que haviam sido seus defensores; e estes cristãos apóstatas, unindo-se aos companheiros semi-pagãos, dirigiram seus ataques contra os característicos mais importantes das doutrinas do Messias.

Foi necessária uma luta desesperada por parte daqueles que desejavam ser fiéis, permanecendo firmes contra os enganos e abominações que se disfarçavam sob as vestes sacerdotais e se introduziram na assembleia. A Escritura Sagrada não era aceita como a norma de fé. A doutrina da liberdade religiosa era chamada heresia, sendo odiados e proscritos seus mantenedores.

Depois de longo e tenaz conflito, os poucos fiéis decidiram-se a dissolver toda a união com a igreja apóstata, caso ela ainda recusasse libertar-se da falsidade e idolatria. Viram que a separação era uma necessidade absoluta se desejavam obedecer à Palavra de YAHWEH. Não ousavam tolerar erros fatais a sua própria alma, e dar exemplo que pusesse em perigo a fé de seus filhos e netos. Para assegurar a paz e a unidade, estavam prontos a fazer qualquer concessão coerente com a fidelidade para com Deus: mas acharam que mesmo a paz seria comprada demasiado caro com sacrifício dos princípios. Se a unidade só se pudesse conseguir comprometendo a verdade e a justiça, seria preferível que prevalecessem as diferenças e as conseqüentes lutas.

Bom seria à assembleia e ao mundo se os princípios que atuavam naquelas almas inabaláveis revivessem no coração do professo povo de Deus. Há alarmante indiferença em relação às doutrinas que são as colunas da fé cristã. Ganha terreno a opinião de que, em última análise, não são de importância vital. Esta degenerescência está fortalecendo as mãos dos agentes de Satanás, de modo que falsas teorias e enganos fatais, que os fiéis dos séculos passados expunham e combatiam com risco da própria vida, são hoje considerados com favor por milhares que pretendem ser seguidores do Messias.

Os primitivos cristãos eram na verdade um povo peculiar. Sua conduta irrepreensível e fé invariável eram continua reprovação a perturbar a paz do pecador. Se bem que poucos, sem riqueza, posição ou títulos honoríficos, constituíam um terror para os malfeitores onde quer que seu caráter e doutrina fossem conhecidos. Eram, portanto, odiados pelos ímpios, assim como Abel o foi pelo ímpio Caim. Pela mesma razão por que Caim matou Abel, os que procuravam repelir a restrição do Espírito santo mataram o povo de YAHWEH. Pelo mesmo motivo foi que os judeus rejeitaram e crucificaram o Salvador: porque a pureza a santidade de Seu caráter eram repreensão constante ao egoísmo e corrupção deles. Desde os dias do Messias até hoje, os fiéis discípulos têm suscitado ódio e oposição dos que amam e seguem os caminhos do pecado.

Como, pois, pode o evangelho ser chamado mensagem de paz? Quando Isaías predisse o nascimento do Messias, conferiu-Lhe o título de “Principe da Paz.” Quando os anjos anunciaram aos pastores que o Messias nascera, cantaram sobre as planícies de Belém: “Glória a YAHWEH nas alturas, paz na Terra, boa vontade pare com os homens.” (Lucas 2:14.) Há uma aparente contradição entre estas declarações proféticas e as palavras do Messias: “Não vim trazer paz, mas espada.” (Mateus 10:34.) Mas, entendidas corretamente, ambas estão em perfeita harmonia. O evangelho é uma mensagem de paz. O cristianismo é um sistema religioso que, recebido e obedecido, espalharia paz, harmonia e felicidade por toda a Terra. A religião do Messias ligará em íntima fraternidade todos os que lhe aceitarem os ensinos. Foi missão de Yahshua reconciliar os homens com Deus, e assim uns com os outros. Mas o mundo em grande parte se acha sob o domínio de Satanás, o acérrimo adversário do Messias. O evangelho apresenta-lhes princípios de vida que se acham totalmente em desacordo com seus hábitos e desejos, e eles se erguem em rebelião contra ele. Odeiam a pureza que lhes revela e condena os pecados, e perseguem, destroem os que com eles insistirem em suas justas e santas reivindicações. É neste sentido que o evangelho é chamado uma espada, visto que as elevadas verdades que traz ocasionam o ódio e a contenda.

A misteriosa providência que permite sofrerem os justos perseguição às mãos dos ímpios, tem sido causa de grande perplexidade a muitos que são fracos na fé. Alguns se dispõem mesmo a lançar de si a confiança em Deus, por permitir Ele que os mais vis dos homens prosperem, enquanto os melhores e mais puros são afligidos e atormentados pelo cruel poder daqueles. Como, pergunta-se, pode Aquele que é justo e misericordioso, e que também é de poder infinito, tolerar tal injustiça e opressão? É esta uma questão com que nada temos que ver. Deus deu suficientes evidências de Seu amor, e não devemos duvidar de Sua bondade por não podermos compreender a operação de Sua providência. Disse o Salvador a Seus discípulos, prevendo as dúvidas que lhes oprimiriam a alma nos dias de provação e trevas: “Lembrai-vos da palavra que vos disse: Não é o servo maior do que o seu Senhor. Se a Mim Me perseguiram, também vos perseguirão a vós.” (João 15:20.) Yahshua sofreu por nós mais do que qualquer de Seus seguidores poderá sofrer pela crueldade de homens ímpios. Os qua são chamados a suportar a tortura e o martírio não estão senão seguindo as pegadas do dileto Filho de YAHWEH.

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Litres'teki yayın tarihi:
25 mayıs 2021
Hacim:
603 s. 40 illüstrasyon
ISBN:
9783959634038
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